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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Calúnia do Rúbio Negrão




Sejemos cinseros e analfabéticos: de todas as alegrias que o Zico já me deu e continua me dando, a maior é ser fã número um das minhas Calúnias.

Sim, tenho tomado os remédios direitinho, até umas doses a mais pra garantir. Só estou afirmando que o Zico é meu fã número um porque é mais fácil o Zico ler esta porra do que qualquer outro rubro-negro em toda a mengosfera.

Ou seja, se você estiver visualizando estas mal traçadas linhas, é sinal e prova cabal de que o Zico é meu fã número um. Ou número dez, fica a seu critério.

Porque posso ser um maluco beleza, mas minha lógica sempre foi, e continua sendo irretocável.

Posto isso, meus leais detratores, por uma questão de reciprocidade ao meu ilustre fã, a Calúnia do Rúbio Negrão dá início oficialmente aos festejos alusivos aos 60 anos do melhor jogador que vi jogar, frisando que também cheguei a ver uns joguinhos derradeiros do Pelé.

Começaremos os trabalhos, então, compilando importantes depoimentos sobre a célebre pessoa em tela, a saber, o Ilmo. Sr. Arthur Antunes Coimbra, que apesar de ser mais competente em seu mister do que muitos doutores e professores por aí, por pura humildade, nos permite tratá-lo apenas por Zico.

Um homem avesso a títulos que não tenham sido ganhos honestamente dentro de campo. Um homem sessentão que cansou de fazer vascaínos, tricolores e botafoguenses “sessentarem”. Um homem que nomeou provavelmente 98,5% dos rubro-negros que hoje atendem por Arthur com agá.  

Vamos a ele:

“O Zico é um exemplo de ser humano, além de um belíssimo jogador. Pela sua técnica apurada, profunda visão de jogo, e letal poder de decisão, no meu time entraria sempre na metade do segundo tempo pra gente aproveitar o cansaço do adversário, dar aquele sufoco final e tentar matar a partida.” – Abel Braga (o treinador dos quatro-volantes-contra-o-Santo-André-em-pleno-Maracanã-lotado)

“Inacreditável! Esse Zico é indestrutível! Quando olho para ele hoje, após tantos anos, fico impressionado e custo a acreditar que ele continua andando tão bem com as próprias pernas.” – Márcio Nunes (ex-croque do Bangu)

“Sapatos só da Rafarillo: aonde você for! E outra: financiamento é Caixa!” – Milton Neves (jornalista publicitário e esportivo)

“Zico? Cracaço. Só lamento não ter tido a chance de transformar ele no melhor jogador de todos os tempos, aproveitando ao máximo o seu potencial de entrega, usando ele como um terceiro volante adiantado.” – Joel Santana (treinador adepto de táticas polivolantes, digo, polivalentes)

“Falar sobre o Zico? Olha, Galo não é a minha praia, não. Eu entendo mesmo é de galinha.” – Fred (jogador tricolor de exceção)

“Amo o Zico. Um exemplo de atleta, marido, pai, ídolo e cidadão. Espero, do fundo do meu coração, que algum dia ele cometa um assassinatozinho ou coisa parecida, só para poder me dar uma exclusiva aqui no programa. Beijo no coração, viu, Zico?” – Sônia Abrão (apresentadora do programa “À Tarde é Surra”)

“Ele tem uma dinâmica física, rica, rítmica. Seus reflexos lúcidos, lançamentos, dribles desconcertantes, chutes maliciosos são como flashes eletrizantes. Ei! Isso aí dá música! Ah, já fiz...” – Jorge Ben Jor (cantor, compositor e parceiro do Rod Stewart)

“Zico é aquele do vôlei, né?” – Eurico Miranda (cartola, após anos de análise)

Espaço reservado para o depoimento de Felipe Chinelo (ex-jogador desde os juniores), que não pôde escrevê-lo em virtude de uma contusão no dedo indicador da mão direita.

