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sábado, 30 de junho de 2007

Mengo meu dengo – parte 2

Mengo meu dengo – parte 2

Mesmo quem nunca foi no Rio de Janeiro certamente já viu imagens ou ao menos ouviu falar do bairro do Flamengo, uma encantadora área residencial voltada para o mar, dispondo de muitos centros culturais, museus, restaurantes, bares, parques e belas paisagens. Com nome de origem holandesa – povo proveniente da região Flamengo, os "flamengos" – o lugar já foi chamado de Praia dos Sapateiros durante boa parte do período imperial. E, como todos sabem, foi sob a inspiração desse verdadeiro cartão-postal que seis jovens remadores fundaram o Clube de Regatas do Flamengo, uma instituição que transcendeu as terras guanabaras e apaixonou todo o Brasil.

Nada de novo no que foi descrito, deve ter pensado o atento leitor. Com razão, mas esta foi apenas uma pequena introdução para tornar ainda mais interessante a história à qual trago agora ao conhecimento dos caros amigos rubro-negros.

Um lugar chamado Flamengo em pleno sertão da Bahia -

Mais de 2.000 km separam a cidade maravilhosa de um pequeno povoado em pleno sertão da Bahia também chamado de Flamengo. Um distrito de Jaguarari – cidade que divide com a vizinha Senhor do Bonfim o título de melhor festa junina do interior baiano - localizado à margem direita da BR 407 e distante 426 km da capital Salvador, a primeira visão que se tem do lugar é a de uma antiga e desativada estação da Leste Brasileira com o nome Flamengo desenhado na estrutura de alvenaria em cada lado do prédio. Segundo a moradora flamenga Geisa Lopes, de 19 anos, antes de receber esse nome o povoado era conhecido apenas por João Pedro, "por conta da primeira família que morou no local". Entretanto, com a chegada da estrada de ferro ao município de Jaguarari no final da década de 40 do século XX, e devido à sua estratégica localização, muitos moradores da vizinhança acabaram fixando moradia no distrito. O que era apenas uma "aparada" para viajantes, aos poucos foi ganhando aspectos de povoado com a chegada do "progresso".

Atualmente, a sua mais forte característica econômica está na criação de cabras e ovelhas. Ainda segundo a (naturalmente) flamenguista Geisa – que cursa o terceiro período de Ciências Contábeis numa faculdade de Petrolina-PE, a 150 km de distância – com a construção da estrada férrea "vários trabalhadores vieram de outros estados do norte e do nordeste do Brasil, dentre eles, existia um senhor que ninguém lembra o nome, mas que foi de grande influência para a renomeação daquele pequeno lugarejo, pois o mesmo era apaixonado pelo Clube de Regatas do Flamengo, time de futebol do Rio de Janeiro" . E pelo depoimento da nossa amiga rubro-negra – que para gentilmente conceder essas preciosas informações, conversou antes com os moradores mais antigos - o ilustre e anônimo fundador era um flamenguista tão fanático (desculpem o pleonasmo, pois quem é flamenguista...) que o mesmo pediu para que o nome do povoado mudasse para FLAMENGO. Por tratar-se de "uma boa pessoa", os moradores gostaram, aprovaram e até hoje o distrito é conhecido por este glorioso nome.

Com uma população de pouco mais de 2.000 habitantes, o Flamengo sertanejo tem várias manifestações culturais, a exemplo da Corrida de Argolinha, das Vaquejadas, das Rodas de São Gonçalo, além dos artesanatos em madeira. Apreciadora do esporte, sendo o futebol o de maior paixão, a festeira população flamenga faz ainda do tradicional forró-pé-de-serra o ritmo oficial das comemorações pelas conquistas do Flamengo da Gávea e também do time local, vitorioso representante no campeonato interdistrital que defende com orgulho as cores do rubro-negro carioca, para imensa alegria de toda a comunidade.

Este é simplesmente um pequeno relato do quão grandioso é o nosso amado Clube. Lembrando que na época em que foi "batizado" o povoado, não existia televisão e só se podia ouvir pelo rádio as conquistas de um Flamengo até então detentor de somente um tricampeonato estadual. Mais um exemplo que vem ao conhecimento de todos. E quantas outras inúmeras e fascinantes histórias envolvendo o Mais Querido não existem por esse nosso imenso país?

Portanto, se o caro visitante deste site souber de algo interessante e que realmente denote o gigantismo rubro-negro, participe com a gente e envie para o e-mail desta coluna que teremos o maior prazer em divulgar e mostrar ao mundo toda a força que tem o nome Flamengo.

"Mengo, mengo, meu dengo, minha paixão, minha explosão, minha solidão, meu mengo, mengo, meu dengo".

Até lá e SRN!

Luiz Hélio é poeta e jornalista

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Flamengo de 1985

Mais uma foto histórica. Time do Flamengo de 1985.

Cantarelli, Leandro, Mozer, Jorginho, Andrade e Adalberto.
Bebeto, Adílio, Chiquinho, Gilmar e Marquinhos.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Flamengo Joga amanhã

Música célebre sobre o Flamengo.

===============

Flamengo joga amanhã
eu vou prá lá
vai haver mais um baile
no maracanã
o Mais Querido
tem Rubens, Dequinha e Pavão
(tem Zico, Adílio e Adão na versão abaixo, de João Nogueira)
eu já rezei prá São Jorge
pro Mengo ser Campeão

Pode chover
pode o sol me queimar
eu vou prá ver
a Charanga do Jaime tocar

Flamengo, Flamengo
tua glória é lutar
quando o Mengo perde
eu não quero almoçar
eu não quero jantar

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Taça Salutaris


Como foi publicado em http://flamengoeternamente.blogspot.com/2007/06/como-o-flamengo-se-tornou-o-mais.html

Essa é a foto Taça Salutaris. Reparem no detalhe da bandeira azul e amarela, a primeira bandeira do Flamengo.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Como o Flamengo se tornou O Mais Querido do Brasil.

Como o Flamengo se tornou O Mais Querido do Brasil.



Apesar de sabidamente possuir, desde 10 mil anos antes do nada, a maior torcida do universo, o Flamengo só conquistou o reconhecimento oficial de sua superioridade nos corações brasileiros em 1938, quando o Jornal do Brasil e a Água Mineral Salutaris promoveram um concurso para eleger através dos votos de seus torcedores o time mais querido do Brasil. Ao clube vencedor, que conquistaria o direito de ostentar o apodo – O Mais Querido do Brasil, caberia ainda uma belíssima taça de prata lavrada que ficou exposta durante meses na vitrine da La Royale, uma das joalherias mais elegantes da Avenida Central.

Espantoso como naquela época as coisas eram diferentes. A Muy Heróica e Leal Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro ainda não tinha um milhão de habitantes, o Jornal do Brasil era tido como o jornal das donas de casa graças aos minúsculos anúncios classificados que orlavam sua primeira página e a água mineral Salutaris vendia mais que a Coca e a Pepsi juntas. As coisas eram tão diferentes naquele tempo que os cabeças-duras que torciam pro time da colônia imperialista ainda tinham culhões pra enfrentar o Flamengo.

Movidos pela cobiça, os estrátegos do serviço de inteligência vascaína imaginaram então uma maneira considerada infalível de vencer o Flamengo: comprariam os exemplares do Jornal do Brasil que traziam os cupons para a votação diretamente da mão dos jornaleiros que os vendiam pelas ruas naqueles tempos de pouquíssimas bancas de jornal. Além disso, o bacalhau contava com os votos que seriam provavelmente acumulados pela plêiade de carroceiros, garrafeiros e burros-sem-rabo vascaínos que monopolizavam o mercado de jornal velho e outros materiais recicláveis da então Capital Federal.

Mas o Flamengo dessa época já era o Mengão Cósmico que arrastava pequenas (comparativamente aos dias de hoje) multidões onde quer que se apresentasse. Com um timaço liderado pelo infernal Leônidas da Silva, o Homem de Borracha da Copa da França e Diamante Negro do Brasil, os visionários torcedores do então quarentão Flamengo já tinham consciência de que faziam parte de uma elite futebolística destinada a triunfar como os maiores do mundo.

