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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Fio Maravilha

                 João Batista de Salles, mais conhecido como Fio,  nasceu em 9/1/1945 em Conselheiro Pena (MG) disputou 291 jogos pelo Flamengo e marcou 81 gols com o Manto Sagrado. Jogou pelo Flamengo entre 1965 e 1973.
      Atacante folclórico capaz de protagonizar tanto lances geniais quanto jogadas de peladeiro, Fio era querido pela torcida rubro-negra. Fio estreou pelo Mengão em 1965 em amistoso contra o Bahia em que o time baiano venceu por  3 a 0. Fez seu primeiro gol pelo Flamengo em um Fla-Flu na Taça Guanabara de 1965 (empate em 2 a 2 com os gols rubro-negros sendo marcados por Fio e César Lemos).
        Em 1969, Fio teve rápida passagem pelo Fluminense-BA.
        Em 1970, Fio voltou ao Mengão e  conquistou dois títulos com a camisa rubro-negra ao lado de nomes como Murilo, Liminha, Reyes, Dionísio e Arilson e Zanata. O primeiro título  foi o Torneio Internacional de Verão. No primeiro jogo da competição, o Flamengo venceu a Seleção da Romênia por 4 a 1 e na  partida seguinte derrotou o Independiente da Argentina por 6 a 1 com dois gols de Doval, dois gols de Dionísio, um gol de Fio e outro de Liminha. Na segunda partida, o Flamengo venceu o Vasco por 2 a 0 com gols de Liminha e Arilson, sagrando-se campeão do torneio.
      A segunda conquista do ano foi o primeiro título da Taça GB da história do Clube em empate com o Flu em 1 a 1, com o gol do Flamengo sendo marcado por Fio. Jair fez o gol do Tricolor Carioca.
      Em 1971, Fio marcou  em  num clássico contra o Vasco válido pela Taça GB que entrou para a história do Clube . Nei Oliveira abriu o placar para o Flamengo, o Vasco empatou e Fio fez o gol da vitória por 2 a 1. Esta partida marcou a estreia de Zico no time profissional do Mengão iniciando a jornada brilhante que o levou a ser o maior jogador e artilheiro da história rubro-negra. Nesse jogo o Flamengo foi a campo com Ubirajara Alcântara, Murilo, Washington (Onça), Fred, Tinteiro, Liminha, Thales (Chiquinho); Nei Oliveira, Zico, Fio e Rodrigues Neto.
      No inicio de 1972,ocorreu o momento mais antológico da carreira de Fio. Em jogo contra o Benfica em partida válida pelo Torneio Internacional de Verão, o time português pressionava e só não abriu o placar graças às defesas do goleiro rubro-negro Ubirajara Alcântara. A torcida pediu a entrada de Fio em campo e o técnico Zagalo atendeu. O atacante marcou o gol da vitória do Flamengo ,um golaço que inspirou a música de Jorge Ben Jor em homenagem ao jogador:

Foi um gol de anjo, um verdadeiro gol de placa
Que a magnética agradecida assim cantava
Foi um gol de anjo, um verdadeiro gol de placa
Que a magnética agradecida assim cantava
Fio Maravilha,
Nós gostamos de você
Fio Maravilha,
Faz mais um pra gente ver
E novamente ele chegou
Com inspiração
Com muito amor, com emoção, com explosão em gol
Sacudindo a torcida aos 33 minutos
Do segundo tempo
Depois de fazer uma jogada celestial em gol
Tabelou, driblou dois zagueiros
Deu um toque, driblou o goleiro
Só não entrou com bola e tudo
Porque teve humildade em gol
Foi um gol de classe onde ele mostrou
Sua malícia e sua raça
Foi um gol de anjo um verdadeiro gol de placa
Que a magnética agradecida assim cantava
Fio maravilha,
Nós gostamos de você
Fio maravilha,
Faz mais um pra gente ver


       (É uma pena  que equivocadamente Fio tenha processado o cantor alegando que não deu autorização para uso de seu nome, fazendo o Jorge Ben Jor cantar ‘’Filho Maravilha’’. Fio perdeu o processo,  se arrependeu da ação judicial e pediu desculpas ao artista e fanático torcedor rubro-negro.)
Na segunda partida do torneio, o Flamengo venceu o Vasco por 1 a 0, gol de Paulo César Caju e garantiu o título.
.Ficando na reserva, Fio participou das Conquistas da Taça GB e do Carioca de 1972. Liminha, Doval, Paulo César Caju e Caio Cambalhota foram fundamentais para a conquista do Campeonato Carioca de 1972. Flamengo e Fluminense se enfrentaram na final da Taça Guanabara e o Flamengo venceu por 5 a 2 em um clássico antológico, que eu gostaria de ter visto. Liminha abriu o placar para o Mengão, Caio marcou mais duas vezes, comemorando sempre com cambalhotas. Doval fez o quarto gol rubro-negro, transformando o domínio absoluto do time comandado por Zagalo em goleada. O Flu marcou dois gols, mas Caio fechou o placar com mais um gol fazendo a festa da Nação. Na final do campeonato, houve novo Fla-Flu. Doval fez de cabeça o primeiro gol do Flamengo. Caio recebeu belo passe de Paulo César Caju e ampliou. O Flu diminuiu com Jair e pressionou, mas o Mengão ganhou o jogo e conquistou o título carioca e a Taça Sesquicentenário da Independência do Brasil. Doval foi o artilheiro do campeonato com 16 gols.
No mesmo ano, Fio foi emprestado ao Avai e retornou ao Flamengo para disputar o Brasileiro.
Em 1973, Fio saiu do Flamengo e foi para o Paysandu, clube que defendeu até 1975. Em 1975, Fio defendeu o São Cristóvão e foi protagonista de uma surpreendente vitória do time suburbano contra o Flamengo no Carioca daquele ano. Zico fez  2 a 0 e o Mengão relaxou; Fio comandou a virada do São Cristovão. O ex jogador rubro-negro  chutou para defesa parcial do goleiro Renato e, aproveitando o rebote, Sena fez 2 a 1 Aos 35 minutos do segundo tempo, Fio deu passe para Sena, que estava livre na área empatar o jogo. Fio fez outra boa jogada oito minutos depois e Santos fez o terceiro do São Cristovão. .No mesmo ano, Fio jogou também no CEUB-DF. Ficou no clube brasilense até  1976.
Em 1977, o atacante foi para a Desportiva-ES, sendo campeão capixaba no mesmo ano. Fio ficou no clube capixaba até 1978.
No início dos anos 80, Fio se mudou para os EUA. Defendeu três clubes americanos sempre por alguns meses: Primeiro jogou no New York Eagles, depois no Monte Bello Panthers , clube de Los Angeles e encerrou a carreira no Mercury de São Francisco. Gostou tanto desta última cidade  que  mora lá até hoje e virou entregador de pizzas.
Bom saber mais sobre uma figura lendária da história rubro-negra como Fio Maravilha.

            Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fio_Maravilha
Assaf, Roberto e Martins, Clóvis. Almanaque do Flamengo. São Paulo. Editora Abril : 2001.
           Vaz, Arturo, Júnior, Celso e Filho, Paschoal Ambrósio. 100 anos de bola, raça e paixão: a história do futebol do Flamengo.Rio de Janeiro: Maquinária Editora: 2012.



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