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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Uma seita chamada Flamengo


Como num ritual, tiraram suas camisas do armário, pintaram a cidade em 2 cores e esbanjaram fé.
Faz 1 mês. Em nenhum momento desde então, ouvi rubro-negros dizendo que não se classificariam ou que tinham medo do jogo.
Flamenguistas gostam de jogo grande. Se preparam pra ele, o encara como ninguém e quase sempre confirma a inabalável previsão otimista.
Do outro lado, dúvida. Medo de “mais um fracasso”, o que o torna óbvio diante de tanta certeza de “mais uma vitória” do outro lado.
Petulante por vocação, o Flamengo parece hipnotizar massas. Se ao seu lado, te apaixona. Se contra, te aterroriza.
Não foi o clássico que nós, cronistas, esperávamos. Longe disso. Foi, porém, o jogo que todo rubro-negro acreditou que seria.
Um absoluto e previsível ritual de conquista que começou as 8 da manhã, quando a cidade mudou de cor, foi tomando forma durante o dia onde a certeza era maior que o medo e se confirmou naquele mar rubro-negro dentro do Maracanã, contrariando a CBF e esclarecendo que havia sim mandante e visitante.
O Flamengo ganha de véspera. Da fila pra comprar ingressos antes mesmo do primeiro setor adversário ter alguém na bilheteria a insuportável massa vermelha e preta que já vai minando o adversário pela cidade rumo ao Maracanã.
São um só. Se misturam, formam uma inabalável corrente de orações e fé em busca de dizer que “já sabiam”.
Arrogantes. Se garantem. Prometem, cumprem. Irritam.
O Botafogo tem mais time que o Flamengo mas, me perdoe a sinceridade, o Flamengo é mais time que o Botafogo.
Você sabe, eu sei. É uma merda dizer. Mas as vezes a verdade escapa forçada pelos fatos.
Não há como relutar. O ritual rubro-negro é quase infalível quando não tem a obrigação de vencer.
E lá vão eles, felizes da vida, descolorindo a cidade de vermelho e preto e enchendo as ruas de sorrisos.
Uns com mais dentes, outros com menos. Todos partes iguais da mesma seita.
A tal nação rubro-negra.
abs,
RicaPerrone

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