Enquanto o nosso bacalhoesco rival apostou tudo no abuso do poder econômico e no traço poupador tão presente na personalidade do povo luso para vencer a disputa, os jovens entusiastas do Flamengo contaram apenas com a coragem e a inteligência para vencer a batalha do tostão contra o milhão. Durante meses as torcidas se mobilizaram para aquele civilizado duelo. Cada clube fazendo tudo que estivesse ao seu alcance para conseguir mais votos.

O Vasco organizou festas, rifas e quermesses e angariou fundos para comprar edições inteiras do Jornal do Brasil. No Flamengo não foi diferente, listas de subscrição foram organizadas por toda cidade e era difícil para um rubro-negro em 1938 tomar um cafezinho sem que alguém lhe pedisse uma contribuição para ajudar o Flamengo a vencer o Vasco. Ao fim de cada dia, sócios, diretores e torcedores faziam a conferência de sacos e mais sacos com nossos votos que se amontoavam na garagem de barcos em nossa sede no antigo 22 da Praia do Flamengo. Mas por mais que o Flamengo fizesse restava sempre a impressão de que não havia como o Flamengo vencer aquela briga. O Flamengo juntou 200 mil votos mas o Vasco deveria ter juntado mais ainda.

Mário Filho, em seu magnífico Histórias do Flamengo destacava: “Todo português aprendeu a guardar desde menino, a fazer seu pezinho de meia. Se alguém tivesse dúvida sobre a vantagem que o Vasco levava, deixaria de duvidar logo que abrisse o Jornal do Brasil, um dia depois de uma apuração. O Vasco estava na frente, longe. Se o pessoal do Flamengo passava pela La Royale para ver a Taça Salutaris ao lado das jóias mais caras, também o pessoal do Vasco passava por lá. O Flamengo namorava a taça, o Vasco não namorava mais a taça, noivava com ela. Valia uns quinze contos, só de prata. E era uma obra de arte, de gosto português. Por isso mesmo é que o Vasco fazia tanta questão de ficar com ela. Em Santa Luzia ela estaria em casa, na garage do Flamengo daria a impressão de uma coisa fora do lugar.”

No dia da apuração final o Vasco liderava a disputa com uma vantagem de mais de 60 mil votos. Conforme o regulamento, os votos deveriam ser entregues na própria sede do Jornal do Brasil, na Avenida Central. Usando a mais pura picardia carioca os líderes do Flamengo ocuparam a porta da sede do jornal. Convenientemente disfarçados com botões do Vasco na lapela e aportuguesando a voz recebiam os sacos de votos que a torcida do Vasco entregava confiante em uma vitória que seria consagradora. Chegavam votos do Vasco que não acabavam mais e ali mesmo na porta do JB eram entregues inocentemente nas mãos de um rubro-negro de bigodes e botão do Vasco na lapela que os passava rapidamente para outro rubro-negro que entrava com os votos no prédio do jornal.

Se os votos já estivessem preenchidos para o Vasco iam diretamente para as latrinas do Jornal do Brasil, se estivessem em branco eram carimbados para o Flamengo e se somavam ao nosso bolo. Em pouco tempo todas as privadas do Jornal do Brasil estavam entupidas e os votos pro bascu que continuavam a chegar começaram a ir pro fundo do poço do elevador.

As torcidas se reuniram na frente do JB e no fim da tarde foi colocado um cartaz na porta do jornal: Não se recebem mais votos. A apuração começou contando os votos do Vasco. Quando o Flamengo passou na frente a torcida explodiu como se estivesse no field da Rua Paysandu comemorando um goal de Nônô. Os vascaínos começaram a sair de cabeça baixa, sem compreender como fora possível perder pro Flamengo. A Taça Salutaris foi levada em triunfo pelos rubro-negros até a sede do Flamengo e está até hoje na nossa sala de troféus na Gávea.

No dia seguinte, o presidente do Vasco recebeu uma encomenda expressa enviada por alguns torcedores rubro-negros. Um lindo penico embrulhado para presente onde se lia Taça Salutairis. Dentro do penico vários votos do concurso carimbados para o bascu e os botões de lapela.

Foi assim que o Flamengo tornou-se O Mais Querido do Brasil.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Foto do Desfile


Foto do desfile da Estácio de Sá de 1995 homenageando o Flamengo.

Clique no link para ler o samba enredo
http://flamengoeternamente.blogspot.com/2007/02/samba-enredo-da-estcio-1995.html

domingo, 24 de junho de 2007

Homenagem da Estácio de Sá

“Uma vez Flamengo...”


Final do século XIX, a praia do Flamengo era também chamada praia da Carioca, ponto preferido dos pitorescos banhistas da “belle époque “. Eram os anos dos primeiros “rowings” no Pavilhão de Regatas de Botafogo, grandes acontecimentos sociais a que o público acorria elegantemente vestido, cavalheiros com fraques e cartolas, as damas desfilando seus grandes chapéus emplumados e cobrindo o rosto com leves “voilletes”. Alguns jovens remadores do bairro realizam um sonho carinhosamente acalentado e fundam o Grupo de Regatas do Flamengo, de estatuto, diretoria e bandeira azul - “como o céu da Guanabara” - e ouro - “para lembrar nossas riquezas”. Logo se trocaram estas cores pelo vermelho e preto e o nome para Clube de Regatas do Flamengo. Já nos primeiros anos do nosso século, o Flamengo e o Fluminense eram chamados “clubes-irmãos”, pois vários dos remadores rubro-negros jogavam futebol pelo tricolor: eram os chamados “fla-flus”. Em 1911, vários atletas deixam o pó-de-arroz e criam o departamento de futebol do Flamengo.

O uniforme original, quadriculado em vermelho e preto, ganhou o apelido de “papagaio-de-vintém” e foi substituído em 1912 por uma camisa de listras intercaladas por frisos brancos. Esta camisa, a “cobra-coral”, também teve vida curta: em 1916 instituiu-se o uniforme rubro-negro definitivo, a camisa que joga sozinha, marca de glórias e conquistas. O futebol é mais que uma paixão, é o motor das massas e o Flamengo é o celeiro de craques, muitos vindos da vizinha Praia do Pinto, surgidos das peladas que são a própria infância do moleque da favela. E pensar que todos os ídolos rubro-negros foram uma vez moleques, correndo atrás de bolas de meias em campos de terras, ruas de paralelepípedos. Assim foi com Domingos da Guia, Fio Maravilha, Biguá, Zizinho, o inesquecível “Diamante Negro” Leônidas da Silva e – talvez o maior de todos – o “Galinho de Ouro” Zico, nascido em Quintino, criado na Gávea.

O Flamengo é berço de atletas vitoriosos, que carregam para sempre a marca do campeão rubro-negro. Atletas como a inesquecível corredora Erika Lopes, a “Gazela Negra”; o carismático Bernard, inventor do, saque “Jornada nas Estrelas”, e todos os ídolos do vôlei; os eternos campeões do basquete, sob a estrela de Togo Rena Soares, o “Mestre Kanela”; os semideuses das piscinas: Ligia Cordovil, Piedade Coutinho e Rômulo Arantes. E ainda urna enorme constelação, estrelas em inúmeros esportes olímpicos, campeões de terra e mar, das quadras e piscinas. Todas as conquistas, títulos e vitórias são conseqüências de uma dedicação superior, um amor sublime pelo Rubro-Negro. Assim se explica porque o Flamengo é o único clube pentacampeão brasileiro de futebol; porque o Flamengo venceu tantos campeonatos em países distantes, trouxe tantos troféus, como a Taça Carranza conquistada na Espanha; porque o Flamengo foi o primeiro clube brasileiro a se sagrar Campeão do Mundo na Terra do Sol Nascente. O exemplo maior desse amor foi a campanha deflagrada no início dos anos 40 por um grupo de ilustres flamenguistas, que resultou na conquista do primeiro tricampeonato carioca. O grupo, que contava com a participação de Ary Barroso e José Lins do Rego, entre outros, recebeu a alcunha de Dragão Negro.

