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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Seis de dezembro de 2009. Alucinante. Indescritível. Inexplicável. Único.

Seis de dezembro de 2009. Alucinante. Indescritível. Inexplicável. Único. Desse dia eu lembro como se fosse ontem, estava muito calor, um típico dia de verão carioca. Eu esperava por esse dia tinha uma semana já, desde o dia que estava com o ingresso na mão (e olha que demorou pra isso acontecer, as filas estavam enormes, mas eram menores que as paixões flamenguistas,porque isso não tem fim). Durante aquela semana, contava os dias, mas pareciam que eles não passavam. Até que chegou.

Era um domingo,acordei tarde e fui almoçar com os meus pais e com os meus avós em um restaurante aqui perto. Como moro perto do Maracanã,o caminho até o restaurante parecia um mar rubro-negro, centenas de pessoas com a sua camisa e com sua bandeira se dirigiam até lá. Almocei, voltei em casa, coloquei um tênis, peguei meu ingresso, meu dinheiro e fui andando até lá. Eu e meu pai, cada um com seus pensamentos, expectativas e desejos, mas acima de tudo flamenguista de coração. Devia ser por volta de umas 14 horas quando cheguei próximo ao Maracanã, e estava muito, mas muito cheio mesmo.Várias pessoas gritando, correndo e até chorando.

Eu e meu pai fomos andando até a entrada para as cadeiras. Vimos que estava muito cheio ali, mas continuamos. Quando chegamos pertinho, vimos que estava havendo uma grande confusão, pois torcedores queriam invadir o estádio e etc. Os policias, tentando acalmar, jogavam sprays de pimenta, balas de borracha para os lados, sem se preocupar em quem acertavam.bE isso continuou por pelo menos uma hora e meia.

Nesse tempo, muitas pessoas iam desistindo,beu comecei a chorar, com dores e com medo de não assistir ao show que o Flamengo ia fazer. Até que faltando 5 minutos para o início do jogo, a entrada foi liberada e TODOS, repito, TODOS os torcedores que estavam à espera conseguiram entrar, até mesmo os que não tinham ingresso. Aí mesmo que foi uma correria, não havia mais controle de entrada, todos pulavam as roletas e foram assistir ao jogo, sendo que conseguir um lugar lá era praticamente impossível. Mas nós conseguimos. O Maracanã, maior estádio do mundo, estava COMPLETAMENTE LOTADO. Não adiantou conseguir um lugar, já que a emoção era tanta que você via o jogo todo em pé, vibrando com o seu time e atento nos resultados que surgiam no placar.

Para o Flamengo, só a vitória daria o título. Caso contrário,o título iria para o Internacional,o maior rival do time com o qual estávamos jogando,o Grêmio. Não sei se isso foi um motivo a mais para a vitória. Lembro bem, que quando o Grêmio empatou o jogo, os torcedores chegaram a desacreditar que o título seria possível. Começou o momento da fé nas arquibancadas e cadeiras. Cada um com a sua religião, com a sua fé, com a sua superstição pedindo a vitória. Uns se emocionavam e choravam, outros gritavam e ficavam sem reações. Mas nunca desistiam, nunca pensavam na derrota.

Eram momentos de angústia, de medo, até que o Ronaldo Angelim,o zagueirão do hexa, deixou sua marca ali no Maracanã, com uma cabeçada que marcou sua trajetória no Flamengo e que o tornou assim o herói do hexa. Nessa hora não havia palavras, o Maracanã enlouqueceu, a torcida entrou em êxtase, não víamos a hora do juiz apitar para sermos campeões de verdade.

Naquela altura nada tiraria a emoção rubro negra, nada tiraria o sorriso do torcedor. Palavras eram poucas pra definir o que os flamenguistas estavam sentindo. Naquele dia 35 milhões de pessoas sentiam algo que não tem explicação, só vivendo, só estando ali para saber o que é. No coração do torcedor era uma mistura de orgulho, de paixão, não cabiam sentimentos para aquilo. Eu não parava de chorar, eu estava muito feliz,era muito orgulho. Nos meus 15 anos eu não imaginava estar tão feliz como estava naquele dia. Aquele dia o Flamengo provou a todos que é um time grande, um time de qualidade, um time na qual a torcida é peça-chave. Mas que cada jogador ali foi fundamental para que tal conquista acontecesse.

No dia seguinte, todos os jornais estampavam a felicidade da Nação, até hoje guardo o jornal do Hexa. Vou levar pra vida inteira, vou mostrar pros meus filhos um dos dias mais felizes da minha vida. Ver seu time do coração ser campeão não tem preço ! Estar no estádio e acompanhar a vitória é algo indescritível! Gostaria que todos os brasileiros pudessem passar pelo que passei, mesmo sabendo que para se tornar campeão brasileiro não é algo muito fácil. Ser campeão é algo único, uma sensação que não tem explicação!

Abraços e saudações rubro-negra a todos!

Ana Beatriz Garcia Lima

Um comentário:

Anônimo disse...

intiresno muito, obrigado