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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Centenário de Glórias - Sidney Pullen




Dando continuidade à série Centenário de Glórias, nosso homenageado de hoje é o primeiro jogador estrangeiro a se destacar com o Manto Sagrado, e o único estrangeiro a jogar pela Seleção Brasileira: o inglês Sidney Pullen!

Nascido em Southampton, Pullen veio para o Brasil ainda criança. Em 1910, começou a jogar no Paysandu, time que possuía forte ligações com os ingleses. Foi Campeão Carioca em 1912, justamente sobre o Mengão, que acabava de formar seu time de futebol. Com apenas 17 anos, foi o destaque da conquista, sendo decisivo nos confrontos diretos conosco, vitória por 2x1 e empate de 1x1, marcando em ambas.

Seu talento chamou a atenção do Mengão, que logo tentou sua contratação, mas Pullen rejeitou a transferência devido à forte ligação com os ingleses e com o Paysandu. Mas Pullen logo teria que voltar atrás de sua decisão, pois em 1915 o Paysandu encerraria suas atividades após perder o título Carioca de 1914 para nós. Pullen transferiu-se então para o Mengão e levou junto seu pai, que assumiu a tesouraria do clube e foi o responsável pelo uniforme Cobra Coral. 

Jogador de muita mobilidade, o que dificultava a marcação adversária, e dono de uma canhota habilidosa, Pullen tinha uma grande capacidade de enxergar o jogo, sendo responsável por muitas assistências. Além disso, era um líder nato, orientando, cobrando e motivando seus companheiros em campo. 

Marcou seu 1° gol no dia 2 de Maio de 1915, numa partida contra o Rio Cricket, em um empate por 2x2. Pullen se entendeu rápido com o goleador do time, Ricardo Riemer, e juntos lideraram a conquista do Carioca de 1915. Foi inclusive o vice-artilheiro, com 6 gols.

Seu alto rendimento com o Manto Sagrado lhe rendeu o que é até hoje um fato inédito: atuar com a camisa da Seleção Brasileira. Disputou o Sul-Americano de 1916 na Argentina, jogando em três partidas. No mesmo ano recebeu uma outra convocação, mas dessa vez nada agradável: foi chamado pela Inglaterra para lutar na Primeira Guerra Mundial, afastando-se assim do Mengão e do futebol.

Retornou em 1917 para a Gávea, sua casa. Com Pullen de volta, tivemos algumas conquistas em torneios menores, mas ficamos num jejum de cinco anos no Carioca. O jejum só terminou em 1920, e no ano seguinte veio o Bicampeonato. Ambas conquistas foram liderados pelo craque inglês. 

Motivado e em seu auge físico e técnico, Pullen encantou a todos. Versátil, chegou a atuar como atacante, meia avançado, mais recuado e até como zagueiro. Sua visão de jogo fez com que seus companheiros fossem sempre presenteados com passes açucarados. Foi a sua consagração definitiva, sendo considerado na época como omaior ídolo do clube.

Sidney Pullen defendeu  o Manto Sagrado de 1915 até 1923, conquistando um total de 17 títulos. Com 130 jogos disputados, é o 8° estrangeiro com mais partidas disputadas pelo clube. Marcou 47 gols, sendo o 4° maior artilheiro estrangeiro. Hoje existe um sérvio que é ídolo de gerações, mas tivemos outros gringos que encantaram também, e essa tradição começou nos primeiros passos do nosso futebol. Pullen, Bria, Valido, Garcia, Reyes, Doval... Petkovic.

Em 1925, já após ter se aposentado, fez parte da comissão técnica que escalava a equipe na época, ajudando a montar o que foi considerado o primeiro esquadrão do clube, time que seria Campeão Carioca naquele ano.


Sidney Pullen é um dos Heróis do Mengão!

Saudações Rubro-Negras 

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