Flamengo que movimenta multidões, clube das massas, inspiração de poetas que tentaram traduzir o que não cabe em palavras. O “Mais Querido do Brasil”, alegria da galera, alegria dos geraldinos e arquibaldos, que tomam o Maracanã aos domingos, em apaixonada contrição, quase um êxtase; que jogam com o time, que sofrem, exigem, fazem a festa da vitória com muito samba e cerveja, uma explosão de emoções. A maior torcida do mundo, pura devoção, estrelas maiores do espetáculo do futebol. No carnaval, o Baile do Vermelho e Preto, a festa mais quente do Flamengo, ou melhor, o auge de festa que dura o ano inteiro, nos estádios e ginásios, nos bares, nas ruas, em todas os cantos da cidade. A folia rubro-negra é perene, é um estado eterno de arrebatamento. Na Sapucaí, nossa bandeira vermelha e branca será uma passarela, território livre onde desfilarão as bandeiras dos outros clubes, um grande abraço que todo o Brasil, neste dia, gostaria de dar no Mengo. FELIZ ANIVERSÁRIO!!

“Uma vez Flamengo... Flamengo até morrer”.

Carnavalesco: Mario Borriello Pesquisa e Texto: Marlo Giannotti
Clique no link para ler o samba enredo
http://flamengoeternamente.blogspot.com/2007/02/samba-enredo-da-estcio-1995.html

sábado, 23 de junho de 2007

Atletismo na Gávea

O Flamengo abandonou por completo o esporte base do ser-humano: o atletismo. Esta modalidade esportiva já trouxe muitas alegrias e títulos estaduais, nacionais e internacionais para o Flamengo. O clube enviou diversos atletas e técnicos para Jogos Pan-Americanos e Olimpíadas ao longo da história. Vou deixar para mencionar grandes feitos do atletismo do clube, títulos e atletas em outra coluna. Mas como colunista esportivo, sinto-me revoltado em ver este esporte praticamente abandonado no Rio de Janeiro, pois a culpa não é apenas do Flamengo.

Dos times mais tradicionais de atletismo do estado, Flamengo, Fluminense, Vasco da Gama e Botafogo, o Vasco da Gama é o único que menciona o esporte em seu hino. Já o Fluminense, foi o primeiro clube do Brasil a implantar o esporte. O esporte foi sendo jogado para escanteio aos poucos quando estes clubes destruíram as pistas de atletismo que estavam ao redor de seus estádios em São Januário, na Gávea, nas Laranjeiras e no Mourisco. Hoje em dia, os clubes não oferecem escolinhas e as equipes treinam todas juntas, no Célio de Barros (Maracanã). Se uma criança quiser treinar alguma prova pelo clube de seu coração, que procure um técnico lá no Célio de Barros, pois os funcionários nas sedes dos clubes muitas vezes nem sabe que seus clubes ainda têm o esporte.

O Rio tem por sorte uma boa equipe de atletismo, a da Mangueira, fruto de um projeto social. Em alguns anos poderá ter um forte time em Duque de Caxias. Fora isso, fomos péssimos.

Pelo 3º ano seguido, o Rio não sonha com o título do Troféu Brasil. O Flamengo, que no início dos anos 2000, tinha a 3ª força do país, não classificou sequer um atleta para o campeonato mais importante da nação. Em 2006, teve apenas dois lançadores de disco, que trouxeram alguns pontinhos para a Gávea. Este ano, o Botafogo somou ridículos 2 pontos; o Fluminense 9, classificando uma atleta para o Pan e empatando com o Duque de Caxias; e o Vasco 21, ainda longe das tradições cruzmaltinas. O 6º lugar deu a Mangueira o simbólico título de melhor do Rio, com 73 pontos.

O último título do Rio de Janeiro no Troféu Brasil foi em 1983, com a extinta equipe da Universidade Gama Filho. Dos grandes, o Botafogo já venceu etapas do Troféu Brasil quando ele não era anual, mas nunca levantou um troféu. O Fluminense foi o primeiro campeão em 1940-42; o Vasco da Gama venceu em 1952-54; o Fla foi bi em 1955-61 e 1962-65; e a Gama Filho foi Bi também em 1971-80 e 1981-83.

Queremos o Atletismo de volta à Gávea e aos clubes do Rio de Janeiro!



Miguel Gonzalez

Colunista

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Orgulho de ser rubro-negro

Mais um texto de Carlos Drummond de Andrade
Outro texto dele aqui http://flamengoeternamente.blogspot.com/2007/04/o-torcedor-carlos-drummond-de-andrade.html

Orgulho de ser rubro-negro

O torcer pelo meu TIME é diferente de qualquer outro torcedor. É diferente,pois não se restringi a ser somente torcedor. Torcer pelo meu Mengão é como casamento na saúde e na doença. Nas alegrias e nas tristezas. Mesmo quando a doença parece não ir. E as tristezas teimam em parmanecer. Isso pq o torcedor do meu FLAMENGO não torce por um time,torce por uma NAÇÃO. E tal qual em uma guerra. Um cidadão não renega seu país. Mesmo que a derrota seja grande. O torcedor do meu MENGÃO apóia seu time na derrota. Pois os obstáculos engrandecem seu sentimento de nacionalismo. E que me perdoe os que têm apenas títulos. Claro que são importantes. MAS O TORCEDOR DO MEU FLAMENGO TEM ALGO QUE OS OUTROS NUNCA TERÃO.

TEM PAIXÃO!!!

CARLOS DRUMOND DE ANDRADE. FLAMENGO POR AMOR E RAÇA

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Uma paixão que também arde na arte - Capítulo II – Flamengo bom de bola e de samba

Uma paixão que também arde na arte - Capítulo II – Flamengo bom de bola e de samba

Ary Barroso
O rubro-negro Ary por Miécio Caffé/Foto de Joselito Meneses

Durante as comemorações dos 20 anos do Centro de Cultura João Gilberto, ocorrido no ano passado aqui em Juazeiro/BA, foi inaugurada uma Galeria em homenagem ao grande caricaturista e guardião da memória musical brasileira, Miécio Caffé – juazeirense como o João da bossa nova que empresta nome ao espaço cultural – falecido em março de 2003 na cidade de São Paulo. Em meio a tantas outras caricaturas de personalidades brasileiras, entre as quais, Carmem Miranda - a primeira musa tupiniquim com todos os seus banlangandãs – lá estão dois dos mais famosos músicos flamenguistas: Ary Barroso e Ciro Monteiro, devidamente vestidos com o Manto Sagrado.

Ciro Monteiro
O “formigão” Ciro por Miécio Caffé/Foto de Joselito Meneses

Geniais na criação e na interpretação de grandes sucessos da música popular brasileira no período conhecido como a “velha guarda”, Ary e Ciro não cantaram o Flamengo, mas demostraram o amor ao rubro-negro em planos bem mais íntimos e até mais fanáticos. Melhor, flanáticos. O primeiro chegou a dizer que não iria morar nos Estados Unidos por que lá não existia o Flamengo. Como radialista, narrava os jogos do clube do coração com uma gritante parcialidade, sempre acompanhado da antológica e pioneira gaitinha durante os gols do “diamante negro” Leônidas da Silva. Já o boêmio cantor das noites cariocas – lançado por Silvio Caldas em 1933 – segundo definição do próprio, foi o maior “aliciador de menores” da sua época. Além de gostar de contar engraçados “causos” sobre o Flamengo, Ciro Monteiro adorava tentar “persuadir” os filhos dos seus amigos a virarem flamenguistas desde pequenos. Aos recém-nascidos, enviava enxovais rubro-negros. A fama era tanta que a mania acabou virando uma espécie de samba-resposta do tricolor Chico Buarque. Mais a melhor resposta foi mesmo a do cantor “aliciador”, já que para desgosto do pai, a então futura atriz Silvia Buarque acabou virando mais uma apaixonada adepta dessa religião chamada Flamengo.

