José Fábio Alves de Azevedo,
mais conhecido como Fabão, nasceu no dia 15/6/1976 e jogou 86 partidas pelo
Mengão entre 1998 e 2000, marcando dois gols com o Manto.
Em 1988,
Fabão conquistou o Campeonato Baiano com a camisa do Bahia e a boa atuação do
zagueiro pelo Tricolor Baiano fez com que o técnico Evaristo de Macedo, técnico
do time baiano e ex-jogador do Mengão, tricampeão carioca (1953-1954-1955) e
ídolo do Mengão na década de 1950 e que fez parte do grupo campeão carioca em
1965, intermediasse a ida do zagueiro para o Flamengo em outubro do mesmo ano.
Fabão
conquistou os títulos do Campeonato Carioca em 1999 como titular formando boa
dupla de zaga com Luís Alberto e foi reserva na conquista da Copa Mercosul no
mesmo ano. Em ambos os títulos, o técnico rubro-negro era o saudoso e
competente Carlinhos.
Em
1999, o Flamengo ganhou a Taça Guanabara. O adversário foi o Vasco, que entrou
de salto alto, por achar que ganharia com a vantagem do empate. Doce ilusão.
Não suportaram a raça do maior time do mundo. Athirson — aproveitando o passe de Iranildo numa jogada que fez jus à tradição rubro-negra pela garra
e categoria — abriu o placar no início do jogo e Romário ampliou com um belo gol de canhota minutos depois. O
adversário ainda diminuiu numa cabeçada de Odivan e tentou empatar, mas o
Mengão soube segurar o resultado. Nada melhor do ganhar o primeiro turno de
forma invicta.
Mas a festa estava só começando:
o Mengão conquistou o Campeonato Estadual, vencendo o Vasco, que tinha ganhado
o segundo turno. No primeiro jogo, o resultado foi 1 a 1 graças ao gol de
peixinho de Fábio Baiano e às
defesas salvadoras do goleiro Clemer. No
segundo jogo, Rodrigo Mendes cobrou
bem a falta sofrida por Caio e
fez o gol do título, deixando o goleiro Carlos Germano parado e a torcida
rubro-negra enlouquecida: Flamengo 1 a 0. O placar poderia ter sido maior, mas
o juiz anulou um gol de Beto,
alegando impedimento. Mesmo com os desfalques de Iranildo, Leandro Machado e Romário o time rubro-negro
mostrou muita raça. E ganhar no peito e na raça, honrando as tradições
rubro-negras, é bom demais!! Os heróis da conquista: Clemer, (Róbson) , Pimentel,, Fabão, Luís
Alberto, Ronaldo, Fabiano, Athirson, (Marco Antônio), Jorginho, (Vágner),
Leandro Ávila, (Bruno Quadros), (Leonardo Inácio), (Maurinho) , Beto, Fábio
Baiano, Iranildo, Caio, Leandro Machado, Rodrigo Mendes, Romário, (Marcelo
Santos),( Reinaldo), (Fabiano Cabral ) .
Outra importante conquista
rubro-negra em 1999 foi a Copa Mercosul. As duas partidas da decisão contra o
Palmeiras foram eletrizantes. O Mengão
venceu o primeiro jogo por 4 a 3. Show de emoção e garra. Juan abriu o placar
para o Flamengo. Júnior Baiano empatou para o time paulista. Asprila virou para
o Palmeiras. Caio empatou e Paulo Nunes fez 3 a 2. Mas era dia do Urubu voar
alto. Caio marcou outro gol e Reinaldo garantiu a vitória rubro-negra no
Maracanã com belo gol de cabeça após cruzamento de Athirson. No segundo jogo na
casa dos palmeirenses novo sufoco. Arce pôs o time alviverde em vantagem. Caio
empatou e Rodrigo Mendes virou o jogo com um golaço. Arce empatou de falta em
falha de Clemer e Paulo Nunes marcou o terceiro do Palmeiras aproveitando
lançamento de Zinho. Mas o jovem Lê marcou com frieza o gol de empate e que deu
o título ao Flamengo.
Fabão jogou
apenas dois jogos na Taça GB de 2000, sendo que na final da mesma, o Flamengo
jogou desfalcado de Athirson — o grande destaque do Flamengo no Carioca do
mesmo ano — , que não foi liberado por Vanderlei Luxemburgo, técnico da Seleção
Brasileira na época. Por isso, equivocadamente o técnico rubro-negro Paulo
César Carpeggiani escalou o time do Flamengo sem um especialista na lateral
esquerda e com três zagueiros —Juan,
Luiz Alberto e Fabão — (este último não jogava há dois meses e meio). O erro
tático do treinador com a improvisação de um zagueiro na lateral esquerda teve consequências desastrosas: o
Flamengo foi goleado pelo Vasco por 5 a 1 com três gols de Romário, perdeu o
turno e Carpeggiani foi demitido.
