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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Calúnia do Rúbio Negrão

Sejemos cinseros e analfabéticos: admito não gostar de futebol, apenas de Flamengo. O que não quer dizer que eu odeie o esporte bretão. Nada disso. Até porque o futebol é um dos raros esportes, se não o único, em que o mais fraco tem chances reais e concretas de vencer o mais forte. Não é como o basquete, o MMA e a política.

Trata-se, o futebol, realmente e felizmente, de uma “caixinha de surpresas”, de um bumbum de bebê, de uma cabeça de juiz, de onde podem emergir tanto Adrianos ressuscitados quanto Muralhas deslumbrados. É um melting pot, um lamentável melting pot, que o Walter do Fluminense esvazia fácil, limpa o fundo, e ainda é pago pra isso.

Cenão vejemos e erremos: por mais que desejássemos a vitória de ontem do Flamengo sobre o Atlético-GEnérico, nosso freguês fraterno e eterno, ninguém em sã consciência, e no auge de sua generosidade, apostaria mais do que duas ou três caixas de cerveja nela. Ora, zebras acontecem. No caso específico do futebol, manadas inteiras, e muitas vezes na mesma rodada. 

De onde pessoas esclarecidas aprendem que no futebol, não apenas shit, mas cheat happens also. Porque no esporte bretão, tudo é muito mais relativo do que em outros assuntos. A começar pelo elenco dos clubes. Um elenco forte e pontualmente remunerado pode pagar um mico histórico em casa, diante da sua torcida, enquanto outro, bem mais modesto e financeiramente fragilizado, pode se superar lá longe, num tremendo alçapão, tipo La Bombonera.

A tal relatividade também está nas redes sociais, leal delator, digo, detrator. No Twitter, por exemplo, apuradores futebolísticos não se cansam de anunciar transações com percentuais na casa dos 99%, enquanto seus seguidores se cansam menos ainda de ridicularizá-los. Só que estes, os seguidores, se esquecem completamente de que o Twitter é uma rede estrangeira, que opera utilizando medidas diferentes das nossas. Ao usuário brasileiro cabe checar uma tabela de conversões de unidades: assim como 1 galão americano equivale a 3,79 litros brasileiros, 99 por cento twitter equivalem a uns 40, 50 por cento brasileiros.

Já deram cinco parágrafos? Então fui.


Duplex Toc Zen

1 - Que o Atlético-GEnérico fique satisfeito com o campeonato mineiro, Série B, Série A e até a Libertadores kgada: O que não pode é ganhar a Copa do Brasil, para não desvalorizar também esse título. 

2 - Só acha o plantel rubro-negro fraco quem não conhece o verdadeiro significado da palavra: Segundo o Houaiss, “plantel” é um grupo de animais de raça, de boa qualidade, especialmente. bovinos e equinos, reservados para a reprodução.

3 - Já o Fluminense não pode ter macho alfa no elenco: Se não os macho gama.

4 - Injustiça eleitoral: Por que o presidente Lula, corintiano, deu um estádio padrão FIFA de presente pro Corinthians, e o presidente Médici, rubro-negro roxo, não deu nada pro Mengão?

5 - Premiação retroativa: A Globo tinha que dar um milhão pra cada participante do Big Brother 5, só por ter ficado na casa junto com o Jean Wyllys. PQP, cara chato!

6 - Graças ao visual dos nossos boleiros, o esporte bretão vai mudar de nome: Para esporte bregão.

7 - Corpo mole?: Como empregado de empresa especializada em lavagem, bem que o Walter podia estar mais sequinho.

8 - E vocês aí, que não votaram na presidenta Dilma, chega de mimimi e chororô!: Não vai doer mais nada, porque agora a cabecinha já entrou toda.

9 - Não existem ateus em avião caindo...: Nem em jogo do Mengão.


2x0 - Twitter Cassetadas da semana (em tempo real só em @rubionegrao)

Não sei se é verdade, mas caso seja, pra que o Aécio construiu um aeroporto se já tem um avião em casa?

Um grande apurador aqui do Twitter me disse que Aécio está 99% certo.

"Filha de Demi Moore e Bruce Willis publica foto com lagartixa e exibe axila peluda"
Depois dizem q celebridades não sabem educar os filhos.

Nenhum time escala Luiz Antônio e Muralha juntos impunemente.

O Léo estava sendo bem mais útil na UTI.

O Jeferson é goleiro de Seleção, sim, mas de Seleção do Dunga.

Hoje o Muralha jogou muita bola. Bola de graça pro adversário.

Não consigo processar o que aconteceu com o outrora promissor futebol do Luiz Antônio.

Luiz Anta-ônio: você joga menos que o Muralha. Não gostou? ME PROCESSA!

Perto do Luiz Anta-ônio, o Muralha é um Amaral.

Esse Elton já jogou bem mais que isso, só não sei em que encarnação.

Dos 4 semifinalistas da Copa do Brasil, o Galo é o mais rodado, porque já disputou até Série B.

Todos os times brasileiros jogam a mesma mesmice, mas o Flamengo tem algo a mais.
Um dia a NASA explicará aos leigos.

E nada mais faço em 2014, porque agora que já passaram o Carnaval, a Copa, e as eleições, vêm aí o Natal e o ano novo .

(Ás do quinta-colunismo esportivo, Rúbio Negrão, vulgo Rubro-Negão Trolhoso, vulgo RNT, é cria dos juniores do blog da Flamengonet, e aceita doações de camisas oficiais novas do Flamengo no tamanho G.)