O baile rubro-negro

Ao contrário dos nobres colegas, Wilson Batista - tido pelos críticos como um cronista do Rio de Janeiro – foi quem mais cantou o Flamengo. Tanto na alegria das muitas vitórias e títulos, “Sou Flamengo de coração, Flamengo até em baixo d´água/Quem fala mal do clube campeão ou é de inveja ou é de raiva”, quanto nas frustrantes derrotas para os rivais, “Eu ontem vim da Gávea tão cansado com a cabeça inchada, pois o Flamengo voltou a perder”, o sambista sempre fazia questão de cantar as cores do seu amado time. E foi assim que surgiu o Samba Rubro-Negro: “Flamengo joga amanhã eu vou pra lá/vai haver mais um baile no maracanã/ o mais querido é o clube do meu coração,/eu já rezei pra São Jorge pro Mengo ser campeão...”. Um dos mais cantados e executados por todos os flamenguistas desde que foi composto, esse samba de Wilson Batista pode ser considerado uma espécie de terceiro hino do rubro-negro carioca.

Não bastasse ser o mais cantado do mundo, o Flamengo é ainda o único clube a ter dois hinos. Isso mesmo, há o Hino Oficial – também chamado de “marchinha” – criado em 1923 pelo ex-goleiro Paulo Magalhães (que assina letra e música): “Flamengo, Flamengo tua glória é lutar/Flamengo, Flamengo campeão de Terra e Mar...”. Depois vem o Hino Popular, sendo o mais tocado do Brasil. Não precisa nem o time ser campeão, é possível ouvir a arrepiante melodia espalhando-se pelos quatro cantos em qualquer época do ano. Não são poucos os casos de torcedores que comemoram seus aniversários também ao som da mais famosa composição de Lamartine Babo. E posso confessar que eu me incluo entre eles. E mais, todo dia 15 de novembro, não é exatamente o Hino Nacional que é tocado durante todo o feriado no país. São esses contagiantes versos, que mais parecem um chamado para uma grande batalha, que são cantados com louvor e orgulho: “Uma vez Flamengo, sempre Flamengo/Flamengo sempre eu hei de ser/É o meu maior prazer, vê-lo brilhar, seja na terra, seja no mar/Vencer, vencer, vencer...”.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Taça Guanabara 2004


Charge do Jornal dos Sports comemorando a Taça Guanabara de 2004 em cima do Fluminense. Reparem no detalhe do Urubu pisando na Cartola :-)

terça-feira, 19 de junho de 2007

Copa dos Campeões Mundiais de 1997

SÃO PAULO 0x1 FLAMENGO
Local: Mané Garrincha (Brasília/DF); Público: 15.002;
Árbitro: Wilson de Souza Mendonça (PE); Gol: Iranildo 40 do 1º;
Cartões Amarelos: Jamir, Rogério Pinheiro, Axel e França;
SÃO PAULO: Paulo Sérgio, Cláudio, Bordon, Rogério Pinheiro e
Serginho; Axel, Belletti, Luís Carlos e Denílson (Adriano);
Dodô e Aristizábal (França). Técnico: Darío Pereyra.
FLAMENGO: Júlio César, Fábio Baiano, Júnior Baiano, Fabiano e
Gilberto; Jamir, Jorginho, Evandro e Maurinho;
Iranildo e Lúcio. Técnico: Sebastião Rocha.
.
COLOCAÇÃO FINAL
PARTICIPANTES PG J V E D GP GC SG

FLAMENGO (RJ)

8 4 2 2 0 7 4 3

SÃO PAULO (SP)

7 4 2 1 1 7 4 3

SANTOS (SP)

4 3 1 1 1 2 4 -2

GRÊMIO (RS)

0 3 0 0 3 4 8 -4

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Os pioneiros do Hino

Namorados da Lua, os primeiros a cantar o Hino do Flamengo


Um pouco de história, que possivelmente você não saiba.

Os primeiros a cantar o hino do nosso Flamengo, feito por Lamartine Babo, foram os Namorados da Lua, em fins dos anos 40.

Os Namorados eram um conjunto vocal carioca, formado originalmente por estudantes, entre os quais eu, e que tinha como líder e crooner o Lucio Alves.

Quando Lamartine compôs as marchas que se tornariam os hinos dos clubes do Rio, já éramos profissionais e trabalhávamos no programa "Trem da alegria", transmitido diariamente do Teatro Carlos Gomes pela Rádio Nacional.
Os MCs do programa eram o comediante Heber de Bôscoli, sua mulher Yara Salles e o grande Lamartine -- os três formavam um conjunto chamado Trio de Osso, por serem todos muito magros...
Foi para esse programa que Lamartine compôs todos os hinos (o do América, seu clube, foi o último) e foi nele que se ouviu pela primeira vez o "Uma vez Flamengo/ Sempre Flamengo/ Flamengo sempre eu hei de ser...", cantado por nós.
Infelizmente, não fomos nós a gravá-lo, porque Lucio partiu para a carreira solo e o conjunto se desfez.

Saudações rubro-negras

José Soares



O cantor, pandeirista e arranjador José Soares, que os amigos chamam de Zeca, ficou mais conhecido como Russo nos três grandes conjuntos vocais de que participou: os Namorados da Lua, os Anjos do Inferno e o Bando da Lua, este mais famoso por ter acompanhado Carmen Miranda nos Estados Unidos.
Zeca vive desde então no México e vai muito bem, obrigado, sempre acompanhando as notícias do Flamengo pelos amigos.

domingo, 17 de junho de 2007

Perfil do torcedor do Flamengo


Esse desenho mostra bem como é o torcedor do Flamengo :-)

sábado, 16 de junho de 2007

Minha história de Amor ao Flamengo

Venho de uma família (por parte de mãe) de 99% Rubro-Negros, alguns fanáticos, como minha vó materna que quando viva, passava mal em todo jogo do Flamengo e de vez em quando, parava no hospital com pressão alta (rsrs), meu avó também era Rubro-Negro daqueles!
Meu tio Vivaldo é do tipo que até hoje tem um caderninho com a escalação de todos os jogos do Fla, quem entra, quem sai, quem fez gol, quem foi expulso ou substituído, um verdadeiro arquivo vivo sobre o Mais Querido, talvez isso explique o DNA Rubro-Negro correndo em meu sangue...mas minha história com o Flamengo começou há quase três décadas atrás.

No último dia 1º de junho, o Flamengo comemorou 27 anos da conquista do seu primeiro título brasileiro, primeiro de cinco títulos, diga-se de passagem e eu, hoje com 33 anos, comemorei também meus 27 anos de paixão declarada ao Rubro-Negro carioca, pois na época eu acabara de completar seis anos de idade e já "torcia pelo Flamengo", claro, desde o ventre da minha mãe, mas só naquele 1º de junho de 1980 é que eu senti na pele o que "é SER Flamengo" de verdade.

