"Sempre fui apaixonada por voleibol. Perdi a conta de quantos jogos em fui do Brasil na década de 90, depois da medalha de ouro em 1992. Quando eu soube que o Flamengo iria montar um time de primeira linha para competir com o Vasco no voleibol feminino, fiquei felicissima. Lembro-me que procurava informações na internet, não tao cheia de informação como é hoje, e vasculava quem iria ser do rime do Flamengão.
E a final desse campeonato foi sen-sa-cio-nal. Outro dia encontrei no Youtube os momentos decisivos desse jogo (http://www.youtube.com/watch?v=DBi4wB2AtHQ). Chorei. Me arrepiei. E mais uma vez me orgulhei de ser rubro-negra.
O Maracanazinho era a miniatura do Maracanã. E o time do Vasco era superior ao time do Flamengo. Bem superior. Eles montaram um time para ser campeão brasileiro. Nós montamos um time para encrencar esse título. Simples assim. Imagina a torcida do Flamengo em um espaço em que um grito pode fazer a diferença. Imagina a torcida do Flamengo incendiada com a raça da Leila, o talento da Virna e a força da Arlene, ainda atacante. Imagina a torcida do Flamengo quando percebe que a outra torcida se cala, depois de estar ganhando no Tie Break por 12 a 10 e teve a chance de fechar o jogo no 14 a 13. Eu olhava para a cúpula do Maracanãzinho e rezava. Mas rezava mesmo. Rezava rouca. A cada ponto, eu esticava a camisa, roia a unha e olhava pra cúpula. Eu estava cansada fisicamente porque eu pulava muito. Andava de um lado pro outro. Xingava.
O bloqueio do ultimo ponto foi virado para o lado que eu estava. Na diagonal. Inesquescível. Inexplicável. Já apaguei essa linha seis vezes e desisti de explicar o que eu senti naquela hora. Mas eu sei o que me levou aquela final inesquecível: o orgulho de ser rubro-negra. O orgulho eterno de fazer parte de uma nação onde raça, amor e paixão não são palavras soltas e sim o um significado único. A descrição perfeita."
Dani Chakalat
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