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Pirillo; recordista de gols no Campeonato Carioca

Sílvio Pirillo Cesarino nasceu em 26/6/1916 e jogou pelo Flamengo entre 1941 e 1947, marcando 204 gols em 237 jogos com o Manto Sagrado, segundo os sites Fla-Estatística e Flapedia. É o quarto maior  artilheiro da história do clube, ficando apenas atrás de Zico (508 gols), Dida (264 gols), Henrique Frade (216 gols) e empatado com Romário , sendo que Pirillo tem maior média de gols (0, 86) que o Baixinho, que disputou 240 partidas pelo Mengão e tem média de 0, 85 gols por partida.
Pirillo veio do Inter para substituir Leônidas da Silva (cuja saída do Fla em 1942 deixou muita tristeza na torcida rubro-negta) e obteve muito sucesso no Mengão.  Logo no primeiro ano em que jogou pelo Flamengo, Pirillo marcou 39 gols no Campeonato Carioca de 1941, recorde ainda não superado. O Flamengo fez boa campanha.  Mas  na final do campeonato, o Flamengo precisava vencer o Flu para ser campeão. O Flu fez 2 a 0 com gols de Pedro Amorim e Russo. O Flamengo reagiu e empatou o jogo com dois gols de Pirilo, mas mesmo com o goleiro tricolor ficando em campo lesionado e  o Flu jogando com um a menos , já que Carreiro foi expulso, o Flamengo não conseguiu vencer. Os tricolores usaram da malandragem dando chutões para frente e jogando as bolas na Lagoa para retardar o jogo e assegurar o empate que lhes deu o título em pleno Estádio da Gávea no clássico que ficou  conhecido como  o Fla-Flu da Lagoa.
Mas nos anos seguintes a história foi outra. Junto com jogadores como Zizinho e formando o ataque rubro-negro com Perácio, Vevê e Valido, Pirillo foi fundamental para a conquista do tricampeonato carioca de 1942-1943-1944 sob o comando de Flávio Costa.
No Campeonato Carioca de 1942, depois de derrotar o Botafogo por 4 a 0 (com dois gols de Perácio, um de Pirillo e outro de Jaime), o Flamengo empatou em 1 a 1 no jogo contra o Flu na última rodada. Pirillo marcou o gol rubro-negro e garantiu o título. O time que conquistou o campeonato deste ano foi Jurandir, Domingos da Guia, Newton, Biguá, Volante, Jaime, Valido, Zizinho, Pirillo, Nandinho, Vevé. A Charanga do Flamengo, primeira torcida organizada do Brasil, foi fundada por Jayme de Carvalho em outro Fla-Flu realizado no mesmo ano e vencido pelo Mengão por 1 a 0.
Em 1942, Pirillo também defendeu a Seleção Brasileira no Campeonato Sul-Americano junto com Domingos da Guia,  Zizinho e Jaime. Atuou em cinco jogos com a camisa  do Brasil e  marcou três gols em duas goleadas brasileiras: na vitória por 6 a 1 na estreia contra o Chile (Os outros gols brasileiros foram marcados por Patesko, que balançou as redes duas vezes, e Cláudio Pinho) e na vitória por 5 a 1 contra o Equador (Os outros gols brasileiros foram marcados por Tim e Zizinho). O Brasil ficou em terceiro lugar na competição.
No ano seguinte, o argentino Valido foi trabalhar numa gráfica. Perácio o substituiu e o Flamengo foi bicampeão carioca. Vale destacar as goleadas de 6 a 2 no Vasco (dois gols de Perácio, dois de Pirillo, um de Zizinho e outro de Vevé) e de 5 a 0 no Bangu (três gols de Perácio, dois de Pirillo) nas rodadas finais da competição. O time bicampeão foi Jurandir, Domingos da Guia, Newton, Biguá, Bria, Jaime, Jacir, Zizinho, Pirillo, Perácio e Vevé. No fim do ano, Domingos da Guia foi vendido para o Corínthians.
Em 1944, a missão do Mengão foi mais árdua. O atacante Perácio foi convocado para defender o Brasil na Segunda Guerra. Além disso, o técnico Flávio Costa teve vários problemas médicos para escalar o time no fim do campeonato carioca e resolveu chamar Valido de volta. O atacante jogou na goleada de 6 a 1 no Flu (com dois gols de Pirilo, um de Bria. um de Tião, um de Jaime e outro de Zizinho). No jogo final contra o Vasco, o Mengão teve de mostrar a verdadeira raça rubro-negra: Zizinho estava machucado, Pirillo estava com inflamação nos testículos e tomou medicamentos para entrar em campo; Valido estava gripado e febril. Estavam fora das condições físicas ideais, mas honraram o Manto. O Flamengo venceu por 1 a 0 e o atacante argentino marcou o gol do título de cabeça. Festa da torcida ao comemorar o primeiro tri carioca derrotando o arquirrival cruzmaltino. O time tricampeão carioca foi Jurandir, Newton, Quirino, Biguá, Bria, Jaime, Valido, Zizinho, Pirillo, Tião e Vevé.
Em 1948, Pirillo foi para o Botafogo e conquistou mais um título carioca neste mesmo ano.
Depois de encerrar a carreira como jogador em 1952, Pirillo virou treinador e foi o primeiro técnico a convocar Pelé para a Seleção em 1957. Também foi técnico do Fluminense, Corinthians em 1959 e 1974 e Palmeiras entre 1963 e 1964.
Gostei de saber mais sobre Pirillo, um dos maiores artilheiros da história Flamengo, e que também marcou a história de outros clubes e da Seleção seja como jogador ou técnico.
Fontes:

http://www.flaestatistica.com/anoaano.html
Assaf, Roberto e Martins, Clóvis. Almanaque do Flamengo. São Paulo. Editora Abril : 2001.
        Ziraldo. O mais querido do Brasil em quadrinhos. São Paulo: Globo, 2009.



quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Calúnia do Rúbio Negrão

Sejemos cinseros e analfabéticos: apoio a corrente da medicina que acredita na morte dos neurônios, porque é a única explicação razoável para o fato de tanta gente por aí já não ter mais nem o Tico nem o Teco morando na sua cabeça.

