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quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O Flamengo em 1921


No comecinho de 1921, o Flamengo foi buscar no Palmeiras o gigantesco Nono, que impressionara em toda a disputa do Campeonato Carioca do ano anterior. E o centroavante, de quase 2 metros de altura e exímio cabeceados, foi de fundamental importância para a conquista do título. A final foi realizada em partida extra contra o América, no acontecimento mais formidável da temporada.

O jogo foi disputado no campo do Fluminense, em 4 de setembro. A liga Mteropolitana passou a semana discutindo os preços que deveriam ser cobrados pelo espetáculo. Na sexta-feira dia 2, quando pôs os 13500 ingressos à venda, verdadeira multidão tomou de assalto o Estádio das Laranjeiras. Bilhetes para as gerais e para as arquibancadas, aos preços respectivamente 1000 e 3000 réis, esgotaram-se num abrir e fechar de olhos. Só escaparam da confusão os que podiam adquirir cadeiras, a 6000 réis. Para que se tenha uma noção do valor da moeda, basta lembrar que um exemplar de jornal custava 100 réis.

Flamengo e América chegaram à ultima rodada com 15 pontos ganhos cada um. O regulamento não previa nenhum critério para desempate, o que forçou a fanalíssima, decidida em três erros grosseiros. O América entrou em campo com Tomich, Peres e Barata; Oswaldo, Miranda e Avellar; Barroso, Gilberto, Chico, Muniz e Ribeiro. E fez 1 a 0 já no segundo tempo, em falha do famoso goleiro Júlio Kuntz, que foi aparar um cruzamento de Chico e caiu com a bola dentro da baliza.

Tomich retribui a bobagem de Kuntz quandoi restavam 10 minutos para o final do jogo, ao aceitar entre as pernas bola chutada por Nono, artilheiro do Carioca com onze tentos. Na prorrogação, Avellar quis fazer bonito ao tentar matar no peito o “couro”, que se ofereceu para Candiota bater de primeira e marcar o gol da vitória rubro-negra. Seguiu-se o tradicional corso de automóveis, que agitou o resto do domingo carioca.


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