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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A história do Xadrez no Flamengo

No final dos anos 70, início dos anos 80 na praia do Leblon, inúmeros xadrezistas disputavam longas partidas de xadrez, ao pé da areia. Na época havia um grupo de jogadores que sequer participavam de clube e se entretiam no final da tarde com seus tabuleiros à beira da praia. Eram cenas insólitas, xadrez e biquinis, suor de fim de tarde e finais de peões, xeques duplos e ressacas de verão, chopps gelados e meio jogos quentes. Tudo ali, lado a lado, uma espécie de wormhole ligando as praias do Rio de Janeiro ao Café de la Regénce.

Vários personagens daquele palco feito de areia, tabuleiros quadriculados, sol abrasador e peças penduradas ainda fazem parte do cenário enxadrístico do Rio de Janeiro, outros vivem só na memória dos que passaram ótimos momentos naquele clube ao ar livre.

Me lembro do amável Carlos Emery Trindade, responsável pelo departamento de xadrez do Flamengo e que arrebanhou vários jogadores do calçadão; Mozart, que mais tarde também administrou o departamento de xadrez do Flamengo; Metin e Átila Yurtsever, dois grandes (em mais de um sentido) e inseparáveis irmãos que foram meus companheiros de equipe na classe B do Flamengo e hoje administram a empresa fundada pelo pai, a Rico Linhas Aéreas; Wader Luiz Gomes, o Vavá, engraçadíssimo e espirituoso ao extremo, sempre com uma piada na ponta da língua ("Borracha? Não tenho borracha, lápis é para quem erra!"); Sebastião Araújo, o Maestro da Orquestra Tabajara; Pierre, um francês que se encarregava de "amaciar" os novatos do local; Renato Terra, músico e autor de Bem te vi (com Dalto e Cláudio Rabello) dentre muitos outros.

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