Não quero aparelhar o blog, posto que sou apolítico e murista convicto, mas neste momento histórico do povo brasileiro, quando escolheremos o nosso próximo governante, aquele em que depositaremos nossas esperanças, e que, por sua vez, depositará em nós algo bem mais concreto, deixarei de abordar “a coisa mais importante das coisas menos importantes” (obrigado, Juca Kfouri!), a saber, o futebol, e escreverei sobre a coisa menos importante das coisas mais importantes, ou seja, a política.

Cenão vejemos e erremos: nesta época de acirrado patrulhamento ideológico nas redes sociais, estádios, trabalho e até dentro de banheiros de botecos, quando chamar um eleitor de “indeciso” pode gerar pesadas acusações de homofobia, quando a referida legião isenta de Ticos e Tecos resolve ir “dar uma votada”, e quando, apesar de “politifóbico”, consegui perder seguidores no Twitter mesmo sem revelar se votarei na Dilma, no Aécio ou se deixarei o país na próxima segunda-feira, todo cuidado é pouco.

Devemos, sim, exercer o nosso sagrado direito à opinião, contanto que a profiramos lá de cima do muro, o mais afastados que pudermos das pedras lançadas pelos sempre irritáveis donos da verdade. Devemos, sim, ir às urnas, até porque votar é um dos poucos programas gratuitos que dá pra fazer aos domingos. E cada cidadão, flamenguista ou não, tem lá seu motivo e sua razão para escolher quem irá escolher. Cada um com seus problemas, mesmo que durante os próximos 4 anos os tais problemas se espalhem tal um Ebola cruel e ensandecido pros lados de gente que nada tinha a ver com isso. Estamos todos no mesmo barco, não é?

Assim sejendo (não encham o saco: o verbo sejer consta do Novo Acordo Ortográfico!), se determinado candidato comprou o voto do leal detrator por uma Bolsa Família, uma Bolsa Aeroporto, ou mesmo uma simples bolsa escrotal, o problema pode vir a ser meu se daqui a alguns meses o tal candidato, devidamente eleito, tentar “se casar comigo” no sentido penitenciário do termo. Então, o eleitor não pode vender o seu voto. Ou, pelo menos, deve vendê-lo caro. Ora, apesar de a nossa urna eletrônica ser um antiquado equipamento de primeira geração, de uso bastante simples, justamente para atender às necessidades especiais dos votantes de raciocínio mais lento, nada impede que estes levem uma colinha para gabaritar a mísera prova de apenas uma questão!

Fica, assim, o suspense que vem tirando o meu apetite: quem vencerá o grande jogo político PT x PSDB no domingo que vem? Será que o PT manterá a longa invencibilidade de 12 anos? Ou o PSDB finalmente voltará ao topo? Digo apenas que a minha sugestão de voto nem de longe privilegia a inclusão social, a política externa, o controle da inflação nem mesmo a manutenção da democracia. Se querem conhecer a minha opinião, rubro-negro tem mais é que votar naquele que prometer dar um estádio de presente pro Flamengo.

E, certamente, o Brasil irá crescendo junto conosco.


Duplex Toc Zen

1 - “Dilma e Aécio estão em empate técnico, aponta CNT/MDA”Tô dizendo que essa eleição ainda vai pros pênaltis...

2 - “O PT está no poder há 12 anos”Finalmente o Lula promoveu o seu partido ao nível Johnnie Walker Black Label.

3 - O leal detrator acha que os candidatos estão preocupados com uma derrota nas urnas?: Graças às fabulosas verbas de campanha, quando o político não mama na teta, mama no pleito.


4 - “Os pichadores do monumento a Zumbi dos Palmares alegaram não saber o que a suástica representa”: Beleza. Então prendam esses dois negões numa cela da irmandade nazista pra eles aprenderem rapidinho.

5 - Aliás, como esses ignorantes se atreveram a pichar o monumento à história dos sofridos e injustiçados zumbis?: Mais precisamente, o monumento à série “The Walking Dead.”

6 - Como alguns leais detratores pouco esclarecidos têm me perguntado o que significa a sigla LGBT, lá vai: Lambisgoias, Gulosos, Bichas, Travecos e Tarados por Trolhas.

7 - O nome do cara que fez mágica com este time do Flamengo?: Vanderlei Luxembruxo.

8 - “Fla aciona a Fifa para receber dinheiro referente à venda de Hernane”: Se o sheik devedor não fosse o do Al Nassr, mas o do Botafogo, essa grana iria aparecer mais fácil.

9 - Só agora percebi: O Vasco anda meio sumido, hein?

171 - A tal da inclusão social: O filho do Lula e a filha da Dilma só ficaram ricos graças ao programa Embolsa Família.

11 - Caiu a ficha: E não é que o Cruzeiro se sagrou campeão brasileiro ainda no 1º turno, e a gente nem se deu conta?

12 - Como insider profundo do Flamengo, cravo seco e sem vaselina: O time aqui da minha rua está 99% fechado com o Muralha e o Luis Antônio. 

13 - O Muralha é um jogador de sonho: Pena que caia muito de produção quando está acordado.

14 - “Não podemos esquecer que [Gabriel] é um peladeiro, que começou velho no futebol.” – Luxa: Putz! Se o Gabriel é peladeiro, o Muralha é o quê?

15 - E vem aí uma verdadeira epidemia em homenagem ao futebol: O Ebola.

