LEANDRO
A única vez em que um rubro-negro ousou comparar alguém com o lendário
Domingos da Guia foi quando Leandro trocou a função de brilhante
lateral-direito pela de excepcional zagueiro de área. José Leandro
Souza Ferreira (17/3/59) foi um dos jogadores de maior domínio de bola
da história do futebol brasileiro. Era impressionante a forma como ele
a conduzia, trocando de um pé para o outro, sempre com domínio
absoluto de jogada, equilíbrio total do lance. Era um artista, um
estilista. Inteligente, técnico, habilidoso, defendia e atacava com a
mesma eficiência. Quando as pernas arqueadas começaram a minar-lhe os
joelhos e tirar parte de sua condição física, foi mostrar seu talento
no meio da área, quase como um líbero. Era bonito vê-lo dominando a
bola como se ela fosse extensão de seu corpo e sair jogando com
naturalidade. Em 86, não queria mais ser lateral. Telê insistia em que
fosse. Quando o técnico cortou Renato, em vingança por uma fuga de
concentração que ele não assumira, ao contrário de Leandro, este,
solidário ao amigo, simplesmente abriu mão da Copa, no dia do embarque
para o México. Não seria o zagueiro que desejava e nem o lateral com
que o técnico ainda sonhava. E nunca Telê lamentou tanto a ausência de
um jogador quando a de Leandro, que ele sempre apontou como o maior
lateral-direito da história do futebol brasileiro.
Um comentário:
Foi o maior lateral direito que vi jogar.
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