A tradição remonta a 1951, ano seguinte à inauguração do Maracanã. Segundo pesquisa realizada pelo jornalista Fábio Grijó, do SporTV, o Vasco teve o direito a escolher o lado em que desejava que sua torcida ficasse por ter sido o primeiro campeão carioca da Era Maracanã. Com o título de 1950, em 28 de janeiro de 51, conquistado na final diante do América pelo time que era a base da Seleção da Copa disputada no Brasil (Ademir Menezes, Danilo Alvim, Chico, Barbosa, Augusto, Maneca, Eli, Alfredo II).
O Vasco decidiu escolher o lado direito. Coube ao Flamengo, por ter a maior torcida, ficar com o lado esquerdo, ganhando também um espaço fixo no estádio.
Em relação a Botafogo e Fluminense, houve um acordo tácito. Os alvinegros passaram a ficar sempre do lado direito, com exceção dos clássicos diante do Vasco. E os tricolores ficaram à esquerda, menos nos Fla-Flus.
Se essa divisão atrás dos gols surgiu já nos anos 50, a separação das entradas dos torcedores é mais recente. Até meados dos anos 90, os acessos das rampas do Bellini e da Uerj não ficavam restritos a uma torcida. Havia uma entrada conjunta nos dois acessos. Para evitar problema maiores, policiais se colocavam na parte central das rampas. E os torcedores se dividiam no final dela. Um grupo ia para a esquerda. Outro, para a direita.
Com o acirramento da tensão entre organizadas, a Polícia Militar decidiu limitar os acessos. Os torcedores do Flamengo passaram a entrar sempre pelo acesso localizado na Avenida Maracanã, marcado pela estátua do Bellini. E os do Vasco deveriam entrar pela rampa situada na Avenida Radial Oeste. Botafoguenses e tricolores mudavam de local conforme o setor que fossem ocupar.
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