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sábado, 29 de setembro de 2007

O Flamengo em 1917

Arthur Friedenreich, o melhor jogador de futebol do Brasil no período do amadorismo, foi a grande atração do Flamengo na primeira partida internacional disputada pelo clube. Emprestado pelo Ypiranga, de São Paulo, integrou o time que enfrentou o Sportivo Barracas, da Argentina, no dia 10 de maio de 1917, no campo da rua Paysandu.

Na manhã do dia 5, o vapor Lequana, que trouxe a equipe de Buenos Aires, atracou no Cais Pharoux, na Praça Quinze. Uma pequena multidão presenciou o desembarque dos visitantes, sob salva de palmas. Afinal, também estavam previstos dois jogos contra a seleção Brasileira.
Chefiados pelos diretores Francisco Basurto e Manuel Frascara, eles seguiram para o Hotel Avenida. Acompanhava a delegação o jornalista Calisto Gardi, que conhecia como poucos as regras do football e por isso serviu de árbitro nos dois compromissos que a equipe realizou contra o Brasil. Contra o Flamengo, apitou Guilherme Wittte, do América.

O destaque do Barracas era o zagueiro Arturo Schiarretta, da Seleção Nacional. O médio Genaro Aller e o atacante Pedro Fiorito também despertavam curiosidade. Os Rubro-Negros começaram no ataque e só não marcaram logo graças a duas grandes defesas do goleiro Carlos Muttoni. Nos últimos minutos do primeiro tempo, Gustavo aproveitou cruzamento de Carregal para abrir o placar.

Os argentinos voltaram do intervalo mais articulados e empataram em cabeçada de Fiorito, completando escanteio cobrado por José Medina. A 5 minutos do final, Friedenreich ampliou o placar para o Flamengo com um heading, mas Witte anulou, alegando falta de Salema em Muttoni. O público manifestou-se, mas permaneceu 1 X 1.O Sportivo Barracas voltou a Buenos Aires após perder de 2 a 1 para a Seleção Brasileira, no dia 13 de maio.

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Rondinelli - O Deus da Raça


A Torcida do Flamengo sempre exigiu Raça dos seu tima. Não importa o quão limitado seja um jogador, ele pode cair no gosto da Nação Rubro Negra pelo fato de se entregar em campo e de respeitar a camisa. Ninguém encarnou tão bem a "Raça" do Flamengo quanto Rondinelli, por isso mesmo chamado de "Deus da Raça". Fica aqui nossa homenagem ao jogador, nessa foto que apesar de ser preto e branca, homenagei um herói rubro-negro.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

O Flamengo em 1916

O Flamengo era o bicampeão carioca, mas seu futebol entra 1916 ainda desautorizado a vestir o uniforme oficial do clube. Desde 1914, as camisas dos jogadores intercalam listas brancas entre as vermelhas e pretas, estas bem mais largas. A roupagem não tarda a ganhar o apelido de “cobra-coral”.

O pessoal do remo só começa a aceitar a mudança do uniforme do futebol quando estoura a I Guerra Mundial e as multidões começam a tomar as ruas do Rio de Janeiro para protestar contra a Alemanha, tida como “inimiga de todos os povos”.

As cores da bandeira da Alemanha de então eram semelhantes às da camisa “cobra-coral”. O Brasil, como se sabe, só romperia relações com aquele país em 10 de abril de 1917, depois Paraná, da Marinha Mercante, ter sido atingido por torpedos na costa francesa. Mas antes, muito antes que a popularidade do Flamengo pudesse ir por água abaixo, a diretoria rubro-negra, encabeçada pelo presidente, Raul Ferreira Serpa, consegue enfim convencer os remadores a permitir a utilização do uniforme oficial do clube no futebol.

A camisa cobra-coral, semelhante à “bandeira inimiga”, foi usada pela última vez na derrota de 4 a 2 para o Bangu, em 28 de maio de 1916. A camisa, que com algumas variações no desenho dura até hoje, estreou em 4 fr junho, na vitória de 3 a 1 sobre o São Bento – não o de Sorocaba, mas o de São Paulo, capital.

O Flamengo viveu uma tarde de festa, pois naquela data o clube também promovia a inauguração oficial do estádio da Rua Paysandu. Interessante destacar que o novo uniforme foi definitivamente aprovado na assembléia de 23 de dezembro de 1920.