Lembro-me como se fosse hoje, era um domingo ensolarado em São Paulo (algo um pouco raro na época), em casa, minha mãe preparava a festa de quatro anos de minha irmã Cecília, a caçula de cinco filhos e minha irmã Elaine (a mais velha), na época com 15 anos, também preparava uma festa, mas não era a da Cecília, era uma outra festa que naquele momento eu com seis anos e uma semana de vida, ainda não entendia o motivo daquela "agitação" toda.
Em 1980, ainda não tínhamos tv colorida em casa, mas nossa vizinha da casa 6 tinha (morávamos em uma vila com um total de seis casas) e já estava tudo combinado para assistirmos ao jogo na casa dela, até que uma outra vizinha, da casa 5, também decidiu assistir lá e aproveitando, levou mais umas três ou quatro pessoas de sua família (que lhe visitavam naquele dia), para assistirem também, até aí tudo bem, não fosse o "pequeno detalhe" de todos serem mineiros, torcedores ferrenhos do Atlético e a família que nos acolhia, que era formada por quatro pessoas, todos corinthianos, naquele domingo também estavam torcendo para o galo, ou seja, eram cerca de oito pessoas no total azarando a gente, enchendo nossa paciência com gritos de "galo, galo".
Enquanto a festa da minha irmã era preparada em casa, lá estávamos eu, Elaine e Cecíla (pois é, minha irmãzinha aniversariante também quis assistir..) estávamos sentados à frente daquela tv "enorme", 20 polegadas, colorida e com controle remoto! aflitos pelo início da partida...
Para falar a verdade, até então eu não havia ainda entrado no "espírito do jogo", só lembro que minha irmã dizia que era pra gente pensar positivo e torcer para o Mengão ganhar aquele que era até então, o jogo mais importante da história do Flamengo daí, comecei a prestar mais atenção naquela movimentação toda.
Começa a partida e como se fosse hoje lembro que ao ouvir os gritos de "Mengo, Mengo" da torcida, comecei a me arrepiar, sentindo uma emoção diferente, fiquei fascinado com aquele canto e perguntei à minha irmã o que eles estavam dizendo, ela me respondeu que era um canto que "ajudava a empurrar o time pra fazer o gol"...meu Deus, confesso que naquele momento em diante meu coração que já tinha simpatia pelo Flamengo, tornou-se Rubro-Negro de fato.
A história do jogo todo mundo conhece, nos gols do Flamengo eu e minhas irmãs pulávamos feito loucos aos gritos de "é campeão", mas nos gols do Reinaldo (como jogava bola aquele cara!), o restante dos presentes à sala nos atordoavam com gritos, pulos e zoação (queria trucidá-los, mas era muito pequeno para isso..rsrs), até que um tal de "João Danado", mais conhecido como Nunes, pegou aquela bola na esquerda do campo, "quebrou a espinha" do tal Silvestre e com um toque genial, meteu aquela bola mágica no cantinho do João Leite...
Ahhhhhh.... era o gol que faltava pra gente explodir de vez!!!!
Lembro que um dos atleticanos saiu da sala xingando, dizendo que "o juíz estava comprado" e a gente gritando "é campeão!!!"
Final do jogo, Flamengo Campeão Brasileiro, a festa da minha irmã já estava pronta e para completar a alegria, eu e minhas duas irmãs iniciamos um "ritual" que se repetiria por várias vezes no início daquela década maravilhosa, saímos pelas ruas de Moema (o bairro que morávamos), aos gritos de "Mengooo, Mengooo!!!" (igual àquele que tanto me emocionou durante a partida), voltamos alguns minutos depois para casa e para completar o domingo perfeito, comemoramos os quatro aninhos da Cecília, ao som do hino do Flamengo, que tocava sem parar na vitrola da sala.
De lá pra cá foram muitas alegrias, algumas derrotas e decepções, duas finais no Maracanã (1992 e 2006), trinta e tantas camisas oficiais, dezenas de outros produtos com a marca Flamengo, dezenas de autógrafos conseguidos no aeroporto de Congonhas (um deles do Nunes, num pedaço de papel de um sanduíche de pão com presunto e queijo, que o Adílio me deu em uma das vezes que vieram jogar em SP por volta de 82, 83...), outros tantos jogos no Morumbi, Pacaembú, Vila Belmiro, Canindé, Parque Antártica...dois desenhos (logomarca) doados ao clube (Conte Comigo Mengão e GEASE-FLA), fiz muitos amigos, principalmente na Fladeverdade, na VDM - Vai Dar Mengão do Orkut ( Daniel, Azedo, Marcel, Grêlo...que me receberam com a maior alegria no Maraca, ano passado na final da Copa do Brasil) e na FLA-Sampa (galera que se reune aqui em SP para assistir aos jogos do Fla) e tantas outras coisas boas que no momento não teria tempo para contar.
Já fui sócio Off-Rio do clube (até o dia em que sem mais nem menos, pararam de me enviar os boletos de cobrança), no Centenário do clube 15/11/1995, eu e minha irmã Cecília, já moça na época, viajamos a noite inteira de SP para o Rio, afim de comemorar a data dentro do clube que tanto amamos (sonho realizado de conhecer a Gávea!).
Enfim, já briguei pelo Flamengo, já chorei, já cantei, já vibrei e após 27 anos, mesmo com inúmeros problemas, a única certeza que tenho é que a cada dia que passa eu AMO cada vez mais esse clube e como diz o próprio hino, "Uma Vez Flamengo, Flamengo Até Morrer"...no meu caso ATÉ DEPOIS DE MORRER!
Abs e SRN.
Edmar

sexta-feira, 15 de junho de 2007

"Que é ser Flamenguista!!!!!

"Que é ser Flamenguista!!!!!
Ser Flamenguista é gozar do direito de viver
É amar o preto e o vermelho
É ter uma forma especial de torcer.

O Flamenguista até num espelho
Ele sente o coração vibrar e pulsar
Como se fosse, e o é, novo modo de amar

O torcedor de outro clube não compreende
Porque o Flamenguista é diferente
Ele não define e até não entende.

É que o rubro-negro é sacrossanto!
Ele torce por um clube grandioso
E sobretudo gostoso por seu encanto!

E o encantamento vem do seu jeito de ser
O Flamenguista não se faz, já nasce feito
E, ENCANTADO, é Flamengo até morrer!

Antes de Morrer, no entanto,
O Flamenguista bota pra quebrar
E se torna tri-campeão.
Antes, muito antes do jogo acabar!

O pobre adversário chora
Pois é só o que resta a fazer.
O FLAMENGO parece ir embora
Mas volta e faz estremecer!

FLAMENGO! É minha forma de amar e de querer

FLAMENGO É MINHA VIDA!!!!"

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Uma paixão que também arde na arte

Luiz Hélio - luiz.helio@flamengorj.com.br


Mengo meu dengo 3

Mesmo diante do bisonho futebol praticado recentemente pelos seus apáticos jogadores, fazendo o time ser abatido de todas as formas e por qualquer um, fora de campo o Flamengo continua tão imbatível quanto já foi um dia também dentro das quatro linhas, sob o comando do escrete de ouro de Zico e cia. Graças a Deus existe a palavra saudade na nossa língua. Ainda mais para quem, como eu, só assistiu o finalzinho do magnífico filme. E essa permanente supremacia tem nome: a apaixonada e inigualável nação rubro-negra que, contrariando todas as lógicas, mantém inabalável o seu orgulho e nunca perde a esperança de um dia voltar a ver o gigante de pé.

Presente com esmagadora maioria em todos os segmentos sociais - principalmente nas camadas mais pobres – o Mengo também é, vejam só, o clube do poder! A constatação do que já era evidente veio no último domingo durante o programa Esporte Espetacular, da Rede Globo. O esportivo dominical exibiu uma matéria sobre pesquisa que apontou a preferência clubística dos nossos parlamentares. Sem muita surpresa, os números mostraram que o Flamengo também é o campeão nos corações dos representantes do povo. São 78 deputados na Câmara e 17 senadores no Congresso, ajudando a compor uma nação de quase 40 milhões de brasileiros.

E essa paixão tão popular (que circula pelo poder) é ainda uma paixão que também arde na arte.

