A maioria das pessoas quer ter fama, status... No meio do futebol, que movimenta uma quantidade absurda de dinheiro, essa vaidade toda é mais comum. Antigamente os jogadores apareciam com a bola no pé, hoje aparecem com o gel no cabelo. As coisas na vida mudam demais, isso é inevitável, mas você mudar é uma opção unicamente sua.
É tão simples falar de Angelim quanto ele próprio é. Legítimo brasileiro e acima de tudo rubro-negro, teve que trabalhar duro, ainda criança, pra conquistar seu primeiro Manto Sagrado, mas bastou ser ele mesmo, bastou seu coração (que de aço não tem nada) pra conquistar a nação existente por trás daquelas cores. Ganhou muitos títulos e se imortalizou no Flamengo, mas não foi com a bola no pé (ou na cabeça) que ele conquistou isso tudo.
Angelim é o tipo de pessoa que dá gosto de conhecer, pois nos mostra que o ser humano ainda é capaz de enxergar e pregar os verdadeiros valores da vida. Ahh, se todos os nossos jogadores fossem como o Angelim! Comprometimento e raça dentro de campo é o mínimo que queremos, e isso ele sempre teve. Aliás, teve tanto compromisso com o Mais Querido que se escalou na reserva por ver um companheiro mais bem preparado no momento. E se o barrassem do jogo, tenho certeza que ele estaria na arquibancada jogando com a camisa número 12.
Responsabilidade. Angelim nunca faltou treinos, sempre se empenhava demais e não precisava inventar histórias pra esconder nada. Nunca deu um ponta-pé ou agrediu ninguém em campo. Sua única expulsão em 6 anos defendendo o Manto foi injusta, e seus socos eram no ar, desferidos unicamente para comemorar gols. Isso separa Adrianos de Angelins, mas são coisas naturais quando existe amor e responsabilidade com o Clube de Regatas do Flamengo e com a Nação.
Paulo Henrique, lateral esquerdo da seleção e ídolo no Mais Querido, assinava contrato em branco pra jogar aqui. Leandro, outro lateral de seleção e ídolo, já fez o mesmo durante uma renovação de contrato. E não só isso, ele defendeu apenas as nossas cores em seus 13 anos de carreira, exceto quando era chamado pra defender seu país. Angelim é um deles. Ter o Magro de Aço com o Manto foi como ter um pedaço daquela geração de 1980 ainda viva nos gramados. Identificação, puro rubro-negrismo, raça... E o talento com a bola, dribles e gols são secundários quando se enverga o Manto com tanta dedicação.
O Flamengo sempre formou muitos ídolos. Alguns, vindos de outros clubes, se identificaram com o Manto e conquistaram facilmente a Nação, como: Leônidas, Evaristo, Raul, Petkovic, Ronaldo... Sim, o Fenômeno da Nação tem mais poços cavados do que gols feitos. Um simples grande rubro-negro que trabalhava pesado no nordeste desde criança, mas que só foi correr riscos de verdade e ter cicatrizes pelo corpo depois que passou a nos defender em campo. Ele quase perdeu uma perna, mas com raça e fé superou tudo e voltou pra nos dar uma das maiores alegrias das nossas vidas. Sim, além de tudo ele nos deu o Hexa após 17 anos de espera. Angelim me marcou como rubro-negro, e também como ser humano.
Saudações Rubro-Negras
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Renato Croce (Alexi Lalas)
5 comentários:
Sempre salvou...que o diga em 2009....vlw..angelim....
Sempre salvou...q o diga em 2009.....vlw...Angelim..
Ele foi e continua-ra sendo um exemplo de pessoa,um exelente jogador.Nos trouxe muita alegria e concerteza marcou de forma positiva toda a nossa nação!
Valeu pela moral, Warley! Show, show! Angelim é mito demais!
Abraço e #SRN!
É as coisas mudam mesmo e cada vez pra melhores só temos que saber em como nos aparecer
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