Veja uma foto dessa época
http://flamengoeternamente.blogspot.com/2007/04/flamengo-de-1916.html
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quinta-feira, 27 de setembro de 2007

O Flamengo em 1915

Em 26 de abril de 1915, o Flamengo jogou pela primeira vez em sua história uma partida fora do Rio. Foi no campo do Velódromo, na cidade de São Paulo, contra o São Bento, campeão Paulista do ano anterior.

O Flamengo levou seus titulares, mas o adversário venceu por 1 X 0. Pudera. O padre Katon, professor no Ginásio São Bento e fundador do clube, reuniu jogadores de todas as equipes da capital que haviam estudado no colégio e acabou formando um verdadeiro scratch. A estrela do time era o centro-médio Sylvio Lagreca, herói da seleção brasileira que ganhou em 1914 a Copa Roca contra a Argentina, em Buenos Aires. “O team carioca não desenvolveu o jogo que esperávamos, devido, talvez, ao cansaço da viagem. O São Bento, embora vencedor, também não se conduziu com o esperado denodo, mas saiu vencedor”, registrou o Estado de S. Paulo.

Foi também no ano de 1915 que o Flamengo mostrou pela primeira vez a força de sua popularidade, em partida do Campeonato Carioca contra o Botafogo. De acordo com os jornais da época, cerca de 15.000 pessoas compareceram ao estádio alvinegro. “Quem hontem à tarde passasse pela Rua General Severiano e olhasse a numerosa onda de espectadores que, com uma união nunca vista, occupava literalmente as vastas dependências do ground, naturalmente não resistiria a curiosidade de apreciar as peripécias emocionantes que se desenrolavam na brilhante pugna”, destacou O Imparcial.

O Flamengo venceu por 2 X 1. “Um ensurdecedor interrégno de dez minutos, cheios de gritos nervosos, de apellos enérgicos aos players, de orações ruidosas, de applausos animados, coroou os momentos da disputa. O team vencedor usou de todo o seu entrainament, forçou mesmo a sua potência ao último grão, para sair melhor da lucta”, ressaltou o jornal O Paiz.


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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

O Flamengo em 1914

Em 1914, o Flamengo conquistou enfim seu primeiro título carioca. E começou a buscar integração com clubes de outros estados. No dia 17 de maio daquele ano, o rubro negro disputou o primeiro amistoso de sua existência contra a Associação Atlética Mackenzie College, de São Paulo, que é, segundo alguns historiadores, o primeiro clube fundado no Brasil para a prática do futebol, em 18 de agosto de 1898.

A partida representou um autênico acontecimento na vida carioca. A delegação paulista chegou ao Rio de trem, chefiada pelos diretores José Barbosa e Renato Dantas, e permaneceu hospedada no Hotel Avenida, o maior do Brasil à época, construído em 1908. os jogadores se dirigiram ao campo do Botafogo em automóveis de capotas arriadas, saudando os curiosos que paravam no caminho para observa-los. Quando chegaram à Rua General Severiano, o estádio estava completamente lotado. O futebol já despertava enorme curiosidade, embora muitos ainda confundissem suas regras, o que levou o jornal O Paiz a publicar uma série de matérias explicando as dezessete leis do jogo.

O juiz do amistos interestadual foi Cláudio Herval, representante do Paysandu. O Mackenzie alinhou Arrizabalaga, Orlando e Osny; Moura, Campos Mello e Zocchi; Bruno, Demósthenes, Bicudo, Renato e Godinho. Após receber passe perfeito de Campos Mello, Renato abriu o score para o time paulista. No final do primeiro tempo, Raul cruzou para Riemer, que cabeceou sem chance de defesa para o goleiro, estabelecendo 1 X 1. o Flamengo chegou a ficar em vantagem no começo da etapa complementar, quando o artilheiro Riemer voltou a marcar. Um penalty de Ângelo em Demósthenes, cobrado com categoria por Campos Mello no finalzinho do jogo, fixou o Placar em 2 X 2.

Mas o empate com os paulista, que na opinião geral possuíam equipes mais fortes que as do Rio, acabou sendo fundamental para que o Flamengo fosse apontado como favorito ao título carioca, conquistado em novembro daquele ano.



