Gol de Rondinelli na decisão contra o Vasco garantiu o Estadual de 78
O Deus da Raça jamais será esquecido pela Nação
Fred Gomes
Ao fazerem referência à época dourada do Flamengo, muitos rubro-negros relembram o Campeonato Brasileiro de 1980, o primeiro da história do clube. Já outros preferem recordar os títulos da Libertadores e do Mundial Interclubes, ambos conquistados em 1981. No entanto, um título que jamais sairá da cabeça de muitos torcedores aconteceu ainda em 1978, quando uma cabeceada fulminante de Rondinelli, aos 42 minutos do segundo tempo, deu a vitória por 1 a 0 ao clube da Gávea sobre o rival Vasco e, conseqüentemente, o título estadual de 1978. Estava decretado o nascimento de um esquadrão.
O fatídico duelo era válido pela última rodada do segundo turno. O placar de 0 a 0, que perdurava até os 42 minutos da etapa final, era favorável ao clube de São Januário. Mas uma bola despretensiosa surgiu na frente do cruzmaltino Marco Antônio, que resolveu colocá-la para escanteio. Mal sabia que o castigo seria fatal. Zico pegou a bola e cobrou o escanteio com velocidade, o Deus da Raça disparou da zaga rubro-negra à área vascaína, passando por Roberto Dinamite e acertando a inesquecível cabeceada, por trás de Abel Braga, atualmente técnico. Quem sofreu o gol foi o atualmente técnico Emerson Leão.
A campanha do Rubro-Negro foi indiscutível: foram 22 jogos, 17 vitórias, quatro empates e uma derrota. O time dirigido por Cláudio Coutinho marcou 60 gols, 19 destes de autoria de Cláudio Adão - artilheiro da competição -, sofrendo apenas 11.
Vale destacar que o Fla conseguiu vencer todos os seus rivais, tudo no segundo turno. Sobre o Fluminense, uma goleada por 4 a 0 (gols de Zico e Cláudio Adão). Diante do Botafogo, um 1 a 0 com gol de Zico. Contra o Gigante da Colina, o gol de Rondinelli.
A única derrota da campanha rubro-negra aconteceu na última rodada da Taça Guanabara, quando o Fluminense tinha de vencer o Fla por dez gols de diferença para tirar o título da Gávea. Os tricolores fizeram apenas 2 a 0 e a festa foi toda em vermelho e preto.
O talento do time de Zico e companhia era indiscutível junto aos especialistas, mas faltava uma faixa no peito para consolidar a formação de uma equipe imbatível. Contra o Rubro-Negro estava o trauma provocado pela perda do título, em 1977, quando após empatar em 0 a 0 com o Gigante da Colina, o Fla perdeu o título na decisão por pênaltis, depois de Tita ver sua cobrança ser defendida por Mazaroppi.
Boa parte do elenco campeão em 1978 participou da conquista dos Brasileiros de 1980, 1982 e 1983. Somaram-se também a estas conquistas os dois Estaduais de 1979 - um destes especial -, além do Carioca de 1981, ano em que o Fla conseguiu suas maiores glórias: a Libertadores e o Mundial.
Um comentário:
Adorei seu post, alias gostei tanto deste blog que o salvei nos meus favoritos!
Como nasci em 78, desconhecia este campeonato que descreveu. Mas lendo seu texto, parece até que estive por lá acompanhado... Realmente adorei!
Já nasci Flamenguista, mas não acompanhava os jogos. Como este ano comecei a namorar um vascaíno (doente) faço questão de saber tudo que acontece e tenho que saber tb sobre os fatos históricos, já que ele insiste que não somos PENTA (é muito despeito!). Enfim, estou adorando seu blog, agora tenho muitos argumentos para arrasar meu namorado bacalhau!
Obrigada!
Beijos rubro-negros
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