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sábado, 22 de fevereiro de 2014

"Internacionalização": A montanha indo a Maomé

Nos últimos dias foi noticiado que a Adidas preparou para duas seleções participantes da próxima copa uniformes "número 2" com cores rubro-negras: Alemanha e depois México. Detalhe que o uniforme da seleção alemã teve seu design assumidamente inspirado no nosso Manto, buscando trazer pra si os bons fluidos dos verdadeiros donos do Maracanã. Muitos comentam que faz parte do processo de internacionalização (ê, palavrão...) da marca Flamengo, prometida pela Adidas desde meados de 2012, quando o relacionamento ainda estava na fase da paquera.

Essa iniciativa foi um bom teste de criatividade à nossa fornecedora de material esportivo. Este processo de recolocar o Flamengo em posição de destaque seria muito simples. Seria. Infelizmente devido ao desalinhamento do nosso calendário com os grandes centros, os clubes brasileiros ficam privados de ter um intercâmbio com clubes de ponta do futebol mundial, como também de conquistar outros mercados e angariar novos torcedores e consumidores. Aliás, como curiosidade, a última vez que o Flamengo enfrentou um time europeu foi em agosto de 2000, quando perdeu pro Atlético de Madrid num torneio amistoso.

Não é raro a gente encontrar clubes europeus aproveitando suas pré-temporadas se desafiando em outros continentes, e eles não fazem isso pelo simples prazer de acumular milhagem. Enquanto isso ficamos à margem disso tudo. Podíamos estar em agosto jogando uns torneios legais e faturando uns bons cachês, mas em vez disso somos condenados ao isolamento, arriscando as canelas em jogos deficitários contra times inexpressivos, do naipe de Chapecoense, Fluminense e outros enses, num campeonato que antes já não tinha aquela visibilidade lá fora, e que agora nem credibilidade tem mais, devido aos recentes episódios de tapetão no fim de 2013. 

As consequências desse isolamento também se refletem no aspecto técnico. A falta de um intercâmbio com outros centros desenvolvidos tem aberto de uns tempos pra cá uma diferença técnica cada vez maior, que fica clara na participação de clubes brasileiros no Mundial de Clubes, uma das raras oportunidades de vê-los medindo forças com clubes de outros continentes. 

Diante da atual impossibilidade de levar o Flamengo para se apresentar ao Mundo, a saida da Adidas foi deixar parceiros com uma cara parecida com a nossa. Parece que o resultado foi positivo pra Nação Rubro-Negra, que finalmente parece se ver representada numa copa. Resta torcer que tenham sucesso, e que a gente consiga alguns dividendos no fim das contas.

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