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segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Ser Flamengo é questão de fé

Aristélio Andrade

Ser Flamengo é questão de fé

No ano da visita do Papa João Paulo II ao Rio de Janeiro, 1980, o Flamengo completava 85 anos. Um grupo de jornalistas propôs à direção do clube a edição de um livro comemorativo. O porta-voz, na reunião da diretoria, foi o empresário Ruy de Carvalho, filho de uma família de longa tradição no Clube de Regatas do Flamengo e que assumiu as funções de coordenador editorial e gráfico do projeto. Os textos ficaram por conta dos jornalistas Roberto Arruda, Fausto Neto, Marcos de Castro, Fernando Calazans, Maurício Azedo, Mem de Sá e o escriba que vos fala.
Não sei quem teve a idéia de, aproveitando a visita que o papa faria à favela do Vidigal – onde inauguraria um centro comunitário com o seu nome –, presenteá-lo com uma bandeira do Flamengo. Mas o problema a ser superado seria como entregar uma bandeirinha do clube, presa a uma haste de aço inoxidável. Discute daqui, discute de lá, quando alguém disse com toda a convicção: "Deixa comigo!!!"
O voluntário era um negão enorme, freqüentador da geral do Maracanã, anônimo como são os torcedores do Flamengo. O pior, ou o melhor, é que ninguém duvidou da coragem dele.
Além de tropas da polícia e de soldados do Exército que formavam um cordão impenetrável em torno do sumo pontífice, havia ainda a eficiente guarda suíça comandada pelo cardeal Paul Marczynski. Ele comandava uma tropa de vinte super-homens.
Depois de encerrada a cerimônia de inauguração do Centro Comunitário Papa João Paulo II, o sumo pontífice começou a caminhar em direção ao seu carro, parando seguidas vezes para falar com um fiel ou acariciar uma criança. Quando o papa entrou no carro, o negão deu o bote, passando o braço pela janela. Foi aí que outro braço, do cardeal Paul Marczynski, desceu como o castigo dos céus. O negão apagou.
A haste da bandeira fora confundida com um estilete e naquela fração de segundo não dava para identificar nada.
Ruy Carvalho, o homem encarregado de registrar o fato, só teve tempo de dar um clique. Fez a foto.
Há quem duvide e diga que se trata de uma montagem. Esses são os homens de pouca fé. Não crêem em milagres como foi a vitória de domingo. A foto e o campeonato carioca de 2007 foram tudo uma questão de fé.

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Um comentário:

Anônimo disse...

que tal uma parceria