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terça-feira, 25 de setembro de 2007

O Flamengo em 1913

As primeiras cores da história do Flamengo foram azul e ouro. A substituição pelo vermelho e preto aconteceu por sugestão de Nestor de Barros, um dos fundadores do Clube, em assembléia realizada no dia 23 de novembro de 1896.

Há registros que mostram que a combinação de cores original era tida como de “gosto duvidoso”. Mas, na verdade, a nudança ocorreu por causa do alto preço que o clube estava pagando para importar os tecidos da Inglaterra e da facilidade com que o material desbotava quando exposto ao sol e à salinidade da Baía de Guanabara durante as competições náuticas.

A camisa de listras rubro-negras ganhou fama com as muitas conquistas do Flamengo no mar. Mas os remadores não deixaram que o futebol utilizasse o uniforme. Criticavam essencialmente “os saltinhos de bailarina”, que, segundo eles, a prática do novo esporte exigia. “Definitivamente, isso não é coisa para homem”, garantiam os mais radicais.

Assim, nos dois primeiros anos de história de seu futebol, o Flamengo disputou competições competições com camisas de quadrados vermelhos e pretos, logo apelidadas de “papagaio-de-vintém”, pois eram idênticas às pipas de empinar que se compravam pelo menor valor do réis, a moeda da época.

Houve quem tentasse sustentar o uniforme, como o tesoureiro Hugh Pullen, responsável pela importação do material, que destacava a “procedência e qualidade” do tecido. Mas derrotas absolutamente ondesperadas durante o ano de 1913 criaram o consenso de que as camisas eram de “mau agouro”. E as brincadeiras dos adversários reforçaram a tese de que o uniforme deveria ser extinto.

No dia de seu 18º aniversário, o Flamengo venceu o já campeão carioca América por 1 X 0, e o “papagaio-de-vintém” é abolido. Logo, os jogadores vestiriam a “cobra coral”. Mas essa é outra história.


Fonte
Almanaque do Flamengo
Roberto Assaf e Clóvis Martins

Acredito que o Almanaque não seja mais encontrado para a venda, mas quem encontrar, compre pois vale a pena. Simplesmente fantástico.


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segunda-feira, 24 de setembro de 2007

O Flamengo em 1912

O Flamengo em 1912

O Flamengo brilhou no primeiro ano de vida de seu time de futebol (Nota: Consta que o Futebol já era jogado pelo Flamengo, mas era praticado por remadores entre um treino e outro. O Futebol para valer só se iniciou em 1912 com um time propriamente dito). Goleou o Mangueira por 16 a 2 na estréia, obteve nove vitórias em treze jogos e chegou ao vice-campeonato carioca. A primeira derrota de sua história foi justamente na partida contra o campeão Paysandu, pelo placar de 2 X 1.

Foi no dia 9 de junho, no field do Fluminense. Harry Robinson fez 1 X 0, de cabeça, completando cruzamento de Monk. Amarante igualou no comecinho do segundo tempo. Alberto Borgeth, capitão rubro negro, sofreu luxação no braço direito e viu-se obrigado a deixar o gramado quando restavam 15 minutos para o final da partida. Com dez homens, o Flamengo recuou para garantir o empate, mas não resistiu à pressão. Sidney Pullen, com chute forte, marcou o gol da vitória do Paysandu, clube da colônia britânica no Rio. O time deles? Coggin, Ernest Pullen e Smart; MacIntyre, Tom Robinson e Wood; Monk, Sidney Pullen, Harry Robinson, Leslie Pullen e Martin.

O Jornal do Brasil fez a melhor análise da partida. “O Domingo amanhecido um tanto nublado melhorou à tarde, tornando-se belíssimo. O Rio sportivo aguardava com anciedade esse encontro. Vário commentários envolviam as probabilidade de victória e, em todas as opiniões, lá estava o mas..., synthese perfeita da dúvia existente. E o jogo foi magnificamente disputado e deixar-nos-ia melhor impressão se não tivéssemos observado que o team inglez recorreu à brutalidade, apezar de contar em seu seio profundo conhecedores do foot-ball”, disse.

Na opinião do jornal, o goleiro Baena foi o destaque do Flamengo. E o juiz Hugo Graham, representante do Bangu, “fez o possível para a imparcialidade”, embora por vezes tenha se mostrado “indeciso, sem saber o que fazer, depois de ter apitado”.

