“Toda a vez que a bola passava por cima do travessão, o chip acusava gol.” - Árbitro Carlos Amarilla, sobre testes com chips realizados no Peru.
Sejemos cinseros e analfabéticos: o Brasil não fabrica e não fabricará mais craques como antigamente. Isso porque a garotada que curte futebol já percebeu que a maneira mais fácil de ajudar o seu time de coração, e ainda se consagrar no processo, é cursar direito na faculdade para lutar por uma posição de titular num destes vastos tapetões que assolam o país.
Por outro lado, se não mais prima por jogos vistosos e emocionantes, o futebol vem demonstrando uma grande evolução, não tática, mas tecnológica. Cenão vejemos e erremos: chip na bola, ponto e bandeira eletrônicos, placares mostrando gols e replays (“replays”, sim. “Imagem recuperada” é o karai!) de lances duvidosos, sem falar nas precisas decisões dos árbitros no chamado “olhômetro”, capazes de dirimir quaisquer dúvidas e resolver problemas ignorados pelas máquinas frias, burras e sem times de coração.
Para que possamos compreender as reais proporções do referido avanço, no final do ano passado foi necessário todo um julgamento teatral, digo, num tribunal para que resultados de jogos e posições na tabela do Brasileirão fossem modificados. Hoje, menos de dois meses depois, toda essa chata e dispendiosa burocracia parece ter sido definitivamente abolida, cabendo agora ao juiz de campo alterar resultados de jogos e posições na tabela instantaneamente, em tempo real, ainda dentro do gramado, com a partida em andamento, e perante testemunhas, para que todo o processo seja confiável e transparente.
Por mais que isso turve os sonhos de vários jovens que sonham com sólidas carreiras no STJD, foi exatamente o que ocorreu no Flamengo e Vasco passado, quando presenciamos o primeiro prejuízo causado pela aposentadoria precoce da quase invisível bola laranja utilizada na temporada passada. Ora, como um juiz de linha tem a audácia de alegar não ter visto a pelota dentro do gol, sendo a mesma branca?
Confesso, porém, meus leais detratores, que contra o Vasco, e não me julguem menos rubro-negro pelo que irei escrever, adorei os 3 pontos, mas detestei a vitória. E não estou nem aí nem aqui pro choro dos eternos perdedores, mas me incomoda bastante o perigoso precedente de um erro escabroso simplesmente deixado pra lá. Porque absurdos do gênero podem igualmente nos atropelar somewhere along the line. Árbitros ignorando gols absurdamente claros não é exatamente o tipo de situação que favorece times grandes, se é que me entendem. Pra mim, trata-se de um artifício ideal para derrubar favoritos sem recorrer à extenuante burocracia de longas batalhas judiciais, se é que continuam a me entender.
Ironicamente, o imbróglio do não gol do Douglas ocorreu justamente após o fiasco do cover do Mr. Bean no León x Flamengo, de maneira que o nível das arbitragens na Libertadores subiu muito no meu conceito, passando a ostentar a classificação de “quase bem aceitável”.
Mas falando sério agora: o grande problema é que um único juiz em campo não consegue dar conta de tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo. O certo seria que cada time entrasse em campo com o seu próprio árbitro, que conhecesse bem os seus companheiros de equipe, se estes batem porque são maus ou apenas para matar as jogadas, se cospem no rosto do adversário por indisciplina ou por simples refluxo, etc. Ninguém há de negar que dessa forma as arbitragens seriam bem mais justas, porque um juiz ficaria com receio da desforra do outro.
E, nesse sentido, a Copa de 2014 seria muito mais benéfica ao esporte bretão se dela pudéssemos colher os frutos dessa inovadora experiência.
Duplex Toc Zen
1 - Pena que o Flamengo tava negociando o Elias com um tal de Bruno de Carvalho: Ah, se tivesse sido com o Adriano Galliani...
2 - O Elias agrega valor ao elenco: E o Luiz Antônio desagrega.
3 - Bem fez o pai do Elias, que botou o Sporting no pau: Só espero que a justiça portuguesa seja tão rápida e eficiente quanto a brasileira, que consegue julgar um processo do Luiz Antônio por semana.
4 - Unión Española, Independiente del Valle e San Lorenzo: E não é que o Botafogo tá disputando a Série B da Libertadores?
5 - A camisa rubro-negra alemã nada mais é do que o resultado natural do tratamento que os arcoirenses dispensam aos flamenguistas: Pra eles, nós sempre fomos “os alemão”.
6 - E finalmente o Jayme definiu o nosso meio-campo: Fulano, Beltrano, Sicrano e Elano.
7 - Só que, pra mim, o Elano não passa de um Renato Abreu malpassado: E sem páprica.
8 - Mas aos pouquinhos, o Flamengo tá achando o time: Um já foi localizado no Porcão, outro no Barra Music, mais um na praia jogando futevôlei...
9 - E contra o Madureira, o Feijão provou que não é apenas mais um rostinho bonito: É um rostinho feio bagarai.
500 - O Cazedú tinha que aproveitar o momento pra pendurar as chuteiras no auge: Lá no pico das Agulhas Negras.
11 - E não é que o Luxa tinha razão?: De Muralha o Luiz Phillipe não tem nada.
12 - Twitter Cassetadas da semana (em tempo real só em @rubionegrao)
Brasil x Alemanha na Copa, com os germânicos de camisa rubro-negra inspirada no Mengão, nem preciso dizer pra quem irei torcer.
O jogo de ontem contra o León foi simplesmente um pé no saco.
Se estiver precisando de alguém pra tomar conta de sua casa de campo, sugiro José Hernando Buitrago, juiz do Fla x León, um senhor caseiro.
O Imperador tá sequinho.
Sequinho pra ir pra balada degustar umas cervas.
Por que o Vasco joga hoje com uma pequena tarja preta perto da gola da camisa se já tem uma baita faixa de luto no meio dela?
Foi gol, só que agora o Douglas joga em time pequeno, que não desfruta do respeito da arbitragem.
O problema de ter um elenco equilibrado é demorar pra encontrar o time.
O Elano substituiu muito bem o Cazedú, e tá fazendo com muita propriedade a função de "jogador a menos" no time.
O Flamengo é tão superior ao FluminenC que nem precisou apelar ao STJD pra anular o gol do Vasco.
Fiquem calmos, vascaínos, porque na Série B essa bola do Douglas os juízes costumam validar o gol.
O Douglas ainda não aprendeu a disputar campeonato carioca.
A vitória com a influência da arbitragem sobre o Vasco prova que o Flamengo finalmente está aprendendo a jogar Libertadores.
"A entrada do Guinazu foi no joelho, muito pior que a do Amaral no México... Quase tirava o Brocador da copa." - Martinho Junior, BUTECO
"Vascaínos se recusam a desfilar na escola q homenageará Zico na Sapucaí"
É assim q agradecem ao Zico por ter jogado na despedida do Roberto
"O Flamengo precisa ter jogo de cintura. Dar continuidade a seu processo interno, mas tendo em mente que habita um meio de porcos." - Melo
Idem. "Isso não se discute: o melhor jogador do Brasil é Zico." - Sócrates RT @Urublog Hoje o Dr. Sócrates faria 60 anos. Respeito.
E nada mais faço, nem as imagens zoativas de praxe.
(Ás do quinta-colunismo esportivo, Rúbio Negrão, vulgo Rubro-Negão Trolhoso, vulgo RNT, é cria dos juniores do blog da Flamengonet, e aceita doações de camisas oficiais novas do Flamengo no tamanho G.)
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