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terça-feira, 29 de julho de 2014

Dequinha

José Mendonça dos Santos, o Dequinha, nasceu no dia 19/3/1929 em Mossoró e defendeu o Flamengo em 384 partidas entre 1950 e 1959, marcando oito gols.
Dequinha começou a carreira no Atlético de Mossoró em 1945 e no ano seguinte jogou no Potiguar. Em 1947, Dequinha defendeu o ABC de Natal e foi campeão estadual.  Em 1949, o meio-campo virou ídolo do América de Recife e deixou saudade na torcida quando veio para a Gávea.
Dequinha veio para o Flamengo em 1950 e virou titular do time no ano seguinte. Dequinha era raçudo e no livro Os dez mais do Flamengo, de Roberto Sander Evaristo de Macedo, que jogou com o meio-campo na campanha do tricampeonato carioca de 1953-1954-1955, descreve Dequinha como “um jogador altamente técnico. A mesma facilidade que tinha de tomar a bola do adversário, ele também tinha para fazer um passe ou dar um lançamento de longa distância” (p. 70). O talento de Dequinha também serviu de inspiração para Carlinhos, que na década de 60 o substituiria na posição de volante do time rubro-negro. 
Dequinha era capitão da equipe do Flamengo conhecida como “Rolo Compressor” e participou de todos os jogos da campanha do segundo tricampeonato carioca da história do clube, sendo fundamental para essa conquista junto com craques como Garcia, Pavão, Jadir, Jordan, Rubens, Evaristo, Benitez, Zagallo, Esquerdinha, Índio, Paulinho, Joel e Dida. O técnico era o paraguaio Fleitas Solich.
Dequinha marcou dois golaços de fora da área na goleada por 5 a 0 contra a Portuguesa no Campeonato Carioca de 1953. Os outros gols rubro-negros foram marcados por Servílio, Índio e Benitez. Nessa competição ,o time rubro-negro realizou uma campanha espetacular ganhando 21 jogos e sendo derrotado apenas duas vezes. Na penúltima rodada, o Flamengo venceu o Vasco por 4 a 2 com gols de Esquerdinha, Índio e dois gols de Benitez e conquistou o título carioca .Na última rodada, o Mengão venceu o Botafogo por 1 a 0 com gol de Rubens coroando a brilhante campanha. 
Em 1954, o Flamengo continuou avassalador sempre contando com a liderança de Dequinha e obteve 19 vitórias em todo o campeonato, sendo derrotado apenas duas vezes e confirmou o título ao vencer o Vasco por 2 a 1 (gols de Índio e Paulinho). Antes da última rodada do campeonato, o Flamengo fez um amistoso contra o Estrela Vermelha e venceu por 4 a 1 com dois de Evaristo, um de Zagallo e outro de Babá. Na última rodada, com direito a Carnaval em pleno Maracanã, o Flamengo derrotou o Bangu por 5 a 1 com gols de Benitez, Paulinho, Índio, Evaristo de Macedo, Edson (contra).
No mesmo ano, Dequinha fez parte do grupo que defendeu Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Suíça, ficando na reserva junto com Rubens.
Em 1955, Dequinha marcou o gol da vitória do Flamengo por 1 a 0 no clássico contra o Botafogo com uma bomba que bateu no travessão antes de entrar. Na final do Campeonato Carioca de 1955 realizada somente em 1956, o Flamengo venceu o América por 1 a 0 no primeiro jogo (gol de Evaristo), perdeu por 5 a 1 no segundo e venceu por 4 a 1 na terceira partida com três gols de Dida e um de Duca, sagrando-se tricampeão carioca (1953-1954-1955) pela segunda vez.
Dequinha é um exemplo de jogador que agrada a Nação Rubro-Negra pela raça e técnica e marcou a história do Flamengo. Dequinha faleceu em 1997.
Fontes:
Sander, Roberto. Os dez mais do Flamengo, Rio de Janeiro: Editora Maquinária, 2008.



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