16 - Contra o Flamengo, o time do Internacional me pareceu estar fechado com a Dilma: Porque deixou o vermelho de lado, e foi à luta trajando um branquinho básico.

17 - Já o time do Flamengo parece mesmo preferir o Aécio: Porque seu único objetivo é chegar aos 45.


18 - Twitter Cassetadas da semana (em tempo real só em @rubionegrao)

Tirando o Muralha, tá pra nascer jogador mais sem sangue que o Luiz Antônio.

O Luiz Antônio acaba de declarar que vai processar o juiz de nominho francês por perdas e danos.

Esse bosta do Luiz Antônio só serve pra processar o Flamengo. Parece até a oposição na Gávea.

Esse Baddy do Atlético_PR é ruinzinho mesmo.

"Mais magrinha, Mayra Cardi alivia o calor na piscina de casa nos EUA, após treino"
Quanto o globo.com cobra pra publicar isso?

O auditório do debate na Record me lembrou muito o do Silvio Santos.

Se o Gabriel do Santos é Gabigol, o do Mengão é Gabicréu.

E nada mais faço, porque no sábado começa a maldita lei seca.

(Ás do quinta-colunismo esportivo, Rúbio Negrão, vulgo Rubro-Negão Trolhoso, vulgo RNT, é cria dos juniores do blog da Flamengonet, e aceita doações de camisas oficiais novas do Flamengo no tamanho G.)

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Homenagem a Cláudio Coutinho

