É comum vermos jogadores cujo apelido é um nome de animal, e através desse apelido este jogador acaba sendo conhecido no meio futebolístico. Pato e Ganso, hoje titulares do time Canarinho, são alguns exemplos.
O Flamengo também tem o seu representante da fauna brasileira. Enganou-se quem acreditava se tratar do paraguaio César "El Tigre" Ramirez, campeão da Copa do Brasil de 2006. Trata-se de Pavão, ídolo do Mengão, que no clube viveu seus dias de glória e marcou época sendo um dos principais atletas na conquista do segundo Tricampeonato Carioca em 1953/54/55. Além dos títulos, deixou seu nome marcado na história rubro-negra através do famoso samba composto por Wilson Batista, Samba Rubro-Negro, em que o músico cita os craques da equipe: "O mais querido tem Rubens, Dequinha e Pavão. Eu já rezei pra São Jorge pro Mengão ser campeão".
Pavão,cujo nome real era Marcos Cortez, foi um zagueiro-central que nasceu em Santos, em 1929, e começou sua carreira de jogador na Portuguesa Santista, no começo dos anos 50. Em 1951, transfere-se para o Flamengo, onde fica até 1959, fazendo 348 jogos pelo clube e cinco gols. Conquistou um total de 19 títulos, sendo o mais importante a conquista do Tricampeonato Carioca 1953/54/55. O sucesso no clube lhe rendeu uma passagem pela Seleção Brasileira, onde conquistou a Taça Oswaldo Cruz, em 1955.
Sua estréia com o Manto Sagrado aconteceu no dia 18 de março de 1951, na vitória por 4 a 2 sobre o São Paulo em partida válida pelo Torneio Rio-São Paulo. Em seus dois primeiros anos como jogador do Flamengo não obtém conquistas expressivas, mas durante esse período inicia-se a formação do time que conquistaria o segundo Tricampeonato Carioca em 1953/54/55, com a chegada de jogadores como Garcia, Joel, Rubens, Biguá e Dequinha.
Pavão inclusive é responsável direto por essa conquista, pois no terceiro jogo da final de 1955 contra o América, onde o clube precisava vencer por três gols de diferença para ser campeão, além de cumprir com sua função defensiva, quando o placar do jogo ainda estava 3 a 1, se aventurou no ataque e arriscou de longe um violento chute que acertou a trave. Na sequencia do lance Evaristo de Macedo pegou o rebote e Dida marcou, garantindo o título para o Mengão.
Em 1959, Pavão voltou para sua cidade natal e passou a defender o Santos. Existe uma lenda de que o Santos ainda deve para o Mengão até hoje uma quantia da compra do seu passe. Pelo clube santista conquistou o título do Torneio Rio-São Paulo de 1959, e o bicampeonato paulista em 1960/61, jogando ao lado de Pelé. Pavão não chegou a participar das conquistas internacionais do clube, pois encerrou sua carreira profissional em 1962, antes dessas competições. O ex-jogador morreu em 2006, vitima de cirrose.
Pavão é um dos Heróis do Mengão!
Um comentário:
É sempre bom relembra o passado. Um conhecimentos a mais para a nova geração RUBRO NEGRA.
Recordar é viver.
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