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sábado, 3 de setembro de 2011

Joanna Maranhão troca Minas por Flamengo



De um dia para o outro, o chão se abriu. Joanna Maranhão se viu sem seu técnico, dispensado pelo Minas, e tinha pouco tempo para decidir que rumo deveria tomar. Passou a mão no telefone e fez o que pôde para convencer Rosane Carneiro a voltar para a borda da piscina. No finalzinho de 2009, a parceria bem-sucedida entre a treinadora e Kaio Márcio Almeida foi rompida e ela passou a acompanhar a natação de longe. Apesar da resistência, resolveu ceder ao apelo da amiga para um período de experiência. Um problema estava resolvido, mas ainda faltava outro: que clube defender.

O caminho escolhido fica a uma hora de avião de Belo Horizonte, cidade onde a nadadora tem residência fixa. Há um mês e meio, Joanna se divide entre períodos de treinos em Minas e no Rio, endereço de Rosane e do Flamengo.

- Ela me ligou. O sapato estava apertando, né? Aí ela me disse que queria fazer o índice olímpico. Resisti um pouco para aceitar. Pensei um tempo. Falei a ela que íamos fazer uma experiência. Somos amigas fora da borda da piscina e ela está precisando de mim. Mas hoje já consigo imaginá-la em Londres – disse a técnica.

Joanna quer mais que estar na delegação que irá aos Jogos. Sonha estar novamente em uma final olímpica. Como a de Atenas-2004, que lhe rendeu a quinta colocação nos 400m medley.

Mudança de clube
Fiquei muito triste com a saída do Vanza (o técnico Fernando Vanzella). Eu não tinha ido muito bem no Maria Lenk e conversamos. Eu queria tentar fazer o índice olímpico de novo e resolvi começar uma dieta e comecei a me motivar. Quinze dias antes dos Jogos Mundiais Militares ele foi mandado embora do Minas. Eu perdi o chão e só chorava. Conversei com o Minas para saber o que iam fazer e me disseram que manteriam os outros treinadores e que depois pretendiam trazer um técnico estrangeiro. Respeito a opção deles, mas para mim não deu certo a experiência que tive com treinador estrangeiro quando fui para os Estados Unidos. Então, liguei para o Flamengo para saber a possibilidade de defender a equipe. Eu tinha a carta liberatória do Minas e do Exército dizendo que estou lotada no Rio, o que é permitido pela regra de transferência. Sou grata ao Minas por tudo o que fez por mim.

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