          Cláudio Pecego de Moraes Coutinho nasceu em 5/1/1939 em Dom Pedrito (RS), veio para o Rio aos quatro anos de idade e foi um dos maiores técnicos da história do Flamengo, dirigindo o time rubro-negro entre 1977 e 1980. Coutinho também teve passagens importantes pela Seleção Brasileira exercendo várias funções.
Cláudio Coutinho era apaixonado por esportes. Foi tricampeão estadual de vôlei pelo Flamengo (1959-1960-1961). Coutinho era militar e se formou na Escola de Educação Física do Exército.
Foi preparador físico da Seleção na Copa de 1966 e auxiliar na preparação física na Copa de 1970. Em 1969, Coutinho estagiou na Nasa e teve contato com Kenneth Cooper conhecendo o teste de Cooper. Coutinho foi o responsável pela implementação do modelo Cooper e desse conceito no Brasil , o que contribuiu para que a Seleção Tricampeã do Mundo, que contava com o talento de Pelé, Gerson, Rivelino, Carlos Alberto Torres, Jairzinho, Tostão e Clodoaldo ,voasse em campo encantando multidões com um futebol fantástico no Mundial do México .
     Coutinho foi também Coordenador Técnico da Seleção na Copa de 1974, competição na qual o Brasil comandado por Zagallo perdeu para a Holanda, seleção que encantou o mundo com várias inovações táticas como a polivalência (ideia segundo a qual jogadores podem desempenhar mais de uma função em campo).
    Coutinho foi ainda treinador da Seleção Olímpica de 1976, que contou com jogadores rubro-negros como Júnior e Uri Geller e ficou em quarto lugar na competição; pois perdeu para a Polônia por 2 a 0 e para a antiga União Soviética pelo mesmo placar.
Influenciado pelo time holandês vice-campeão mundial em 1974 e 1978, Coutinho empregou várias inovações táticas no Flamengo e na Seleção de 1978. O livro 1981 de Mauro Beting e André Rocha trata com minúcia dessas  táticas de Cláudio Coutinho, como o overlapping, ou ultrapassagem, jogada  pela lateral do campo, em que  um companheiro de time faz a inversão do jogo,  contando também  com a colaboração de um ponta que fecha para o meio — abrindo espaço para um lateral ou meio-campo —  (como explica Júnior  na p. 30 do livro) ,o ponto futuro (“o lugar onde o jogador deveria estar chegar  no mesmo instante em que a bola é lançada pelo companheiro” (p. 30 do livro 1981)  e a tática da “teia de aranha ”na qual o time jogava em bloco, “cercando o adversário pelos lados do campo e evitando a inversão de jogo” , valorizando a pose de bola, como explica Zico na p. 29 do mesmo livro. Zico também enfatiza que Coutinho defendia a ideia de era melhor partir para cima do adversário, marcando gols e lhe dando um nocaute (p. 30 da obra de Rocha e Beting). Outro ponto importante, como  ressalta Júnior em sua autobiografia Minha paixão pelo futebol (p. 41), é que Coutinho fazia questão que “os jogadores exercitassem os fundamentos do futebol: passes, chutes, cabeçadas, domínio de bola criatividade” em qualquer treino (táctico, técnico ou coletivo).
O trabalho de Coutinho como técnico da Seleção na Copa de 1978 foi criticado por essas inovações e por ele não ter convocado Falcão, considerado o melhor jogador do pais por seu desempenho no Inter,  para essa competição.  Além disso, o próprio Coutinho se arrependeu de  não levar Júnior para a Copa realizada na Argentina na qual a Seleção contava com nomes como Zico, Reinaldo, Rivelino, Cerezo e Dinamite.  Na primeira fase, o Brasil empatou com a Suécia em 1 a 1 (com direito a um gol de cabeça de Zico marcado no momento do apito final mal anulado pelo juiz) e com a Espanha em 0 a 0 e venceu a Áustria por 1 a 0. Na semifinal, o Brasil venceu o Peru por 3 a 0, empatou com a Argentina em 0 a 0 e derrotou a Polônia por 3 a 1, mas foi desclassificado  porque a Argentina  venceu o Peru por 6 a 0 em jogo suspeito, classificando-se no saldo de gols. O Brasil ficou em terceiro lugar ao vencer a Itália por 2 a 1 . Os anfitriões derrotaram a Holanda na final por 3 a 1 e foram os campeões da competição.
Mas no Flamengo essas inovações táticas empregadas por Coutinho ao ser contatado como treinador do clube em 1977 tiveram enorme sucesso e contribuíram decisivamente para a formação do fantástico time  rubro negro no fim dos anos 70 e início dos 80 e para a conquista de vários títulos como o Tricampeonato carioca de 1978-1979-1979 Especial, os Torneios Ramon de Carranza (1979 e 1980) e  o Brasileiro de 1980.
A conquista do Campeonato Carioca de 1978 foi marcante para jogadores como Zico, Júnior, Raul, Adílio, Rondinelli e Uri Geller. Na final contra o Vasco, Zico bateu o escanteio com perfeição e Rondinelli cabeceou com força para a rede cruzmaltina aos 42 minutos do segundo tempo. Começava o período mais glorioso da história do Flamengo.
Houve dois campeonatos cariocas em 1979 e, em fase espetacular, o Mengão venceu ambas as competições. Na primeira, o Flamengo empatou com o Botafogo em 2 a 2 na final do Campeonato Especial com dois golaços de Zico. Na segunda, mesmo desfalcado do Galinho de Quintino, que marcou 34 gols em 25 partidas naquele ano apesar de não ter jogado o terceiro turno, o Flamengo venceu o Vasco por 3 a 2 , dois gols de Tita e um contra de Ivan, e empatou com o Botafogo em 0 a 0, sendo tricampeão carioca com uma rodada de antecedência. Entre 1978 e 1979, o Flamengo ficou 52 jogos invicto.
Além disso, em julho do mesmo ano, o Flamengo venceu o Troféu Ramon de Carranza. A equipe rubro-negra venceu o Barcelona por 2 a 1 com gols de Zico e Uri Geller. Na decisão da competição, o Flamengo venceu o Ujpest da Hungria com dois gols de Zico, sagrando-se campeão do torneio.
No ano seguinte veio a consagração nacional do Flamengo e de Coutinho. O Mengão fez excelente campanha no Brasileiro de 1980 e decidiu o título com o Atlético-MG. No primeiro jogo no Mineirão, desfalcado de Zico, o Rubro-Negro carioca perdeu por 1 a 0 (gol de Reinaldo). O segundo e decisivo jogo realizado no Maracanã foi eletrizante. Nunes abriu o placar para o Flamengo, mas Reinaldo empatou para o Atlético logo em seguida. Zico marcou um golaço e fez 2 a 1 para o Clube de maior torcida do Brasil. No segundo tempo, mesmo machucado, Reinaldo tornou a empatar o jogo. Em lance épico no fim da partida, Nunes driblou Silvestre e chutou sem defesa para o goleiro João Leite, garantindo o título brasileiro e a vaga na Libertadores de 1981.
. Em 1980, o Flamengo conquistou ainda a Taça Guanabara, a Taça Cidade de Santander (vencendo o Real Sociedad por 2 a 0 com gols de Adílio e Zico e o Spartak por 2 a 1 com dois gols de Zico) e o bicampeonato do Troféu Ramon de Carranza ao derrotar o Bétis por 2 a 1 com dois gols de Zico. Essa foi a última conquista de Coutinho como técnico rubro-negro, já que o treinador deixou o cargo no fim do mesmo ano por estar magoado com a diretoria rubro-negra.
Em 1981, Coutinho treinou o Los Angeles Astecs e, infelizmente, ao voltar ao Rio em novembro do mesmo ano, morreu afogado praticando a pesca submarina. Duas semanas antes da morte de Coutinho, o Flamengo conquistou com muita garra, suor e sangue a Libertadores da América ao vencer o Cobreloa por 2 a 0 com dois gols de Zico.
Mas as conquistas não pararam por aí. Vencedor do primeiro e do terceiro turnos do Campeonato Estadual de 1981, o Flamengo enfrentou o ganhador do segundo turno (Vasco) numa série de três jogos. Abalado pela perda do ex-técnico Cláudio Coutinho, o Fla perdeu as duas primeiras partidas, mas venceu o terceiro jogo por 2 a 1. Adílio abriu o placar ao marcar de cabeça. Júnior disputou a bola com o goleiro adversário e Nunes marcou o segundo gol rubro-negro dando um chutaço de fora da área. Ticão descontou para o adversário.
Na semana seguinte, no dia 13 de dezembro de 1981, o Mengão venceu o Liverpool por 3 a 0 (dois gols de Nunes e um de Adílio), sagrando-se campeão do mundo em Tóquio. Zico foi eleito o melhor jogador da partida, pois com sua extraordinária visão de jogo participou da construção dos três gols. O eterno camisa 10 da Gávea fez um lançamento milimétrico e absolutamente genial para Nunes, que marcou o primeiro gol. Zicão cobrou a falta que originou o gol de Adílio e deu outro passe preciso para Nunes chutar cruzado e marcar o terceiro aos 41 minutos do primeiro tempo.
 Sob o comando de Paulo César Carpegiani, as conquistas do Flamengo em 1981 foram uma homenagem a Coutinho, já que o esquema ofensivo e as inovações táticas desse grande treinador — aliadas ao talento de Raul, Leandro, Marinho, Mozer, Junior, Andrade, Adílio, Zico, Tita, Nunes e Lico —  foram fundamentais para levar o Flamengo ao topo do mundo, colorindo-o de vermelho e preto.

Fontes:

Junior. Minha paixão pelo futebol. Rio de Janeiro: Rocco Jovens Leitores, 2010.

