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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A conquista da América


            Ganhar a Libertadores de 1981 não foi nada fácil nem para o time espetacular do Mengão que contava com o talento de Raul (Cantareli), Leandro (Nei Dias), Marinho (Rondinelli) (Figueiredo), Mozer, Junior, Andrade, Adílio (Vitor), Tita (Chiquinho), Nunes e Lico (Baroninho). Na primeira fase, o Mengão jogou contra Atlético-MG, Cerro Porteño e Olímpia.

Na estreia contra o rival mineiro, empate em 2 a 2 no Mineirão. O Atlético fez 2 a 0, mas Nunes e Marinho marcaram para o Mengão evitando a derrota.  

No primeiro jogo em casa contra o Cerro, Zico abriu o placar em bela cobrança de falta e fez o segundo gol rubro-negro, de pênalti. Baroninho marcou o terceiro e Nunes fez dois gols: um de cabeça e outro após linda troca de passes entre Zico, Baroninho e Junior.

O Flamengo empatou com o Olímpia em 1 a 1 (gol de Adílio para o Mengão) e novamente com o Atlético em 2 a 2. O time mineiro saiu na frente com Palhinha. Junior fez linda jogada e passou a bola para Zico que anarquizou a defesa adversária em lance de gênio e cruzou. João Leite soltou a bola na área e Nunes aproveitou e empatou a partida. Tita virou o jogo para o Fla, mas Reinaldo empatou.

No jogo contra o Cerro Porteño no Paraguai, Baroninho abriu o placar e Zico marcou três golaços: um por cobertura, outro de sem-pulo e o quarto gol rubro-negro em tabela com Adílio. Na partida seguinte, o Flamengo empatou em 0 a 0 com o Olímpia e houve a necessidade de um jogo extra conta o Atlético Mineiro para decidir quem se classificaria para a próxima fase da competição sul-americana. Em jogo tenso e marcado por expulsões no estádio Serra Dourada, o Mengão empatou em 0 a 0 com o Galo e se garantiu nas semifinais.

Em grande jogada de Junior, Nunes marcou o gol da vitória rubro-negra por 1 a 0 contra o Deportivo Cáli. No jogo contra o Jorge Wilstermann na Bolívia, o Flamengo venceu por 2 a 1. O Mengão saiu na frente com Baroninho, os bolivianos empataram e Adílio marcou de cabeça. Na partida de volta contra o time colombiano, Leandro cruzou com perfeição e Zicão matou no peito e marcou o primeiro gol rubro-negro. Chiquinho ampliou e o Galinho de Quintino fez mais um gol de falta. Na partida seguinte, o Flamengo goleou o Jorge Wilstermann por 4 a 1 (dois gols de Chiquinho, um de Adílio e um de Anselmo).

            Nas finais, o Mengão derrotou o violento time do Cobreloa por 2 a 1 no Maracanã com dois gols de Zico. No primeiro, Adílio e o camisa 10 da Gávea tabelaram e o capitão rubro-negro abriu o placar. No segundo, Zico cobrou bem o pênalti sofrido por Lico. Os chilenos diminuíram também de pênalti. O jogo no Chile foi mais duro ainda que a partida de ida. O zagueiro Mário Soto feriu Adílio e Lico e o Flamengo perdeu por 1 a 0, forçando a realização de uma partida extra em Montevidéu. Zico marcou dois golaços: o primeiro de virada em bela jogada com Adílio e que mostra toda a categoria do timaço rubro-negro e o segundo, numa cobrança de falta magistral que coroou a campanha de uma equipe de futebol envolvente e de raça que conquistou a América e fez o Urubu ainda voar mais alto, como veremos na próxima coluna.  

Fontes:

Rocha, André e Beting, Mauro. 1981: Como um craque idolatrado, um time fantástico e uma torcida inigualável fizeram o Flamengo ganhar tantos títulos e conquistar o mundo em um só ano. Rio de Janeiro: Maquinária, 2011.

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