Mas
o Flamengo se recuperou ¾ graças à volta de Carlinhos ao comando da equipe e à
raça e à união do time ¾ e conquistou a Taça Rio ao vencer o Friburguense por 3
a 1. (Os gols do Fla foram marcados por Reinaldo,
Athirson e Fábio Baiano.)
Nas finais, o
rubro-negro derrotou os vascaínos por 3 a 0 ¾ gols de Athirson (em linda jogada) Fábio Baiano (de falta) e Beto (de cabeça) ¾ no
primeiro jogo e por 2 a 1 no segundo ¾ gols de Viola para o
adversário e de Reinaldo e Tuta para o Mengão em bela virada e
conquistou o bicampeonato carioca com bom desempenho de Juan e Fabão na zaga do Flamengo na Taça
Rio e na decisão do Campeonato Carioca e atuações excepcionais de Clemer, Athirson e Reinaldo em toda a competição. Reinaldo foi o vice-artilheiro da
competição com 15 gols e Athirson, em grande forma, foi um
lateral-esquerdo muito ofensivo, marcando 10 gols, muitos deles em clássicos,
sendo o destaque do Flamengo no campeonato. A equipe rubro-negra: Clemer, Júlio César, Maurinho, Bruno
Carvalho, Juan, Luís Alberto, Fabão, Athirson, Marco Antônio, Leandro Ávila,
Rocha, Mozart, Fábio Baiano, Iranildo, Beto, Petkovic, Reinaldo, Leandro
Machado, Tuta, Rodrigo Mendes, Roma, Lê e Lúcio.
Em setembro do
mesmo ano, o zagueiro disputou a última partida pelo Mengão foi vendido para o
Bétis (Espanha), clube que defendeu até 2001, ano em que foi para o Córdoba ,
equipe do mesmo país que o defensor jogou até 2002, quando voltou ao Brasil
para jogar pelo Goiás. Pelo clube goiano, Fabão foi campeão da Copa Centro-Oeste
(2002) e do Campeonato Goiano (2003).
Em 2005, Fabão foi para o São
Paulo e foi campeão do Campeonato Paulista, da Libertadores e do Mundial de
Clubes de 2005 e do Brasileiro de 2006. O zagueiro foi decisivo ao marcar um
gol na semifinal e outro na final da
Libertadores de 2005. No primeiro jogo da semifinal, a equipe paulista venceu o
River Plate por 2 a 0 (gols de Danilo e Rogério Ceni). No jogo de volta em
Buenos Aires, o São Paulo venceu o time argentino por 3 a 2. Danilo abriu o
placar para o São Paulo. Ernesto empatou para o River. Amoroso desempatou para
a equipe paulista. Fabão fez o terceiro gol do São Paulo e Marcelo Salas
descontou para o time argentino. O São Paulo venceu o Atlético-PR por 4 a 0 na
grande final da Libertadores com gols de Amoroso, Fabão , Luizão e Diego
Tardelli, sagrando-se tricampeão da competição sul-americana Na final do
Mundial o São Paulo se tornou tricampeão mundial ao vencer o Liverpool por 1 a
0 (gol de Mineiro). No Brasileiro de 2006, o São Paulo empatou com o Atlético
–PR em 1 a 1 (gol de Fabão para o São Paulo e de Cristian para o Atlético e
conquistou o título da competição nacional com a vitória de 1 a 0 do Paraná
contra o Inter, vice-brasileiro.
Em 2007, Fabão foi para o Kashima
Antlers e conquistou no mesmo ano a Copa
do Imperador Mas jogando pelo time japonês no qual grande ídolo e genial Zico e
outros brasileiros já brilharam, Fabão sofreu uma grave lesão: uma fratura na
perna direita, que levou ao rompimento dos ligamentos do tornozelo.
Depois de dois meses e meio de
sofrimento, Fabão foi para o Santos terminar de tratar da contusão em 2008,
quando voltou a jogar. Ficou no Peixe até 2009 e foi para o Guarani no Brasileiro do ano seguinte quando o clube
de Campinas foi rebaixado para a Série B .
Em 2011, o zagueiro defendeu o
time chinês Henan Jianye.
Em 2012, o zagueiro teve breve
passagem pelo Comercial e em 2013 defendeu o Sobradinho (DF) e em 2014 atuou
pelo Goianésia (GO).
Bom relembrar as conquistas de
Fabão no Flamengo e saber mais sobre a carreira do ex-zagueiro rubro-negro no
exterior, o auge da carreira do defensor no São Paulo e a trajetória do jogador
em outros clubes europeus, asiáticos e brasileiros.
Fontes:
Vaz, Arturo, Júnior, Celso e
Filho, Paschoal Ambrósio. 100 anos de
bola, raça e paixão: a história do futebol do Flamengo. Rio de Janeiro:
Maquinária Editora: 2012.
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