Rocha, André e Beting, Mauro. 1981: Como um craque idolatrado, um time fantástico e uma torcida inigualável fizeram o Flamengo ganhar tantos títulos e conquistar o mundo em um só ano. Rio de Janeiro: Maquinária, 2011.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Calúnia do Rúbio Negrão

Sejemos cinseros e analfabéticos: parei com o meu novo ex-amigo Mineiro, aquele que odeia o Vasco acima de tudo, e que apresentei aos leais detratores na Calúnia passada. Muito garganta. Parece até o Bap. Veio cheio de marra lá de Minas Gerais, não me lembro exatamente de que cidade, apenas de que começa com a letra bê. Estou em dúvida entre Barbacena, Belzonte, Beraba ou Berlândia.

E começou com uns papos de que tinha sido piloto de avião, jogador de basquete, o escambau:

“Jogador de basquete como, ô Mineiro, se tu tem aí, no máximo, 1m65cm?”

“É que eu era armador. Playmaker, uai.”

“E piloto de avião? Com esses óculos de fundo de garrafa?”

“Nunca ouviu falar em voo por instrumentos, Rubião?”

Foi quando eu deveria ter decifrado o cara. Mas não decifrei. Fui dando ouvidos, dando trela, até que ele começou a dar uma de matemático, sugerindo até uma nova fórmula de disputa para o Brasileirão, a ser usada somente em anos de eleições: o time que obtivesse 50% mais 1 dos pontos disputados no primeiro turno seria declarado campeão. Caso nenhuma equipe conseguisse realizar tamanha façanha, o primeiro colocado do primeiro turno e o Fluminense disputariam o segundo turno: um playoff com três partidas, sendo uma transmitida pela Record, uma, pela Band, e a outra, pela Globo.

Mas não parou por aí, meu leal detrator. Experimente degustar um joelho de presunto e queijo com um cara fazendo continhas em voz alta bem do seu lado:

“O Vasco empatou, soma um ponto... Se perder a próxima, cai pra quarto, mas se o Icasa arrrumar um pontinho contra o ABC...”

Orra, meu! Nem se eu fosse o mais fanático vascaíno eu escutaria tanto sobre esse lixo o dia inteiro! Nem se time grande caísse, e o Flamengo jogasse a Série B, eu saberia tanto sobre a divisão maldita do futebol brasileiro!

Cenão vejemos e erremos: o Mineiro ainda não sabe quem é Anderson Pico, mas conhece de cor a escalação do time juvenil cruz-maltino, com direito a treinador, reservas e um dos roupeiros! 

De modo que o Mineiro já deu. Ou melhor, pra não deixar dúvidas no ar, o Mineiro já encheu. Odiar o Vasco é uma coisa, destilá-lo perto de mim é outra bem diferente.

Mas que fique bem claro nestes tempos de eleições: não curto coisas diferentes, mas não sou homofóbico.

Duplex Toc Zen

1 - A voz da razão: “A vantagem de ir pro segundo turno de eleição é que o vice já tá na mão.” – Roberto Dinamite.

2 - E já que falamos de eleições: Eu votaria no Aécio só porque me lembra “Uócio”.

3 - “O Anderson Pico é 342.” – Vanderlei Luxemburgo: Curioso pra saber o que é “342”? Então aproveita que já tá com a maquininha ligada na mão, e divide 342 por 2.

4 - “Ainda não jogamos a toalha.” - Fred: Mas tá torcendo pra jogarem logo, né, manjador?

5 - “Após 10 dias sem chuvas, nível do Cantareira chega a 4,5%”Para contornar o problema da falta d’água, a Sabesp buscará o assessoramento do Club de Regatas Vasco da Gama.

6 - O Flamengo só não tem “estádio” por uma simples razão: Não teve a cara de pau de pegar dois campinhos de pelada mixurucas, e colocar neles os pomposos nomes de “Estádio São Januário” e “Estádio das Laranjeiras”.

7 - “O esporte é uma guerra sem armas.” - George Orwell: Muito fácil de dizer pra quem nunca levou as travas da chuteira adversária bem no meio da tíbia.

8 - G4 e Z4 são pros fracos: O Fluminense já tá garantido é no STJD171.

9 - Sinal dos tempos: Pra quem já teve Zico e Lico, é duro se contentar com Pico.

342 - O falecido Jorge Curi narrava os gols do Zico gritando “Zicão”: Se vivo estivesse, como narraria os gols do Pico?

11 - “Grêmio anuncia acordo com a OAS para a compra da Arena”Os caras arrumam grana até pra comprar estádio, só não pagam o Rodrigo Mendes.


12 - Twitter Cassetadas da semana (em tempo real só em @rubionegrao)

Execução perfeita da nossa jogada, @CondeHerrmann. Todas as horas que passei te ensinando a manha valeram a pena!

E não é que a defesa do Cruzeiro é mais aguda que o ataque do Flamengo?

Os 3 a 0 do Mengão pra cima do líder do campeonato não estava nos planos nem do mais pessimista dos vascaínos.

O Cruzeiro pode ter conseguido tirar o Dedé do Vasco, mas jamais conseguirá tirar o Vasco do Dedé.

Do jeito que o Luxa arma um time, a coisa chega a parecer fácil.

Logo vi q ele não tava com essa bola toda @ItaloCunhaa Só uma correção chata: O nome do jogador do América-RN é Rodrigo Pimpão, e não Pintão

Não quero chocar ninguém, mas adivinhem qual é a colocação do Vasco na Série B...

Fábio, Nilton, Dedé, Marlone...
Como disse o @sergiomrvieira, com tantos ex-vascaínos, o Cruzeiro tem que ficar esperto pra não ser vice.

O Luxa é tão malandro que até desenroscou o Cáceres da Seleção Paraguaia.
Antes nós do que eles.

