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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Joel

          Joel Antônio Martins nasceu em 23/11/1931 e teve duas passagens pelo Flamengo: a primeira entre 1951 e 1958 e a segunda entre 1961 e 1963, marcando 216 gols em 415 jogos com o Manto Sagrado.
        Ponta-direita driblador, Joel começou a carreira no Botafogo em 1948 e em 1951 veio para o Mengão realizando o sonho de infância de jogar pelo Flamengo, seu clube de coração. Com a camisa rubro-negra conquistou o tricampeonato carioca de 1953-1954 e 1955 e o Torneio Rio-São Paulo de 1961.
         Joel formou o ataque rubro-negro do time que conquistou o tri carioca junto com Benitez, Esquerdinha, Paulinho, Índio e Zagallo e também com Dida e Babá( o primeiro a partir de novembro de 1954 e o segundo a partir de meados  do mesmo ano ). Vale lembrar que jogadores como Garcia (Chamorrro em 1955), Jadir, Pavão e Servíllo, Jordan, Dequinha, Rubens e Evaristo de Macedo também foram fundamentais para a conquista do segundo tri carioca da história rubro-negra sob o comando de Fleitas Solich.
       No Carioca de 1953, Joel marcou em várias goleadas rubro-negras: na vitória  contra o Madureira por 4 a 0 (dois gols de Esquerdinha, um de Joel e outro de Benitez), no chocolate de 5 a 0 no Bangu (dois gols de Rubens, um de Joel e dois de Benitez,  em outro massacre contra o time de Moça Bonita: vitória por 7 a 2 (três gols de Índio, dois de Rubens , um de Esquerdinha e outro de Joel para o Fla) e outro triunfo sobre o Madureira por 5 a 0 (dois gols de Rubens, um de Benitez, um de Joel  e outro de Índio). Na penúltima rodada da competição, o Flamengo venceu o Vasco por 4  a 2 com gols de Esquerdinha, Índio e dois gols de Benitez e conquistou o título carioca .Na última rodada, o Mengão venceu o Botafogo por 1 a 0 , gol de Rubens , coroando a brilhante campanha na qual o time do Flamengo ganhou  21 jogos e foi  derrotado apenas duas vezes.
No Carioca de 1954, Joel continuou fazendo gols em goleadas cono chocolate  de 5 a 0 contra o Madureira. O ponta abriu o placar e Evaristo marcou os outros quatro gols do Flamengo. O Mengão também venceu o Canto do Rio pelo mesmo placar com dois gols de Rubens, dois de Índio e um de Joel.
 Evaristo também teve grande atuação no Campeonato deste mesmo ano e  fez dois gols na vitória de 3 a 2 contra o Botafogo e Zagallo marcou o terceiro gol rubro-negro. Joel também atuou bem na goleada de 5 a 1 contra o Bonsucesso marcando os dois primeiros gols rubro-negros. Evaristo fez outros dois gols do Mengão e Zagallo fez o quinto do Fla. O Flamengo obteve 19 vitórias em todo o campeonato, sendo derrotado apenas duas vezes e confirmou o título ao vencer o Vasco por 2 a 1 (gols de Índio e Paulinho). Na última rodada, com direito a Carnaval em pleno Maracanã, o Flamengo derrotou o Bangu por 5 a 1 com gols de Benitez, Paulinho, Índio, Evaristo de Macedo, Edson (contra).
       Joel continuou marcando gols em goleadas no Carioca de 1955. Vale destacar a vitória de 5 a 1 contra a Portuguesa de virada com dois gols de Joel, dois de Índio e um de Paulinho e o chocolate de 6 a 1 no Flu (com três gols de Paulinho, dois de Dida e um de Joel para o Mengão e Didi abrindo o placar para os Tricolores) Nesse ano, o Flamengo decidiu o título com o América e venceu o primeiro jogo por 1 a 0, gol de Evaristo; perdeu por 5 a 1 no segundo e venceu por 4 a 1 na terceira partida com três gols de Dida e um de Duca, sagrando-se tricampeão carioca (1953-1954-1955) pela segunda vez em abril de 1956. A conquista do tri carioca foi uma homenagem ao Presidente Gilberto Cardoso, que morreu de enfarte provocado pela emoção de ver uma vitória do basquete rubro-negro numa decisão contra o Sírio no fim de 1955. Mesmo abalados com a morte do grande presidente, os rubro-negros se empenharam para conquistar o tri carioca.
        Em 1957, junto com Evaristo e Índio, Joel foi convocado para disputar o Campeonato Sul-Americano pela Seleção e marcou dois gols na vitória por 7 a 1 contra o Equador.
         Joel disputou ainda as Eliminatórias da Copa de 1958 e o próprio Mundial da Suécia. Fez parte da Seleção que conquistou a Copa pela primeira vez junto com Dida, Moacir e Zagallo. Começou a Copa como titular, mas foi substituído por Garrincha. Dida também começou o Mundial como titular, mas foi para o banco durante a competição. Dida jogou a primeira partida contra a Áustria contundido, ficou na reserva de Vavá e viu chances de ser titular com as entradas de Pelé e Garrincha no time brasileiro.
       No fim de 1958, Joel foi para o Valência.
       Em 1961, Joel voltou ao Flamengo e foi decisivo na conquista do Torneio Rio São Paulo do mesmo ano. Em uma campanha de altos e baixos, e contando com craques como Joubert, Jordan, Gérson, Carlinhos, Dida, Henrique Frade e Joel, o Mengão venceu o São Paulo por 2 a 1 (gols de Dida e Babá) e o Palmeiras por 3 a 2 (com dois gols de Dida e um de Henrique Frade), mas perdeu para o Santos, Flu e Bota. Porém, o Flamengo reagiu e venceu a Portuguesa por 2 a 0 (gols de Dida e Babá), o América por 2 a 1 (gols de Carlinhos e Gérson), o Vasco também por 2 a 1 (gols de Gérson e Babá), o Palmeiras por 3 a 1 ( gols de Joel, Dida e Gerson ) e o Santos (desfalcado de Pelé ) por 5 a 1 (três gols de Gerson e dois de Dida). Na final contra o Corinthians, o Flamengo ganhou por 2 a 0, gols de Dida e Joel, sagrando-se campeão do Torneio. Com oito anos, Zico assistiu à decisão no Maracanã.
      Em, 1963, Joel foi para o Vitória, clube que defendeu até o ano seguinte.
      Joel trabalhou nas divisões de base do Flamengo nos anos 80 e ajudou a revelar novos talentos como coordenador das peneiras.
       Joel faleceu em janeiro de 2003.
      Queria ter visto Dida e Joel jogando! Muito bom recordar a carreira de Joel, craque do Flamengo e da Seleção.
Fontes:
Assaf, Roberto e Martins, Clóvis. Almanaque do Flamengo. São Paulo. Editora Abril : 2001.
          Sander, Roberto. Os dez mais do Flamengo. Rio de Janeiro: Editora Maquinária, 2008.

           Vaz, Arturo, Júnior, Celso e Filho, Paschoal Ambrósio. 100 anos de bola, raça e paixão: a história do futebol do Flamengo. Rio de Janeiro: Maquinária Editora: 2012.

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