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terça-feira, 23 de outubro de 2007
Virna
Infância - A boa estatura de Virna para sua adaptação no vôlei já se prenunciava no nascimento. Ela veio ao mundo no dia 31 de agosto de 1971, na capital do Rio Grande do Norte, Natal, pesando 3kg e 175 gramas. Tinha 53 centímetros. Passados seis meses, estava com 74,5cm, quase 10 acima da média. Aos 13 anos de idade, já era, de fato, uma moça muito alta e magra. "Só tinha perna, eu era muito descoordenada", diz. Nessa época, estudava no colégio Maria Auxiliadora e tinha aversão à educação física. Estranhamente, foi aí que o vôlei surge em sua vida.
Virna lembra que sua mãe começou a incentivá-la a praticar vários esportes para que, um dia, ela tivesse um pouco mais de coordenação. Filha de Tarcísio de Carvalho Dias e Maria do Carmo Dantas (a dona Carminha), a atacante do BCN/Osasco começou no handebol, mas o excessivo contato do jogo corpo-a-corpo, "muito violento", a faria optar pelo vôlei. Simultaneamente aos esportes com bola, sua "grande paixão", Virna praticava ballet clássico - que abandonaria, após um acidente onde teve seu braço esquerdo fraturado. Nesse momento, pinta o primeiro reconhecimento no vôlei: a convocação para defender a seleção de seu estado, na categoria infanto-juvenil. A partir daí, sua ascensão foi espetacular.
Em 1989, aos 17 anos, Virna tornava-se campeã mundial juvenil para, cinco anos depois, ajudar o Brasil na conquista do Grand Prix da Ásia, além do vice na Copa do Mundo do Japão. Consagrada internacionalmente depois de duas medalhas de prata em Jogos Olímpicos (Atlanta-1996 e Sydney-2000) com a seleção, a jogadora ainda acumula os mais representativos títulos nas disputas nacionais. É bicampeã brasileira por clubes diferentes - Uniban-1999 e Flamengo-2001 - e bicampeã carioca (99/2000) com a camisa rubro-negra do Mais Querido. Sua história com o time da Gávea é, inclusive, muito mais do que uma mera "passagem" a constatar em seu currículo.
Uma vez Flamengo - Virna é uma flamenguista apaixonada. E, mesmo após sua saída do clube carioca, ela jamais ocultou a identificação que teve com a mais popular das torcidas. "O que mais me marcou no Flamengo foi o amor à camisa, não o lado financeiro. Os torcedores até iam à minha casa", relembra, com saudades. A figura de Zico também é presente na memória de Virna. "Na casa dele, tem um mural onde as grandes personalidades que vestiram a camisa do time deixam suas assinaturas. Quando estive lá, ele quis que eu também assinasse. Fiquei toda orgulhosa, ele é uma pessoa incrível", se esbalda em elogios.
Sobre o Flamengo declara: "Foi uma história muito legal que eu vivi, ter sido campeã com a camisa do Flamengo, clube pelo qual eu sempre torci."
http://www.gazetaesportiva.net/idolos/volei/virna/abertura.htm
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