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domingo, 3 de maio de 2009

Relato da Final do Carioca de 2001


''Acordei por volta de 10:00 de 27 de maio de 2001. Caminhava pela casa nervoso, parecia que o Flamengo nem era o atual bicampeão estadual. Tinha algo especial para acontecer naquele dia, não era possível estar como eu estava. O jogo começava mais cedo, as 15:00, devido ao racionamento de energia. Foi uma tentativa de economizar energia, já que a crise no setor abalava o Brasil, principalmente no Sudeste. Júlio César; Alessandro, Juan, Fernando, Cássio; Leandro Ávila, Rocha, Beto, Petkovic; Reinaldo, Edílson. Comandado por Zagallo, o Flamengo desta maneira, entra para encarar o Vasco pela terceira vez seguida numa decisão de estadual. O jovem Fernando substituía um dos melhores zagueiros do mundo na época, o paraguaio Gamarra, pois este havia se machucado no primeiro jogo da decisão.

A torcida do Vasco entrou no jogo confiante, era o favorito. Pois bem. Nunca subestimem, quem está do outro lado é o Flamengo. Beto(que jogou horrores) faz boa jogada e toca para Cássio. O lateral dá corte seco em Clébson, que o puxa dentro da área. Léo Feldman marca penalti para o Flamengo. Edilson(que jogo!) desloca o ''excelente'' pegador de penaltis Helton e abre o placar. O lado rubro-negro do Maracanã enche-se de esperança. No fim do primeiro tempo, em uma sobra, Viola joga Juan para a linha de fundo. O juiz não marca falta a jogada prossegue. Viola entra na área e rola para Juninho Paulista, que chegava de frente e escora no canto de Júlio César(que jogo! devemos muito a ele). O Flamengo desce abalado para o vestiário.

No início da etapa final, Petkovic faz excelente cruzamento. Edilson chega, e daquela altura, o Capetinha cabeceia colocando o Flamengo novamente em vantagem. Dali em diante, só Vasco. Era falta no travessão, toda hora alguém saindo na cara do Júlio César. Mas aos 43. Ah, aos 43! Edilson é puxado na intermediária, enfeita um pouco a queda, mas sofre falta. Petkovic, que já havia cobrado duas faltas mal, parecia perder a confiança. Beto era o cobrador de faltas daquela distância, pois ja havia saído por cansaço(merecia, jogou muito!). Pet pegou a bola. Era ali ou nunca mais. A Nação, com os braços erguidos, balançava as mãos atraindo boas energias (N. E. Veja aqui). Petkovic partiu, bateu, o Maracanã parou. Acompanhou a bola, que parecia tomar a trajetória errada, mas voltou. E voltou para o lugar certo. É GOL DO FLAMENGO! A bola vai no ângulo esquerdo de um esforçado Helton, que pulou, mas não deu. Pet corre, abre os braços, e cai no gramado como uma criança que marca um gol na sua escola. Beijos, abraços, berros, lágrimas. Todos os rubro-negros compartilhavam seus sentimentos naquele momento. Por um minuto, todo mundo virou amigo, mas por um motivo especial. Eu, acompanhando em casa, choro em frente a TV, incrédulo, mas raivoso. Socando tudo o que via pela frente. Ofendendo até a décima geração vascaína e berrando do fundo da garganta o título do Flamengo. Dali foi só esperar até o final da decisão. E ele vem de forma única. O Flamengo é tricampeão estadual, desta vez com um gosto especial. Eles já se garantiam(''vice é o caralho'') e no final, deu no que deu. Foi o dia mais feliz e emocionante da minha vida! Foi especial.

Uma alegria que, tenho minhas dúvidas, será difícil do Flamengo me proporcionar novamente. Como torcedor, me senti realizado, não queria para de gritar, de chorar. Inesquecível. Obrigado Flamengo, por existir, por representar tudo que representa para mim. Obrigado por me fazer o torcedor mais feliz e orgulhoso do mundo''

by: João

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