Capítulo I
Flamengo em verso e prosa


Capa do romance que teria preconizado

as glórias do Flamengo

Na literatura, uma verdadeira seleção de craques eternizou o Mais Querido em várias e embriagantes publicações. Uma notável lista que inclui romancistas, cronistas, jornalistas e outros escribas. Para mostrar quão umbilical é a relação do Fla com as letras, começarei citando um depoimento do imortal da Academia Brasileira de Letras, o inesquecível "Dragão Negro" José Lins do Rego, quando em homenagem ao aniversário de meio século do clube da Gávea, comemorado em 1945: "Faz hoje cinqüenta anos o grande Flamengo. Muita gente me pergunta porque sou Flamengo. A muita gente eu tenho dito que sou Flamengo como sou romancista, pela força de meus bons instintos". E foi movido por esses bons (e criativos) instintos, que o autor de Fogo Morto – um grande clássico da literatura brasileira – desde cedo passou a nutrir incondicional paixão pelo Clube de Regatas do Flamengo, chegando a ser, inclusive, um de seus diretores. Mas não foi exatamente na condição de cartola que "Zelins" entrou para a história do rubro-negro como um dos seus maiores colaboradores. Freqüentador assíduo da confraria "Boca Maldita", formada pelos ilustres "Dragões Negros", o escritor paraibano – cujo estado natal, não por acaso, traz na bandeira as cores vermelha e preta e talvez seja o pedaço de terra com maior proporção de flamenguistas do país – ajudou a engrandecer e popularizar ainda mais as conquistas e os craques do Flamengo em suas mais de mil crônicas publicadas diariamente no Jornal dos Sports. Junto com os irmãos Mário Filho e Nelson Rodrigues, formou um trio tão espetacular que os mesmos chegaram a ser chamados de Leônidas, Pelé e Garrincha da crônica esportiva nacional. Já Mário Filho, um dos maiores jornalistas deste país e que postumamente emprestou seu nome ao Maracanã (o famoso templo rubro-negro), contrariando o genial e polêmico irmão tricolor, justificou assim o amor pelo time do povo: "Por que o Flamengo tornou-se o clube mais amado do Brasil? Porque o Flamengo se deixa amar à vontade". Mas até mesmo o fanático torcedor do Fluminense rendeu-se ao magnetismo rubro-negro e prestou várias homenagens ao Flamengo com a sua visceral forma de escrever como se o mundo estivesse em pleno apocalipse. Tanto que chegou a profetizar que chegaria o dia em que o Flamengo não precisaria mais de jogadores, pois bastaria a força da sua camisa para amedrontar os adversários. Ou ainda ressaltando que "por onde vai o rubro-negro arrasta multidões fanatizadas. Há quem morra com o seu nome gravado no coração, a ponta de canivete. Pois o Flamengo tornou-se uma força da natureza. Chove, venta, troveja, relampeja".

Por tudo isso é que o tricolor Nelson Rodrigues pode ser considerado um flamenguista de alma. Outros talentosos escritores e jornalistas continuaram escrevendo em tintas rubro-negras toda a magia que envolve o Flamengo. Com destaques para publicações organizadas ou escritas por nomes como: Edilberto Coutinho (Flamengo até morrer); Marcos de Castro (Flamengo é puro amor) e Ruy Castro (O Vermelho e o Negro). O acervo é imenso e não daria para citar todos neste espaço, no entanto, não posso deixar de fora a última publicação que vai fazer a nação correr às livrarias. Foi lançado, na última semana, o livro "Urubu", trazendo histórias e tirinhas do inesquecível cartunista Henrique de Souza Filho, mais conhecido por Henfil. Outro genial flamenguista que oficializou o famoso urubu (alter-ego do próprio artista), como a irreverente mascote do Flamengo.

Impressiona como esse clube está sempre nos envolvendo, seja no acompanhamento de uma partida que tanto pode ser fabulosa quanto estarrecedora, seja nas situações mais inusitadas do cotidiano. Certa vez estava lendo a revista Cult – conceituada publicação cultural do país – e eis que, para minha grata surpresa, deparei-me com um ensaio intitulado "Confissões de um flamenguista envergonhado". O que pareceu ser mais um texto criticando a desesperadora situação em que o time estava naquele momento, aos poucos foi se transformando numa deliciosa leitura. Puro deleite para quem é apaixonado pelo Mengo e pela boa literatura. Mais curioso que encontrar um texto sobre futebol na excelente Cult, foi perceber que o seu autor, apesar de ter um nome genuinamente lusitano, Manuel da Costa Pinto, não torcia pelo nosso rival de São Januário. Mais ainda, mesmo sendo um paulistano da gema, também não torcia por nenhum dos grandes ou pequenos times de São Paulo. Jornalista com vasta experiência em literatura, apesar de ainda jovem, e então editor daquela publicação cultural, o grande Manuel - que quando criança não era besta nem nada – de fato e direito escolheu ser Flamengo até morrer. Segundo ele, nas rodas de mesa quando o assunto caía no futebol, seus amigos estranhavam o fato de um paulistano torcer por um time carioca e, muito pior, pelo Flamengo! Diziam que é como ser brasileiro e torcer pela Argentina. "Uma heresia agravada pela rivalidade entre Rio e São Paulo".

Durante a sua hipnotizante narrativa, foi confessando que começou a acompanhar o Mais Querido na época em que Zico e Júnior levaram o time a conquistar todas as glórias possíveis. Só que de uns tempos para cá, por motivos óbvios, adotara "uma explicação mais poética para fazer a apologia metafísica do flamenguismo". O ponto alto do texto é quando o nobre jornalista compara o Galinho a Julien Sorel, personagem do livro "O Vermelho e o Negro" (título tomado emprestado por Ruy Castro), do escritor francês Stendhal, que para Manuel da Costa, teria sido "um flamenguista avant la lettre". Afirma ainda, com o ufanismo peculiar a todo rubro-negro, que "Zico foi o Julien Sorel do futebol. No rastro deixado pelo jovem herói do livro – que saiu da província para conquistar Paris – o galinho foi o plebeu subnutrido que saiu de Quintino para galgar os pedestais do futebol mundial". Golaço. Gol a la Leônidas, de bicicleta. Melhor, Obina de letra numa final de campeonato em cima do... bem, vocês já sabem. Deliciante!

Para encerrar, brindarei a todos nós com um poema que foi declamado pelo então octogenário argentino Agustin Valido, eterno herói do primeiro tricampeonato, para o especial da TVE exibido no ano do centenário: "Flamengo, se por querer-te tanto, te quero mais que a minha vida, que mais quero? Querer mais?". Símbolo de uma época em que os atletas honravam o Manto Sagrado a tal ponto que chegavam a jogar doentes, Valido tem imortalizado seu nome nas páginas da história do clube que amou durante toda a vida. E a coluna desta semana é especialmente em sua homenagem.

Aos atuais jogadores, dedico um trecho de uma canção do Chico – gênio brasileiro que por algumas dessas infelizes crueldades do destino, nasceu pó-de-arroz: apesar de vocês amanhã há de ser outro dia.

Na próxima semana: Uma paixão que também arde na arte – capítulo II – Flamengo bom de bola e de samba.

SRN e até lá!

quarta-feira, 13 de junho de 2007

O que dizer?

O Flamengo é garra, é vontade, é desejo de vencer. O Flamengo representa como nenhum outro o espírito brasileiro, a magia e os encantos dessa terra. o Flamengo sozinho é mais importante que muitos times juntos. Se fossemos traduzir em livros o Flamengo seria uma enorme enciclopédia enquanto alguns outros times seriam um livreto de bolso.

Flamengo sempre
Flamengo até morrer

O Flamengo não se discute, o Flamengo se ama.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Flamengo de 1995


Tudo bem que o Flamengo de 1995 não deixou muita saudade, mas a foto vale pelo registro histórico.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Flamengo em qualquer lugar


Em qualquer lugar que você imaginar, o Flamengo estará presente. Nesta foto um flagrante de um torcedor do Flamengo no meio da torcida do Boca Juniors.

domingo, 10 de junho de 2007

O Flamengo para mim...

O Flamengo é para mim o melhor momento de cada dia da minha vida!


Luiz Gustavo Levate – Muriaé/MG

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sábado, 9 de junho de 2007

Futsal do Flamengo em 2007

FUTSAL:

O Flamengo voltou a ter um time forte de Futsal na temporada 2007, após alguns anos sem equipes adultas. De todas as modalidades esportivas praticadas pelo Flamengo ao longo de sua história – foram mais de 50 – o Futsal foi o último a conquistar um título. Somente em 1998, que o uma geração quase toda ela formada na Gávea venceu o seu primeiro campeonato na categoria adulta: o Metropolitano – campeonato da cidade do Rio de Janeiro, que abriga também equipes de cidades mais próximas. Naquele ano, o Flamengo superou potências como o Tio Sam, o Iate Clube Jardim Guanabara e o Vasco da Gama. A dose foi repetida em 2003, quando o Flamengo novamente foi Campeão Metropolitano.

