A criação da primeira torcida organizada da história do futebol brasileiro foi iniciativa de um grupo de 21 torcedores rubro-negros de um colégio do Rio, pouco depois de o clube conquistar o título da cidade, em 1927.
Está na edição de O Globo de 10 de outubro daquele ano. “Foi no seio do Atheneu Luso Carioca que partiu o primeiro grito de júbilo lançado por um pugillo de adeptos do rubro-negro, pela grandiosa Victória obtida pelo ínclito club nas renhidas batalhas de foot-ball, demonstrando assim de quanto é capaz a vontade férrea dos rapazes que compõem o team campeão”, registrava o jornal, ao publicar com destaque notícia enviada pelos integrantes da “Ala Flamenga”.
Intitulava-se “presidente” o aluno Antônio Borges, que morreu no anonimato, mas que agora, descoberta tal curiosidade, torna-se o primeiro chefe de torcida da história do futebol brasileiro. O secretário João Fonseca, o tesoureiro José de Sá Barreto e o “procurador” Waldemar Teixeira eram os principais auxiliares de Borges na “corporação”, que era composta em sua maioria de, acreditem, mulheres, numa época em que elas não tinham sequer direito a voto.
Naquele ano, o clube sofreu a maior derrota de sua história para o Botafogo,
Saí a capacidade do rubro-negro de provocar manifestações como a criação da “Ala Flamenga”.
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