“O Zico é um fela duma rapariga! Desgraçado! Covarde! Se um dia eu cruzar com esse animal numa esquina escura...”  – Bolinha França (vítima contumaz da Turma da Zona Norte)

“Na minha opinião, o senhor Arthur Antunes Coimbra só cometeu um erro na sua gloriosa trajetória. Sendo ele o ídolo que é, jamais deveria ter aceitado qualquer cargo no Flamengo. Para que ficar sob os holofotes, sendo cobrado e fiscalizado diariamente, quando poderia ter concorrido para qualquer cargo eletivo federal? Certamente teria sido eleito com sobras, e hoje ninguém mais se lembraria dele. Estaria discreta e confortavelmente enchendo a burra em Brasília, completamente fora dos noticiários.” – Paulo Maluf (político e engenheiro financeiro)

“O Galinho só não me superou numa coisa.” – Andrade (o Tromba)

“Nem a mim.” – Seedorf (o Manecão)

“Zico foi um jogador sensacional. Quero aproveitar a oportunidade para perguntar a ele se eu poderia escrever a sua biografia não autorizada.” – (Enzo Palladini, autor da polêmica biografia, não autorizada, de Ronaldo Fenômeno)

“Quem está contra o Zico, não está a favor dele. Pensem nisso.” – Rúbio Negrão (fiscal da natureza, responsável por Vila Isabel e adjacências)


Duplex Toc Zen

1 - Transformar o Zico em estátua é mole: Quero ver é dar vida ao Léo Moura.

2 - “Rafinha terminou o Flamengo x Olaria no último sábado com um corte no rosto e reclamando da violência dos adversários”: No Brasil, o jogador só sabe que passou a ser respeitado quando começa a ser desrespeitado.

3 - Descoberto o porquê do Renato Abreu ter um aproveitamento tão bom em bola parada: É porque parada, a bola fica em sincronia perfeita com seus movimentos.

4 - “Dorival classifica Renato como referência e diz: ‘É um dos titulares’”: Do time reserva, eu diria até titular absoluto.

5 - Prefiro a torcida gremista à corintiana: Porque enquanto os gambás comemoram gols com artefatos que disparam morte, os tricolores festejam usando ferramentas que esguicham vida.

6 - A gambazada passou o ano de 2010 enchendo nossos sacos com a piadinha “O time do Flamengo até que é bom. O que mata é o goleiro”: Podem me chamar de escroto, mas “O time do Corinthians até que é bom. O que mata é o torcedor”.

7 - Gato por lebre: E não é que tem boleiro beijoqueiro por aí dando uma de armador quando na verdade prefere ficar enfiado?


8 - Twitter Cassetadas da semana (em tempo real só em @rubionegrao)

Não me interessa se o Hernane é caneleiro. Antes de tudo, ele é um "9", e a função básica dos "9" é marcar gols. Deixa a craqueza pro Dedé.

Fui lá na cozinha pra fazer um sanduba de salmão defumado, mas como nunca entrou salmão defumado na minha cozinha tô no cream cracker mesmo.

Numa corrida entre Flamengo e Vasco, o Anão da Colina mandaria o Dedé como representante, porque contra o Rafinha o vice já tá garantido.

"Aê, Dedé, já viu o show do Rafinha Bastos?" ===> "Não, só o do Rafinha Lima."

Os torcedores tricolores que preferiram ficar no meio da torcida do Grêmio apostando em possíveis avalanches se deram bem de-mais!

A Libertadores é charmosa assim mesmo. Se este Fluminense x Grêmio tivesse rolado na Série B, não teria tido metade do glamour.

Não existe "foi sem querer" quando você dispara um sinalizador num ambiente cheio de gente. A promotoria encerra.

Concordo plenamente que o corintiano que disparou o sinalizador é uma pessoa menor.

E nada mais faço: não sou dedo-duro, mas a Calúnia tá entregue!

[Post originalmente publicado no Blog da Flamengonet]

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