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sábado, 21 de abril de 2007

O Homem Aranha e a Geração Zico

O Homem Aranha e a Geração Zico

Quem gosta de histórias em quadrinhos dabe que o Homem Aranha é um herói diferente. O Super Homem, por exemplo, trabalha em um jornal e entre uma matéria e outra ele salva o mundo e volta para a sua mesa, coloca seu óculos e ninguém mais o reconhece como o herói. Volta a ser um pacato jornalista sem que ninguém tenha sentido sua falta. O Batman sai de madrugada, salva a cidade dos criminosos e no dia seguinte está em suas empresas controlando os seus negócios. Sem nenhum arranhão e sem nenhuma olheira.

E o Homem Aranha? Bem, o Homem Aranha arruma um emprego, mas logo é demitido por que ele sai para salvar o dia, mas se atrasa e irrita o seu chefe. Marca um encontro com sua amada, mas não vai por que alguém precisou dele. Ele se vê sempre em um dilema: viver sua vida e deixar as pessoas que ele poderia ajudar para lá, ou ajudar as pessoas e prejudicar sua vida. Ele mesmo define seus poderes como o um presente e uma maldição. Algo que ao mesmo tempo em que lhe torna especial, lhe proporciona ajudar os outros, se torna auto-destrutivo.

Agora vocês devem estar se perguntando: o que a Geração de Ouro tem a ver com isso? Aquele time do Flamengo, me desculpem os fãs xiitas, é nosso maior presente e nossa maior maldição. Nunca um time reuniu craques em todas as posições como aquele. E esse time virou um fado que acompanha o Flamengo até hoje. Basta o Flamengo contratar um volante para imediatamente alguém dizer: é triste ver fulano unsando a camisa que já foi de Adílio (ou Andrade). Novo goleiro na Gávea e logo as cornetas soam avisando que a camisa 1 já foi de Raul. Todo meio campista que surge, logo tem que agüentar as comparações com Zico e o mesmo vale para o ataque. E vale para Junior, Leandro e todos os outros.

O fato é que grande parte da torcida ainda não se deu conta que aquele time acabou e não vai voltar. Não entendeu que o futebol de hoje é muito diferente daquele e que os times não jogam mais como aquele time jogava. Não aceita que o time ganhe sem dar espetáculo. Está sempre suspirando e lembrando daquele time. Antes que alguém atire a primeira pedra, eu lhes digo: temos que ter, SIM, muito orgulho daquele time. Ele é nosso maior presente. O que temos é que parar de transformar esse presente em maldição. O Homem Aranha não tem escolha, mas nós temos.

Warley Morbeck

3 comentários:

Arthur Rei disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Demais.
Sem palavras.
Sensacional.

Iara Alencar disse...

Oi amigo warley.
Sensacional texto, voce esta certo, esse time é nosso patrimonio e nossa lastima também.

beijos amigo.