Em 2007, o Flamengo montou uma equipe adulta. Times tradicionais como Bangu e Vasco da Gama voltaram a montar equipes também. Doze times ao todo disputaram o campeonato. No Grupo A, o Flamengo ficou em segundo, atrás do Comary (Teresópolis) e na frente de América e Montanha. Vale ressaltar a garra rubro-negra que sofreu uma tentativa de roubo do América, que perdeu um jogador para o Fla e entrou no TJD atrás de pontos, pois o jogador do Fla estaria irregular. O Fla perdeu os pontos mas conseguiu super o Ameriquinha na classificação. Deve ser por estas e outras que o América está na situação em que se encontra.

No Grupo B, Vasco da Gama, Bangu e Piedade se classificaram e o Drogaria do Povo (Cabo Frio) foi eliminado. No C, Cabo Frio e Macaé Sports eliminaram o Iate Clube Jardim Guanabara e o Canto do Rio (Niterói).

Nas 4as de Final, o Fla humilhou o Vasco: 6-1 e 2-2. Mais uma vez o Vasco tremeu diante do rubro-negro. O Cabo Frio passou pelo América, o Comary pelo Piedade e o Macaé Sports pelo Bangu.

O novo time do Fla caiu nas semi-finais diante do campeão Cabo Frio: 3-5 e 1-2. O Comary eliminou o Macaé Sports. Na final, o Cabo Frio superou o Comary e se sagrou campeão.

Não importa que este Flamengo tenha perdido. O time montado às pressas foi longe. A diretoria entendeu a torcida, a tradição do Fla e o interesse da TV (a Record transmitiu a competição) e prometeu reforços. O Flamengo pretende disputar ainda em 2007 o Campeonato Estadual, título que ainda não conquistou. Em 2008, o planejamento prevê Copa Brasil, Liga Futsal, Campeonato Metropolitano e Campeonato Estadual. Haja emoção. Tomara mesmo que o Fla monte um super time.


Miguel Alvim Gonzalez

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sexta-feira, 8 de junho de 2007

O Flamengo das Graças

O Flamengo das Graças

Levei um susto quando vi o César, um ponta-de-lança do América, craque, entrar pela área e tocar no canto do Cantarele. Eu com 11 anos, não lembro bem a que altura do jogo foi o gol, naquele tempo o relógio do Maracá até tinha os minutos da partida, mas o susto foi realmente grande e eu instantaneamente me dediquei a sofrer pelo gol de empate.

Veio o intervalo e nada. O América mantinha sua tradição de asa-negra, num jogo que nem tinha lá muita importância para a tabela.

Mas qualquer jogo era importante, qualquer jogo do Flamengo para um garoto de 11 anos era e é importante. Porque não é apenas o jogo, não é apenas o número de títulos, não se trata de maneira nenhuma de uma competição de halterofilismo, em que ganha os maiores levantadores de peso em taças. A gente aprendia apenas que o Flamengo era um modo de ver a vida, em rubro-negro, com o espírito de antepassados de antes do big bang, a gente quando criança sabe que o Mengão é Cósmico desde sempre, não importando quem seja o presidente ou o roupeiro.

Por isto, tanto sofrimento naquele jogo de 1979, a gente já bicampeão, em busca do tri, mas líder na tabela. Eu e meu velho, saudoso pai, responsável pela Graça Eterna de me fazer Flamengo – eu deveria rezar todos os dias para ele agradecendo tal bênção.

Me lembro do cheiro de Maracanã, porque era um cheiro de adrenalina. Me lembro das roupas anos 70 do meu pai, a bermuda jeans, a camisa social meio larga, mostrando um pouco da barriga, as sandálias de couro conservadoras, o jeito de sentar nas arquibancadas. A mania de me levantar nos ombros após o gol, como se fosse ter replay, mas acredito que era para eu ter idéia do quão gigantesco é o Mengão, a torcida explodindo nas arquibancadas, as bandeiras, naquela época, os fogos.

Mas o jogo estava ruim naquele dia, Cláudio Adão perdendo gols, Zico muito marcado. Até que teve uma falta, creio que em cima do Adílio, em um ponto meio diagonal diante da área.

Eu peço uma pausa para explicar o que aconteceu em dezembro de 1978, poucos meses antes desse episódio contra o América: eu e meu pai não fomos ao jogo, meu irmão é que tinha ido e ficado atrás do gol, ali onde fica a Raça. Eu com 10 anos, meu pai teve certo temor de encarar um Flamengo x Vasco com 190 mil torcedores no Maraca. Ficamos então a ouvir o rádio, sofrendo com a atuação do ignóbil Leão, uma muralha contra nosso ataque formado por Zico, Cláudio Adão e Arilson, além do Marcinho, que acho que entrou no segundo tempo. Lá pelos 38 do segundo tempo, desligamos o rádio, inconformados. Minha expressão era de desapontamento absoluto – aos nove anos, tinha visto o Mengão perder nos pênaltis para o Bacalhau. A história parecia se repetir, o empate dava direito ao Vasco de disputar a final do estadual, pois levantariam o título do segundo turno.

Só que meu pai e eu decidimos religar o rádio, uns minutos depois. E pegamos o OOOOO de gol, acho que do Waldir Amaral, apesar de ser um OOOOOLLL tão longo que parecia o Jorge Curi. Respiramos fundo aguardando a vinheta para saber de que time tinha sido o gol e explodimos ao ouvir aquele “Flamengo”, da Rádio Globo.

São mágicas do futebol e do Flamengo: eu sei até hoje em que parte da casa meu velho estava pisando neste momento, e sei onde eu pisava, sei que passos demos para o abraço, e me lembro bem do grito de Rooooondinellli dado pelo locutor, ao fundo o som da massa gigantesca. Uma massa de Cristos, Davis, Exus, Alás, Jeovás, Oxossis, todas as religiões fundidas em uma só adoração, um só amor. Um Deus único e indivisível.

Como já me cansei de escrever, ou melhor, pelo jeito não cansei e continuo enchendo os outros com esta recordação, mas é isso: naquele momento, demos a partida para cinco anos inesquecíveis, até o título de 1983 e a partida do Zico. E como se estivesse a cantar com o Moraes Moreira, “e agora como é que eu fico/nas tardes de domingo/sem Zico no Maracanã”, meu velho resolveu partir desde mundo em janeiro de 1984, sem ver o Galinho com outra camisa, jamais. Aqueles cinco anos, no entanto, foram um presente divino.

Pois, voltando no tempo de novo, eu precisava desta pausa para explicar o que sentimos naquele Flamengo 1 x 1 América, quando Zico tocou na bola cobrando a falta, ela fez uma parábola e descaiu em um semideus já na horizontal, a camisa branca com a faixa no meio, o peixinho implacável, o gol de raça.

Gritamos juntos com a massa o “Rondineeli, Rondineellli!”, era o Deus da Raça fazendo um gol tão esperado, um dos gols mais importantes da minha vida. Vivemos aquele gol como se ainda tivéssemos acabado de ligar o rádio, na sala de nossa casa, na antesala de nossas almas. Não era o Vasco, era o América, mas só víamos, de qualquer maneira, em nossa frente, o Flamengo, onipresente, abstrato, rubro-negro, mas invisível. Sim, o Flamengo é como se fosse um colorido invisível, já que é uma força redentora da natureza.

Saímos do Maracanã com uma felicidade que jamais se repetiria. Não que não tivéssemos outras dezenas de alegrias nos anos seguintes, como já falei.

Mas naquele momento, era como se o Rondinelli tivesse feito aquilo por nós.

E assim é o Mengão Cósmico, é quase como se fosse Deus, fala para cada um de nós, e para todos ao mesmo tempo, com mensagens diferentes, mas um só amor. O Mengão é muito, mas muito mais que um clube, um time ou coisa assim. É Valido, Zizinho, Domingos da Guia, Dida, é o espírito do sangue derramado e da carne, é a oferenda e o oráculo ao mesmo tempo.

Só mesmo o Flamengo para fazer cinco anos jamais acabarem. Este Flamengo, tão eterno que sempre dura.


Gustavo de Almeida, Jornalista

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Flamengo até na lua


É isso aí galera, a torcida do Flamengo está presente até na lua, como prova essa foto :-)

A torcida do Flamengo é demais :-)

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Flamego de 1961


Mais uma foto histórica. O time de 1961. Alguém tem a escalação desse time do Flamengo?

terça-feira, 5 de junho de 2007

Clube mais popular

O Flamengo é o clube mais popular do Brasil,

e por isso mesmo chamado de o mais querido.

