O amor a camisa nos dias de ontem
Manchete Esportiva
O ano era 1958. O jogo Flamengo e Botafogo no maracanã lotado. A maioria dos torcedores estavam calados, o Flamengo perdia por 2x1. Ao disputar uma bola com um zagueiro do Botafogo, Joel do Flamengo recebeu uma cabeçada e sofreu um profundo corte na testa. O sangue começou a descer e se misturava com o vermelho da camisa rubro negra. O médico Paulo Santiago determinou que Joel fosse levado para o vestiário, onde pretendia anestesiar o local e suturá-lo. Na época não eram permitidas substituições e Joel argumentou com o médico – “Se eu sair, vamos ficar com menos um. Estamos perdendo e eu não posso ficar de fora. Costura aqui mesmo”. E foi o que aconteceu. Joel levou cinco pontos na testa e voltou para o campo com a cabeça enfaixada.
Logo depois, Jordan passou para Germano que foi a linha de fundo e cruzou para trás. A bola descreveu uma curva e veio em direção a Dida. Desequilibrado, o artilheiro subiu um pouco antes. Mesmo assim, conseguiu cabecear para trás. A bola continuou descrevendo um roteiro histórico e foi ao encontro de Joel. O ponta vinha correndo em diagonal, fechando. Da quina da grande área, pelo lado direito do Flamengo, Joel emendou de primeira. De voleio. Saiu um foguete rasgando a defesa do Botafogo e explodiu dentro do gol, estabelecendo o empate. Resultado final – Flamengo 2 x Botafogo 2.
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