Ser flamenguista é bom. Somente quem o é sabe muito bem o que se passa por dentro quando subimos a rampa do Maraca ou comemoramos gols e títulos cantando em prol da raça, do amor e da paixão. Raças, amores e paixões estas que não ficam restritas somente ao Maraca, pois elas sempre marcam presença nos Morumbis, Mineirões, Castelões, Olímpicos e em todos os estádios do Brasil.
Uma coisa, porém, me incomoda às vezes: quando alguém diz que torce para o “Framengo”. Sim, porque eu sinto um incômodo danado quando ouço alguém dizer “Framengo”. No entanto, quando reflito mais um pouco, também acho uma coisa muito boa. Esquisito? Pode até ser.
Pois eu explico: nossa torcida é imensa, gigante (além de maravilhosa), e ela engloba pessoas de todas as classes sociais. Milionários, ricos, a classe média, os mais pobres e os mais pobres entre os mais pobres (odeio o termo “miserável”), todos eles estão interligados pelo seu amor ao Mais Querido, isso é ótimo! Isso indica que o Flamengo não seleciona seus torcedores.
Também, se selecionasse seria o fim da picada, e os clubes obviamente não querem isso (somente alguns dirigentes preconceituosos que existem por aí apresentando propostas para se elitizar o futebol como justificativa para se acabar com a violências nos estádios, levando a crer que os culpados pelas brigas são as pessoas mais pobres).
Voltando ao “Framengo”... Me dói a orelha quando eu ouço alguém dizer isso. No entanto ela dói porque a pronúncia errada de algum nome ou palavra sempre arrepia àqueles que foram abençoados em poder aprender a ler e escrever. Infelizmente alguns não tiveram a mesma sorte, e hoje são semi-analfabetos ou nem mesmo sabem escrever o próprio nome. Muitas vezes a culpa não é dessas pessoas, e sim de quem se responsabilizou por suas criações e educações e não cumpriu com seu dever. Mas fazer o quê, né... E geralmente quem mais é prejudicado nessa história é o cidadão mais carente e necessitado. Esse mesmo cidadão se apaixona pelo clube da Gávea e diz orgulhoso: “Sou Framengo”. Esse orgulho lhe deixa feliz, mesmo levando a vida que leva.
Por isso que eu digo: eu tenho orgulho de ouvir alguém de vida simples, que seja visivelmente injustiçado pelo capitalismo e semi-analfabeto dizer que torce para o “Framengo”, pois isso confirma que as raças, amores e paixões pelo Mais Querido estão presentes em mansões, apartamentos e casebres ao mesmo tempo. E o Flamengo só tem a ganhar com isso: mais torcedores, simpatia de algumas pessoas, e o mais importante: a boa impressão de um clube que não conhece o preconceito (poderíamos, por exemplo, ficar com fama de ser um time cujos torcedores fossem esnobes e/ou racistas). Felizmente o Flamengo é muito maior que qualquer preconceito idiota, e no dia em que todos os preconceitos forem dizimados, pobres e ricos, altos e baixos, analfabetos e escolados, rubros e negros, todos estarão lado a lado comemorando mais um gol do título.
Autor Desconhecido
7 comentários:
Ter dinheiro, ou não, não justifica. Ser rico, ou não, não justifica. Ser culto, ou não, não justifica. Ser inteligente, ou não, não jutifica. Ser intelecto ou não, não justifica. Independentemente da raça, não justifica. O que diferencia diante daquelas qualidades é a personalidade, pudor e respeito ao próximo.
É isso aí. Na hora de torcer, todas as diferenças devem ser derrubadas. Uma das finalidades do esporte é unir, e não segregar. E pelo menos vejo isso na nossa torcida.
Adorei o texto !! é a mais pura verdade !
beijos
Todas as pessoas dever ser respitadas. O Flamengo é o mais querido do Brasil por que se deixa amar a vontade (já disse alguém com grande propriedade).
Chama o Flamengo de time de favelados e eu vos digo: é a mais pura verdade. Somos o time dos Favelados, dos membros da Classe Média, dos moradores de Condomínio, dos ricos, dos milionários. Na torcida do Flamengo cabem todos os extratos sociais o que só nos ajuda a ser únicos.
Parabéns a todos nós.
Adorei o texto
Muito legal que valorizemos todos os nossos irmão Rubro Negros.
isso eh para orgulhar
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