É uma verdadeira paixão nacional e uma religião.

O Flamengo também é apontado como a nação mais alegre,

pois junta gente de todo tipo: brancos, pretos, ricos, pobres.

“Os brasileiro nascem Flamengo, depois é que alguns degenerem”.

É o que costuma dizer o compositor João Nogueira.

A torcida do Flamengo é comprovadamente a maior do Brasil.

Sempre que o clube disputa partidas oficiais e amistosas fora

do Rio de Janeiro,

os estádios ficam lotados e a sua torcida é a mais vibrante.

Em 1942 Jaime de Almeida fundou a charanga rubro-negra, e a partir daí,

nunca mais faltou ritmo a mais alegre torcida do país.

O Flamengo é, também, respeitado no mundo inteiro

é sempre uma grande atração em qualquer país.

Na última pesquisa realizada recentemente verificou-se que

a torcida do Flamengo é composta

por 43,4 milhões de brasileiros.




segunda-feira, 4 de junho de 2007

A Nação é Maravilhosa


A Nação Rubro Negra, a torcida do Flamengo é maravilhosa. Essa foto mostra um pouco da alegria e da magia de ser Flamengo.

domingo, 3 de junho de 2007

Postal Antigo do Flamengo


Sempre procuramos resgatar um pouco da história do Flamengo em histórias, fotos e fatos. Esse Cartão Postal é da década de 30 e mostra que o Flamengo já era popular naquela época.

sábado, 2 de junho de 2007

Obina é melhor que Eto'o

Ao ser perguntado sobre o Flamengo, Eto´o se saiu com essa:

" O Flamengo é um time do qual eu gosto bastante há algum tempo. Tenho muita simpatia”.

Depois de Seedoorf e Roberto Baggio, outro astro internacional demonstra sua admiração pelo Flamengo.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

MOMENTO SUBLIME

MOMENTO SUBLIME

06 ou 07 de setembro de 1953. O menino de seis anos (completaria sete no mês seguinte), fora vestido com o uniforme do Botafogo, recém comprado por seu pai, torcedor do alvinegro. Prepara para ir, pela primeira vez, ao Maracanã. Jogo: FLAMENGO X Botafogo.

Consta que era muito grande a excitação do menino, que já vinha assistindo, em preto e branco, a jogos televisados pela TV TUPI, narrados por Ary Barroso, com sua gaitinha, e comentado por José Maria Scassa (ou seria Escassa?). A gaitinha e a irreverência do Ary haviam mexido com o jovem, que também já percebera o quanto o narrador famoso gostava de um time em especial, que usava camisa em listras horizontais.

Não consta que o menino se encontrasse confortável com aquele uniforme, de combinação de cores tão comum, bastante sem sal.

O pai, orgulhoso, o pega pelas mãos. Após beijar sua mãe, despede-se, imaginando o que, para ele, seria uma grande aventura.

Seguem, pai e filho, de mãos dadas. Tomam um ônibus e dirigem-se para o palco maior.

O coletivo aproxima-se do estádio. São poucas as pessoas com as camisas dos dois clubes, tanto dentro, quanto fora do ônibus. Alguns portam bandeirolas. Há mais vermelho e preta. Alguns estão em traje esporte e vários vestindo terno e gravata. Outros usavam até chapéu. Era tudo novo. Uma aventura mesmo. Um mundo desconhecido.

Enfim, entram no estádio e o menino extasia-se com a sua imensidão e com o barulho das torcidas. O jovem já pressentia que algo definitivo aconteceria naquele dia. Que jamais voltaria a ser o mesmo.

Desenrola-se o match, e o menino divide sua atenção entre o jogo e a apresentação das torcidas. Era algo fascinante.

Aos poucos, aquele pequeno ser humano passa a ter um desequilíbrio em sua atenção, pois passa a fitar mais a torcida do outro time, aquele que envergava uma camisa diferente da que ele estava usando, do que o jogo ou a torcida na qual se encontrava. Passou a perceber, mais fortemente, que havia algo por acontecer e a se sentir um estranho no meio de pessoas que torciam pelo time de camisa sem graça.

O pai procurava passar-lhe a dinâmica do jogo, especialmente em razão de seu (do pai, apenas do pai, já o sabia o jovem) time estar vencendo a partida.

O menino não conseguia apreender o que o pai dizia, pois sua atenção já havia passado a ser direcionada, primordialmente, para a torcida do outro time, que usava uma camisa linda, nas cores preta e vermelha. Mais tarde, veio a saber e compreender que não se tratava apenas de uma camisa, mas de um MANTO SAGRADO!

Final do jogo e o time de seu pai venceu por três a zero. O jovem não mostrou qualquer interesse pelo placar.

A certeza do pai é que teria conquistado mais um torcedor para suas hostes e estava radiante por isso. Afinal, com uma vitória daquelas ...!

Mas o rapazinho já percebera que algo não ia bem, pois apesar de seu pai se encontrar muito feliz, esta felicidade estava confinada à parcela menor de pessoas que se encontravam no estádio. Do outro lado estava uma multidão entristecida e ensurdecedoramente silenciosa. A multidão era vermelha e preta e isto mexia com o menino, que já fitava a camisa que usava, presente de seu pai, com desdém.

Voltam para casa, com o genitor alardeando as excelências dos atletas da camisa sem graça. Durante toda a viagem de volta, o menino viu-se bombardeado pelas explicações de como haviam acontecido os gols. O pai queria saber se percebera esta ou aquela jogada, este ou aquele drible.

- É. Vi. A alegria de seu pai o incomodava e o deixou monossilábico.

Chegam em casa e são recebidos pela mãe, que atendeu a campainha (não havia interfone; não precisava – bons tempos!!!).

O pai, orgulhoso e feliz, dirige-se ao menino e pede que diga a sua mãe o que estava sentindo, como fora a sua experiência, se queria continuar a ir aos jogos do time de seu pai, o vencedor incontestável daquele dia.

Um tanto ressabiado e com receio de desagradar ao velho, o menino vira-se para a mãe e diz: EU QUERO SER O OUTRO TIME. EU QUERO SER FLAMENGO!

- Mas como, interrompe o pai, não acreditando no que ouvira! Você não viu que o meu time é muito melhor, que ganhou fácil?

Seguem-se poucos segundos de silêncio e o menino volta a falar: EU QUERO SER FLAMENGO!

O pai, ainda que decepcionado, afaga a cabeça do filho e se afasta.

O menino vai para seu quarto, deita-se e vê passar, a sua frente e repetidamente, o filme do que acontecera naqueles momentos em que esteve no estádio.

Aquela torcida em vermelho e preto havia tingido a sua rotina de forma permanente. Só se lembrava e enxergava aquela torcida.

No dia seguinte, comprado o jornal, o pai mostra ao menino a manchete esportiva e lê a matéria sobre o jogo, com exaltação à atuação do time de camisa sem graça.

- O que você acha disso, filho?

- EU QUERO SE FLAMENGO, diz o jovem, resoluto.

Sai o pai para trabalhar e quando volta, ao anoitecer, traz um presente: O UNIFORME COMPLETO DO FLAMENGO!

O menino lança um grito estridente de plena felicidade! Quer vesti-lo naquele mesmo momento. A mãe o ajuda. O menino dorme trajando a mais confortável e linda roupa que já usou (e ainda usa) até hoje: O MANTO SAGRADO!

Hoje, aquele menino está prestes a completar 60 anos e sua retina continua a mesma, impregnada de vermelho e preto, cores estas que também colorem as retinas do casal de filhos daquele jovem.

O neto daquele pai, que já não mais se encontra entre nós, aos dezesseis anos, joga no juvenil do CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO!

Há fundadas notícias que seu avô é o mais novo velho torcedor do MAIOR DO MUNDO!

UMA VEZ FLAMENGO, SEMPRE FLAMENGO!

José Saba Filho