Se os deuses do futebol existem, jamais haverá perdão para aqueles que chamam de TIME o maior esquadrão da face da terra. A alegria, o talento e o toque de bola sacro e hipnotizante destes semi-deuses nunca será compreendido ou interpretado por nós, reles mortais. Nós nascemos com a dádiva do RUBRO NEGRO, mas nos foi negado o dom de discernir aquilo que eles praticavam quando estavam em um grupo de onze, com a bola nos pés. Milagre? Feitiço? Magia?
Impossível não se divertir, pecado desistir e heresia não respeita-los. Ninguém os enfrentava de igual para igual, existiam poucos, mas não suficientemente loucos. Dribles ao céu aberto, toque desconcertante de perto. Longe era a distância desconhecida, o futuro era um ponto incerto há alguns metros do nada e minuciosos centímetros do gol. O grande momento, o ápice do inexplicável, o fim que justificava o meio e a alegria que suprimia a dor.
Comemoravam extasiados seus eternos súditos e fiéis seguidores, sorrindo ao extremo e esquecendo as dores. Proletariados, assalariados, nordestinos e nortistas, honestos, ladrões, rockeiros, surfistas. A galáxia não conheceu super poder parecido. Afinal de contas o que eles eram? Santos ou profanos? Heróis ou bandidos? Era o esquadrão que nos honrava com exibições de gala ou o grupo indomável que fazia temer e tremer adversários? Ninguém duvida. Ninguém explica. Só existia uma saída: Evita-los.
Já existiam campeões antes, vieram outros depois. Entretanto, ninguém jamais conseguiu repetir ou imitar aquilo que eles praticavam. Milagre? Feitiço? Magia? Sabe-se lá...
Para alguns inigualáveis, outros ainda aguardam sua volta. Certo é que eles possuiam nome, endereço fixo e talento, mas uma coisa ninguém jamais conseguiu explicar. De onde eles vieram outros hão de vir? Tal inexplicável como seus lançamentos longos, as tabelas curtas e as curvas por cima da barreira. Quem são eles? De onde vieram? Ninguém duvida. Ninguém explica.
Reza a lenda que todo dia 13 de dezembro eles ressurgem, povoam o imaginário RUBRO NEGRO e vão embora. Deixando no ar nostalgia, saudades e o sonho de um dia outro descuido celestial ocorrer. Eles não se analisam, não se compreendem. Milagre não se explica, vive. Extraterrestres, heróis ou santos?
Att,
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Fábio Justino
Um comentário:
É somos inconfundíveis...os melhores
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