Brasileiro de 2007.
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"Nunca expulse dois flamenguistas num jogo só. É muito pior para o
adversário. Aconteceu no Fla-Flu, e já tinha acontecido com o
Corinthians. Quando os dois vermelhos foram erguidos, a torcida
tricolor vibrou e comemorou. Ilusão. Era melhor ter jogado de igual
para igual. Não só porque são raros os times brasileiros que
aproveitam vantagem numérica, nem treinam isso em coletivos, mas
principalmente por causa do Flamengo. A inferioridade em campo cavucou
a própria história e mística do clube. Como se os jogadores falassem
por dentro: "Agora é melhor! Agora vai ser com raça!". Redatores dos
jornais já preparavam as manchetes gastas: VITÓRIA COM A CARA DO
FLAMENGO. No Maracanã, o resultado épico já se desenhava. O Fluminense
em nenhum momento demonstrou inteligência para destroçar os 300 de
Esparta. Atuou como se atua contra 11 jogadores. E talvez não tenha
sido incompetência do time das Laranjeiras. E sim mérito dos
tresloucados rubro-negros, que começaram a se jogar em cima da bola,
nos adversários, para catimbar, para suar, para justificar o amor
daquela torcida também delirante, que cantava sem parar incentivando
seus queridos guerreiros. Renato Gaúcho devia ter mandado dois
jogadores seus provocarem a própria expulsão. Contra o Flamengo, de
igual para igual é sempre melhor. Para não despertar a fera. E a
história do clube mais popular do país."
Sidney Garambone.
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