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domingo, 7 de fevereiro de 2010

FLA-RS, A OUSADIA DE SER RUBRO-NEGRO

FLA-RS, A OUSADIA DE SER RUBRO-NEGRO
* Walter de Oliveira Monteiro – Presidente da FLA RS

Aos ungidos desde sempre com a honra de ser rubro-negro é fato corriqueiro estar constantemente em maioria ou ter ao menos um numeroso contingente de semelhantes para compartilhar as alegrias e tristezas do ludopédio. Flamenguista adora estufar o peito e lembrar que tem a maior torcida do mundo, que se espalha com igual musculatura por todos os recantos do país, quiçá do planeta. Pois saibam que nas terras abaixo do Rio Mampituba, que marca a divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul, esse axioma não tem rigorosamente nenhuma valia.

Aqui no Rio Grande - nunca se pronuncia o nome por inteiro, ou se diz “aqui no Rio Grande”, esquecendo-se do homônimo potiguar, ou se diz “aqui no Sul”, ignorando os outros dois estados da Região - o mundo é dicotômico, binário, maniqueísta, partido em dois, enfim.

Ou você era chimango e tinha o seu lenço branco, ou você era maragato e usava lenço vermelho. Ou você amava o Getúlio, o Jango e o Brizola, a tríade gaúcha do PTB, ou você os odiava e ia de UDN ou mesmo o PRP integralista. Ou você ama o PT e o elegeu 4 vezes para comandar a capital ou você não pode nem ouvir falar em Tarso Genro e Dilma Roussef. A única exceção é a Guerra dos Farrapos, desde criança se aprende na escola a saga de Bento Gonçalves e seu exército. Em algum estado do Brasil o povo canta o hino inteiro e sabe o que ele significa? Pois no Rio Grande qualquer solenidadezinha, desde aniversário do quartel até formatura de curso de informática é motivo para a rapaziada se empolgar na “aurora precursora” e no “20 de setembro, precursor da liberdade”.

Aliás, o hino é o único momento de união nos estádios de futebol – mesmo sem bandinha de música para cumprir formalidades. É só marcar uma partida na Semana Farroupilha que a galera da arquibancada se encarrega de puxar o coro das façanhas que devem servir de modelo a toda a Terra. Acabou o hino, acabou o amor. Porque mais do que chimango ou maragato, o que todo gaúcho aprende desde a maternidade é que ou você é Inter, ou você é Grêmio. Além deles, só há adversários que vivem em terras distantes, como River Plate, Boca Juniors, Penãrol, Corinthians ou Flamengo, com a peculiar circunstância de que os três primeiros são exemplos de times que ficam um tantinho mais próximo e às vezes a torcida deles dá as caras por aqui.

É nesse contexto que um punhado de alucinados resolveu mostrar que a vida não precisa ser monocromática como uma disputa eterna entre o azul e o vermelho, existindo um amor rubro-negro que sobrevive à distância. E assim, meio ressabiada, a rapaziada, que se conheceu na base do boca a boca, de ouvir dizer que no Sul também habitavam pequenos ninhos de urubus, começou a se encontrar, a se cumprimentar nas ruas ao ver algum manto sagrado desgarrado, a fazer lista de presença (!!!) nas arquibancadas do Beira Rio e do Olímpico.

De esforço em esforço, achou-se um bar louco o suficiente para cometer o sacrilégio de mostrar jogos do Mengão em detrimento da duplinha caseira e, voilá, nasceu o embrião da FLA RS.

A FLA RS é certamente a Embaixada que mais cresceu no Brasil. No primeiro encontro, na passagem de 2006 para 2007, quem esteve lá jura que foram 7 flamenguistas. Na final do Brasileirão de 2009, tinham uns 150 flamenguistas no FLA BAR. Parece pouco? É muito mais do que todas as outras torcidas de times de fora SOMADAS, tanto assim que no hexa são-paulino a imprensa foi lá na quadra de futebol onde eles se escondem e contou menos de 10 bambis pingados. Sem contar que somos pé-quentes: desde a fundação, teve título todo ano.

O FLA BAR é conhecido em toda a cidade como um autêntico point rubro-negro, o reduto gaúcho do time mais popular do mundo – porque gaúchos somos todos, alguns nativos, outros adotivos, unidos pelo amor ao Flamengo. E acabou a vergonha ou temor de sair vestido de Flamengo pelas ruas .A cada dia, mais gente aparece e deixa o conforto do pay-per-view para ver jogo conosco no acanhado boteco – sem contar os turistas e viajantes a negócios, que sempre dão uma passada por lá. Como é bom ser Flamengo e poder dividir esse prazer.

Querem saber? Que sirvam as nossas façanhas de modelo a toda Terra!

Abs e SRN

2 comentários:

Luís Eduardo disse...

Isso é Flamengo, uma Nação de irmãos rubro-negros no mundo todo.

"Nada do Flamengo, tudo pelo Flamengo"
SRN, Luís Eduardo
Blog Saudações Rubro-Negras- http://jlwrubronegros.blogspot.com/
Blog SRN no twitter: http://twitter.com/LuisSRN

Anônimo disse...

Qual o endereço desse FLA BAR? Ainda existe?