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domingo, 5 de fevereiro de 2012

A estréia do filho de Bebeto pelo Flamengo



Em 1983, um então desconhecido Bebeto tropeçava as escadas do vestiário quando foi chamado para fazer sua estreia pelos profissionais do Flamengo diante do modesto Tiradentes, do Piauí. O resultado final foi uma vitória por 2 a 0 e o início de uma carreira que chegou ao auge em 1994, quando conquistou o tetracampeonato Mundial com a Seleção Brasileira formando com Romário uma inesquecível dupla de ataque. Todo esse filme voltou a passar pela cabeça do ex-atacante ao olhar Matheus, seu filho de apenas 17 anos, repetir os seus passos com a camisa rubro-negra.

No último sábado, Matheus saiu do banco para realizar diante do Olaria seu primeiro jogo como profissional. O resultado final, um 0 a 0, certamente não foi melhor do que o do pai. Mas na avaliação de Bebeto, um fator já foi determinante para que a estreia do filho tenha sido melhor que a sua. E ele lembrou com muito bom humor do ocorrido.

- Achei maravilhoso. Ele não tropeçou como eu (risos). Só por isso já foi melhor - brincou Bebeto, que não conseguia esconder o orgulho e a felicidade do filho que foi homenageado com a emblemática comemoração embala neném após marcar diante da Holanda na Copa de 1994. - Realmente é uma emoção muito forte para mim. Comecei minha vida aqui vestindo este manto sagrado que hoje é ele quem veste. Contei para o Matheus a minha história antes do jogo e todo o filme passou pela minha cabeça quando o vi em campo. Bebeto é crítico com o filho. Desde pequeno sempre cobrou bastante. Mas ao falar do futuro de Matheus não consegue ser imparcial. Segundo o ex-atacante, ele tem tudo para repetir seu sucesso.

- Ele entrou bem, mostrando muita personalidade, como deve ser. Além disso, tem qualidade também. O Matheus é inteligente e diferenciado. Não é todo mundo que consegue fazer a ligação com toques rápidos. E a cada dia ele vai pegando mais confiança. É um rapaz tranquilo, centrado e confiante. Antes do jogo eu senti que ele estava louco para estrear e conseguiu ir muito bem. Com certeza tem muita coisa pela frente. Basta manter o pé no chão e trabalhar - projetou.

O pai, Ronaldinho e Ganso como exemplos

Matheus ouvia com orgulho as palavras do pai. Antes disso, não conseguia disfarçar a alegria pela estreia como profissional. Agradeceu a Deus e ao interino Jaime de Almeida pela oportunidade e confiança dadas. Sincero, admitiu que sentiu um frio na barriga assim que foi chamado. Mas, mostrando personalidade, afirmou que isso passou assim que pisou no gramado do Engenhão. E lembrou dos conselhos dados pelo pai antes do jogo contra o Olaria.

- Conversei muito com ele. Meu pai teve uma bela carreira e ela serve de exemplo para mim. Ele me passou muita tranquilidade, falou para eu fazer o meu melhor e acho que consegui. Faltou o gol, mas vou seguir trabalhando para receber as chances ao longo da temporada - afirmou Matheus, que, além do pai, considera Ronaldinho Gaúcho e Paulo Henrique Ganso como fontes de inspiração.

Enquanto caminhava ao lado de amigos para encontrar o pai, Matheus comentava as chances que teve no jogo. Lamentou o bloqueio do defensor do Olaria em um chute que deu e comentou a falta que cobrou torcendo por um desvio de algum companheiro. Como ele próprio disse, faltou o gol e, por isso, não pôde fazer a comemoração. A primeira vai ser como a do pai em 1994? Por enquanto ele prefere manter o mistério. - Não sei como vai ser ainda. Deixa o gol sair primeiro. Na hora sai alguma comemoração - finalizou.

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