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quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Ary Barroso

Textos de http://www.samba-choro.com.br/artistas/arybarroso


Qualquer lista dos dez maiores compositores da nossa música popular - os caras que moldaram o que hoje se entende por MPB - tem de ter o nome de Ary. Isso, se não começar por ele. É que tanto pela ordem alfabética quanto cronológica, o cara é o primeiro grande nome.
Mas o maior Ary, o mais apaixonado, a face sua em que depositava maior energia, era o flamenguista. Mais até que compositor, Ary era rubro-negro. Em cada fibra de seu coração. A paixão esportiva não arrefecia nem quando, microfone em campo, ele transmitia futebol pelas rádios do Rio. Aliás, como narrador ele transformou uma função até então enfadonha e burocrática num torvelinho de emoções, inda mais se em algum dos lados do tapetão estavam as cores do seu amado Mengo. Torcia desavergonhadamente. E dê-lhe a gaitinha de boca, que era sua marca registrada para registrar os gols. Gol adversário merecia uma passadinha rápida de boca no instrumentinho. Gol do Mengo incorporava o Edu da Gaita.
O fato é que Ary poderia ter se dado muito bem tanto em Hollywood quanto na Broadway. Não deu porque não quis se mudar pros Isteites - e olha que Disney pediu.- Don't have Flamengo era a invariável resposta. Pra sua mulher Mariúza, confidenciava: - Jamais conseguiria viver num lugar onde todos os botões funcionam. E ponto. Não adiantaram nem as intercessões da amiga e mega-star Carmen Miranda ou de Aloysio de Oliveira, líder do Bando da Lua e consultor de Disney para assuntos de música latina.

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