Final de carreira melancólico do ex-senador Suplicy: ser humilhado pelo cada vez mais sem graça Rafinha Bastos...

"The answer, my friend,
Is blowing the job
The answer
Is blowing the job."

E nada mais fasso. Perdão: faso.

(Ás do quinta-colunismo esportivo, Rúbio Negrão, vulgo Rubro-Negão Trolhoso, vulgo RNT, é cria dos juniores do blog da Flamengonet, e aceita doações de camisas oficiais novas do Flamengo no tamanho G.)

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Viva a Magnética

Ela voltou. Basta que o Flamengo tenha um time minimamente competitivo e o torcedor seja tratado com um mínimo de respeito que ela vem. A Magnética voltou. Aos poucos a média de público do Flamengo vai voltando a patamares normais.

O Flamengo é um colosso e precisa usar a força que tem. Precisamos de estratégias, planos, ideias que tragam a torcida para sempre do nosso lado. Juntos somos quase imbatíveis. Nada de pensamento elitista, de querer esfolar o torcedor. Temos que ser um só. Parece que a diretoria do Flamengo enfim começa a entender isso.

Vamos lotar estádios, vamos mostrar nossa Força. O Flamengo nasceu para ser o Maior de Todos. E a torcida tem papel fundamental nessa equação.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

García: goleiro do Flamengo na década de 1950


            Sinforiano García nasceu no dia 22/8/1924 em Puerto Pinasco no Paraguai. Jogou 274 partidas pelo Flamengo entre 1949 e 1958.
García iniciou a carreira no Atlético Corales em 1944 e foi para o Cerro Porteño em 1945, clube onde ficou até 1948.
Entre 1945 e 1949, García defendeu a Seleção Paraguaia e disputou os Campeonatos Sul-Americanos de 1947 e 1949, sendo que o time paraguaio foi vice-campeão nas duas competições. Mesmo assim foi exatamente no Sul-Americano de 1949 que García chamou a atenção dos dirigentes rubro-negros e acabou vindo para o Flamengo nesse mesmo ano, estreando com o Manto Sagrado em amistoso contra o Arsenal . Nesse jogo, o time inglês saiu na frente com Goring. Mas o  Mengão reagiu e empatou com gol de Jair da Rosa Pinto. Graças à grande atuação de Garcia, o primeiro tempo da partida terminou empatado em 1 a 1. No segundo tempo, o Flamengo virou o jogo com mais um gol de Jair da Rosa Pinto. Durval também marcou e o Mengão venceu o Arsenal por 3 a 1.
Goleiro de alta técnica e capaz de fazer defesas arrojadas, García foi o segundo goleiro estrangeiro a defender o Flamengo (o primeiro foi Juan Tunel Caballero, que veio para o Flamengo em 1937, mas só jogou 18 partidas pelo Fla) e foi importante para conquista do tricampeonato carioca de 1953-1954 e 1955 junto com nomes como Jordan, Dequinha, Jadir, Pavão, Evaristo, Zagallo, Rubens, Paulinho, Índio , Joel, Esquerdinha, Benitez e Dida sob o comando de Fleitas Solich . García foi titular no gol rubro-negro na conquista dos títulos cariocas de 1953 e 1954.
Em 1953, o time rubro-negro realizou uma campanha espetacular ganhando 21 jogos e sendo derrotado apenas duas vezes. Na penúltima rodada, o Flamengo venceu o Vasco por 4 a 2 com gols de Esquerdinha, Índio e dois gols de Benitez e conquistou o título carioca. Na última rodada, o Mengão venceu o Botafogo por 1 a 0 com gol de Rubens coroando a brilhante campanha. 
         Em 1954, o Flamengo continuou avassalador e obteve 19 vitórias em todo o campeonato, sendo derrotado apenas duas vezes e confirmou o título ao vencer o Vasco por 2 a 1 (gols de Índio e Paulinho). Antes da última rodada do campeonato, o Flamengo fez um amistoso contra o Estrela Vermelha e venceu por 4 a 1 com dois gols de Evaristo, um de Zagallo e outro de Babá. Na última rodada, com direito a Carnaval em pleno Maracanã, o Flamengo derrotou o Bangu por 5 a 1 com gols de Benitez, Paulinho, Índio, Evaristo de Macedo, Edson (contra) e conquistou o Bicampeonato Carioca.
Durante o Campeonato carioca de 1955, García perdeu a vaga de titular na equipe rubro-negra para Ari e Aníbal, que se revezavam no gol rubro-negro e no final da competição foi substituído por Chamorro. Nesse mesmo ano, mesmo abalado com a morte do Presidente Gilberto Cardoso, o Mengão conquistou o Campeonato Carioca para homenagear um dos maiores presidentes da história do clube. Na final desta competição  realizada somente em 1956, o Flamengo venceu o América por 1 a 0 no primeiro jogo (gol de Evaristo), perdeu por 5 a 1 no segundo e venceu por 4 a 1 na terceira partida com três gols de Dida e um de Duca, sagrando-se tricampeão carioca (1953-1954-1955) pela segunda vez.
Depois de encerrar a carreira de jogador, Garcia foi técnico do Cerro Porteño e do Curitiba.
              Bom saber mais sobre García, um dos grandes goleiros da história do Flamengo.
Fontes:
Assaf, Roberto e Martins, Clóvis. Almanaque do Flamengo. São Paulo. Editora Abril : 2001.
Sander, Roberto. Os dez mais do Flamengo. Rio de Janeiro: Editora Maquinária, 2008.



quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Calúnia do Rúbio Negrão

“Há campeões de tudo, inclusive de perda de campeonatos.” - Carlos Drummond de Andrade

Sejemos cinseros e analfabéticos: conheci um cara mais flamenguista do que eu, mesmo sabendo que, a despeito de estarmos no século XXI, os parâmetros para tal avaliação ainda são bastante nebulosos. Trata-se o referido portento de um rubro-negro mineiro que, entre outras façanhas, se gaba de nunca ter sido assaltado no Rio de Janeiro, apesar de já morar aqui há quase duas semanas.

