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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Carlinhos: elegância, serenidade e amor ao Flamengo


Luís Carlos Nunes da Silva, o Carlinhos, marcou a história rubro-negra como jogador e técnico. 

Nascido no dia 19/11/1937, Carlinhos jogou pelo Flamengo de 1958 a 1969. Era um meio de campo técnico e de estilo elegante e por isso ganhou o apelido de Violino. Como jogador, Carlinhos conquistou o Torneio Rio-São Paulo em 1961 (Contando com craques como Joubert, Jordan, Gérson, Carlinhos, Dida, Henrique Frade e Joel, o Mengão venceu a final contra o Corinthians por 2 a 0, gols de Dida e Joel.) e o Campeonato Carioca em 1963 (empate em 0 a 0 na decisão contra o Fluminense com direito a recorde de público no Maracanã e grandes defesas do goleiro rubro-negro Marcial) e em 1965, ano em que o Flamengo foi campeão com uma rodada de antecedência ao vencer o Flu por 2 a 1, gols de Neves e Silva, o grande destaque rubro-negro na competição.

Ao se despedir dos gramados em 1970, Carlinhos entregou as chuteiras para Zico, talentoso menino de Quintino que encantou milhões de rubro-negros com muita genialidade, sendo o maior jogador da história do clube.

Carlinhos também teve muito sucesso como técnico do Flamengo. Comandou Zico, Leandro e Andrade junto com Zé Carlos, Jorginho, Leonardo, Edinho, Zinho, Aílton, Renato Gaúcho e Bebeto na conquista do Brasileiro de 1987. Jogos marcantes desta conquista foram a vitória rubro-negra por 3 a 2 na semifinal contra o Atlético–MG no Mineirão (gols de Zico, Bebeto e Renato Gaúcho) e a final contra o Inter no Maracanã (vitória por 1 a 0, gol de Bebeto).

Carlinhos também foi técnico do Flamengo no Campeonato Carioca de 1991 vencendo o Fluminense por 4 a 2 na decisão (gols de Uidemar, Gaúcho, Zinho e Júnior para o Mengão e Ézio para o Flu) e no Pentacampeonato Brasileiro em 1992, liderando o grupo de jovens como Nélio, Marcelinho Carioca, Júnior Baiano, Piá e Paulo Nunes, junto com o experiente, raçudo e talentoso Maestro Júnior, Zinho, Gaúcho e o goleiro Gilmar. Ao lado do nosso grande camisa 5, Carlinhos teve sabedoria para liderar um grupo que mesclava juventude , experiência e técnica na caminhada heroica e suada do Penta. Nas finais contra o Botafogo, vitória por 3 a 0 no primeiro jogo (gols de Júnior, Nélio e Gaúcho) e 2 a 2 no segundo (gols de Júnior e Júlio César para o Mengão).

Em 1999, Carlinhos comandou o Mengão mais uma vez, levando–o à conquista do Campeonato Carioca — com direito a gol de falta de Rodrigo Mendes na decisão contra o Vasco — e da Copa Mercosul. As finais contra o Palmeiras foram pra lá de emocionantes, disputadas e com várias alterações de placar. Jogando com muita raça e sem se abater com a conturbada saída de Romário do clube, o Fla venceu o primeiro jogo por 4 a 3 — um gol de Juan, dois gols de Caio e um de Reinaldo para o Rubro-Negro e de Júnior Baiano, Asprilla e Paulo Nunes para o Palmeiras — e empatou o segundo em 3 a 3 — gols de Caio, Rodrigo Mendes e Lê para o Flamengo e dois gols de Arce e um de Paulo Nunes para o Palmeiras.

Em 2000, Carlinhos voltou a comandar o time na Taça Rio e foi fundamental para mais um triunfo do Flamengo contra nosso eterno vice. Depois de vencer o Friburguense  por 3 a 1. (Os gols do Fla foram marcados por Reinaldo, Athirson e Fábio Baiano.) Nas finais, ganhamos do nosso maior rival por 3 a 0 ¾ gols de Athirson, Fábio Baiano e Beto¾ no primeiro jogo e por 2 a 1 no segundo ¾ gols de Viola para o adversário e de Reinaldo e Tuta para o Mengão. Reinaldo foi o vice-artilheiro da competição com 15 gols e Athirson, em grande forma, foi um lateral-esquerdo muito ofensivo, marcando 10 gols, muitos deles em clássicos.

            Por todas essas glórias como jogador e técnico, Carlinhos recebeu justa homenagem na Gávea com a construção de uma estátua desse grande rubro-negro, um dos maiores treinadores e atletas da história do Flamengo.

Fontes:

Vaz, Arturo e Júnior, Celso. Acima de tudo rubro-negro: a história do C. R FlamengoRio de Janeiro: Paju Editora, 2008.

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