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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Junior: raça, maestria e amor ao manto sagrado


Junior, nascido na Paraíba no dia 29/6/1954, mas carioca de coração, é um dos jogadores mais importantes da história do Flamengo. É o craque que mais vezes vestiu o manto sagrado, que considera a sua segunda pele: atuou pelo rubro-negro em 876 partidas em dois períodos: entre 1974 e 1984 e entre 1989 e 1993.

Junior foi o maior lateral-esquerdo que vi jogar, fazendo parte do time genial e que foi campeão carioca, tricampeão brasileiro e conquistou a Libertadores e o Mundial em 1981 e da fantástica Seleção Brasileira de 1982, marcando um lindo gol contra a Argentina na Copa do Mundo do mesmo ano.  O Junior sempre me impressionou pela raça descomunal e pela técnica em campo. Lembro-me até hoje do passe de canhota dado pelo grande camisa 5 para Zico marcar o primeiro gol do Mengão na vitória por 3 a 0 sobre o Santos na conquista do tricampeonato brasileiro em 1983 (os outros gols foram marcados por Leandro e Adílio).

Junior foi vendido para o Torino no ano seguinte e também jogou pelo Pescara em terras italianas.

Júnior voltou à Gávea em 1989 para satisfazer o desejo do filho Rodrigo, que queria vê-lo jogar com a camisa do Flamengo no Maracanã. Passou a atuar no meio-campo e mais uma vez foi vitorioso.

Em 1990, o MENGO ganhou a Copa do Brasil ao derrotar o Goiás por 1 a 0 (gol de Fernando).

Em 1991, com Gilmar no gol e contando com o talento de Marcelinho e Paulo Nunes e Djalminha e nomes como Charles Guerreiro, Gottardo, Junior Baiano, Piá, Nélio, Uidemar, Gaúcho e Zinho, o Flamengo conquistou o Campeonato Carioca, vencendo o Fluminense por 4 a 2 na final (gols de Uidemar, Gaúcho, Zinho e Júnior para o Mengão e Ézio para o Flu).

No ano seguinte, o Flamengo sagrou-se Pentacampeão Brasileiro. A disputa do título foi contra o Botafogo e o Mengão venceu o primeiro jogo da final por 3 a 0. Júnior, o maestro do time aos 38 anos, deu um chutaço de primeira e abriu o placar. Nélio, o camisa 10 da equipe, marcou o segundo gol chutando entre as pernas do goleiro alvinegro, Ricardo Cruz, e Gaúcho, de cabeça, fez o terceiro. Com o Maracanã lotado pela torcida rubro-negra, o segundo jogo da final ficou marcado pela queda de parte da grade da arquibancada mantando três torcedores e ferindo mais de 90 pessoas. Mas felizmente nem tudo foi trágico. Flamengo e Botafogo empataram em 2 a 2. Júnior fez um golaço de falta antológico comemorado com euforia e paixão e Júlio César fez o segundo do Fla. (Pichetti e Valdeir marcaram para o Bota). A conquista do Penta coroou a carreira de Junior com o manto sagrado e foi muito marcante na minha adolescência. Confesso que não vi um dos jogos da final para ir ao aniversário de uma amiga e já saí da boate onde a festa foi realizada comemorando a conquista!!

Depois de abandonar os gramados em 1993, Junior ainda demonstrou categoria e vitalidade com inúmeras conquistas no Beach Soccer e hoje trabalha como comentarista de TV.

Muito obrigada por tudo, Maestro. Espero que um dia eu tenha a honra de apertar sua mão e lhe pedir um autógrafo. Ainda tenho esperança de realizar o sonho de conhecer esse grande craque da história do Mengão.

Fontes de consulta:
Filho, Paschoal Ambrósio. 6X Mengão. Rio de Janeiro:  Editora Maquinária, 2010.
Junior. Minha paixão pelo futebol. Rio de Janeiro: Rocco Jovens Leitores, 2010.
Júnior, Celso e Vaz, Arturo. Fla-Estatística Endereço:http://www.flaestatistica.com.



-- Renata C. Bottino

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