Quer dizer, o cara sabe das coisas. Como eu disse, um portento. Não é apenas um mineirinho come-quieto, mas sim um “torce-quieto”, que apareceu faminto aqui no boteco do Portuga em busca de um tutu de feijão, mas acabou se contentando com o pãozinho de queijo bem razoável da cálida esposa do dono do estabelecimento. Sim, o Portuga em pessoa, que ainda não faz a menor ideia de que está alimentando um inimigo em sua própria casa, porque pensa que a camisa rubro-negra que o Mineiro enverga é da Seleção alemã. Sim, o Portuga pensa que o cara é alemão por causa do sotaque.

Mas voltando à vaca-fria,  o Mineiro é mais flamenguista do que eu, não porque ama o Flamengo excessivamente, mas porque odeia o Vasco inacreditavelmente. Um exemplo: assim que terminou o Flamengo x Maccabi, enquanto eu comemorava o título mundial do basquete rubro-negro como se fosse o do futebol, ele me interrompeu pra perguntar quanto tinha sido o jogo do Vasco pela Série B.

“E eu sei lá de Vasco, ô Mineiro? ‘Saporra’ ‘inda’ existe?” 

“Claro que existe, uai! Trem bão esses mancebos. Não perco um jogo deles.”

“Cê tá brincando! Você gasta pilha de radinho pra acompanhar esse lixo?

“Pilha de radinho e de calculadora, porque já ando fazendo umas continhas aqui pra ver se o Vasco nem sobe nunca mais...”

Confesso que, apesar de ser parte de uma nação em franca expansão, me senti pequeno. Cenão vejemos e erremos: como pude me esquecer de me esquecer da existência do nosso ex-rival figadal, por mais que ele tenha se tornado irrelevante? Como pude deixar que o Flamengo desviasse o meu foco do mais delicioso prazer da vida, a saber, ver o Vasco se phoder? Quanto tempo precioso venho perdendo contando pontinhos flamengos a duras penas conquistados na Série A quando a verdadeira diversão está aqui ao lado, ou aqui embaixo, como preferirem, na Série B repleta de incontáveis alegrias, histórias engraçadas, momentos felizes e situações hilariantes?

Neste ponto, o leal detrator deve estar se perguntado duas coisas: “O que tem a ver odiar o Vasco com amar o Flamengo?” e “Por que estou perdendo o meu tempo lendo essa bobagem?”

Para responder à segunda pergunta, ó detrator, tu terás de perscrutar tua própria alma, caso a possuas, mas quanto ao primeiro questionamento, tá aqui na ponta da língua, ou do dedo indicador direito: o amor verdadeiro exige que amemos as mesmas coisas que o objeto do nosso amor ama, salvo se o objeto do nosso amor for uma mulher.

E outra: o verdadeiro amor exige que também odiemos o que o nosso amado odeia. E amemos o que nosso inimigo odeia, e odiemos o que ele ama, e acho que estou começando a me perder aqui.

Só sei que o meu novo amigo Mineiro ama de paixão o Roberto Dinamite, mas isso é lá entre eles.


Duplex Toc Zen

1 -  O São Paulo já teve um tal de Serginho Chulapa: Agora, o América-RN me aparece com um tal de Rodrigo Pintão...

2 - O Vasco não vai subir nem com Viagra: Porque em São Januário não tem água pra engolir com o comprimido.

3 - Na ponta do lápis: Se o Botafogo dispensar mais algum jogador, vai acabar tendo mais torcida que elenco.

4 - A gente percebe quão baixo está o nível do futebol brasileiro quando...: Jogador que amarelou na Copa é destaque no Brasileirão.

5 - “Joel Santana recebe alta e tira pontos”Ué, virou juiz do STJD?

6 - STJD: Sacanas Torcedores-Juízes Doentes.

7 - “Torcedores do Botafogo não aparecem em encontro marcado com Assumpção”A Kombi deve ter enguiçado.

8 - É muito mais fácil ser treinador da Seleção do que ser presidente da República: Porque presidente não pode escolher o povo com que vai trabalhar.

9 - “Flu e patrocinador preveem 2015 de vacas magras no clube”O boi gordo Walter já está salivando.

171 - “Flu chega a dois meses de salários atrasados sem previsão de pagamento”: E o elenco tricolor já pede a contratação do Emerson Sheik.

11 - Twitter Cassetadas da semana (em tempo real só em @rubionegrao)

Como bem disse o @lavfilho, eu também apoio integralmente a Marina.
Marina Ruy Barbosa.
Faço tudo o que ela quiser. 

A única disputa em que o Vasco se daria bem é numa eleição, porque o vice tem direito a ir pro segundo turno.

Você jamais se arrependerá de ler minha Calúnia mais do que eu me arrependo por tê-la escrito

O que tem mais postura de presidente no debate é o Bonner.

Acho que no domingo o meu voto novamente será no Macaco Tião.

"Brasil treina com 6 desfalques e Jefferson pronto."
Só pra satisfazer uma curiosidade minha: alguém ainda acompanha esse troço de Seleção?

E nada mais faço, o que, por sinal, adoro não fazer.

(Ás do quinta-colunismo esportivo, Rúbio Negrão, vulgo Rubro-Negão Trolhoso, vulgo RNT, é cria dos juniores do blog da Flamengonet, e aceita doações de camisas oficiais novas do Flamengo no tamanho G.)