A derrota para o Paysandu acabou sendo determinante para a perda do título carioca, pois o time britânico conquistou o campeonato com apenas 2 pontos de vantagem sobre a equipe rubro-negra.

Fonte

Almanaque do Flamengo

Roberto Assaf e Clóvis Martins

Acredito que o Almanaque não seja mais encontrado para a venda, mas quem encontrar, compre pois vale a pena. Simplesmente fantástico.

Veja uma foto dessa época
http://flamengoeternamente.blogspot.com/2007/04/flamengo-de-1912.html

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domingo, 23 de setembro de 2007

Flamengo ano a ano

Galera, começaremos a publicar a história do Flamengo ano a ano. Os textos foram retirados do ótimo, maravilhoso, sensaciona Almanaque do Flamengo , de Roberto Assaf e Clóvis Martins. Acho que ele não está mais a venda, mas é incrível.

Aqui teremos um índice ano a ano e a cada dia atualizaremos. Clique no ano para ler os acontecimentos relativos a cada ano.

1912
1913
1914
1915
1916
1917
1918
1919
1920
1921

1922
1923
1924
1925
1926
1927
1928
1929

1930
1931
1932

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Flamengo e Vasco da Gama juntos

Nos acostumamos com a enorme rivalidade entre o Flamengo e o seu freguês, o Vasco da Gama, mas já aconteceu deles se unirem contra um adversário. E o adversário não teve chance.

Amistoso Internacional no Maracanã em 1955

No dia 12 de Dezembro de 1955 um amistoso bem diferente foi disputado no estádio Mário Filho,um combinado Flamengo-Vasco enfrentou um combinado Racing-Independiente da Argentina.Confira a ficha da partida:
COMBINADO FLA-VASCO 3 X 1 COMBINADO RACING-INDEPENDIENTE
DATA:12/12/1955


LOCAL:MARACANÃ-RIO DE JANEIRO
GOLS:Paulinho,Dida e Párodi,comb. Fla-Vas


Micheli,comb.Racing-Indep.
EQUIPES
FLAMENGO-VASCO
Hélio;Paulinho e Pavão;Jadir,Dequinha e Jordan;Joel,Paulinho.Dida(Ademir),(Vavá),Pinga e Párodi.
RACING-INDEPENDIENTE
Dominguez;Anido e Garcia Perez;De Vicente,Cap e Sibo(Britos);Micheli,Juarez(Blanco),Bonelli,Grito e Cruz.


http://blog.soccerlogos.com.br/2007/07/01/amistoso-internacional-no-maracana-em-1955/

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Flamengo e Botafogo em Buenos Aires!!!

Flamengo e Botafogo em Buenos Aires!!!

Antes de jogarem em Milão na Italia,os dois clubes cariocas já se enfrentaram na Argentina,acredite se quiser em um torneio,confira a ficha

FLAMENGO 3X0 BOTAFOGO
DATA:28/03/1953

LOCAL:BUENOS AIRES,ARGENTINA
GOLS:Rubens(2) e Joel,para o Flamengo
EQUIPES
FLAMENGO
Garcia;Leone e Pavão;Jadir,Dequinha e Marinho;Joel,Rubens,Adãozinho,Indio e Esquerdinha
BOTAFOGO
Gilson;Gerson(Tomé) e Floriano;Arati,Bob e Juvenal;Braguinha,Geninho,Dino,Zezinho e Jaime(Vinicius).

http://blog.soccerlogos.com.br/2007/07/10/flamengo-e-botafogo-em-buenos-aires/

Por que Flamengo?

Galera, pesquisando na internet encontrei essa tese de Doutorado que tenta explicar a popularidade do Flamengo. É longa mas vale a leitura. Parabéns à autora pelo trabalho.



Vale a pena baixar a versão integral no link do Final para ler a tese toda.



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Por que Flamengo?(Tesis de Doutorado)

Departamento de Educação Física.Universidade Federal de Viçosa. (Brasil)
Dra. Marizabel Kowalski belkowalski@ufv.br



Resumo
"Por que Flamengo?" é um estudo construído ao redor de uma questão simples: como se fez a popularidade do Flamengo. A história do clube, como de tantas outras instituições esportivas no Brasil, suas conquistas e ídolos (estatística e quantitativamente) não foram suficientes para explicar a grande torcida estadual e nacional do time de futebol do Clube de Regatas do Flamengo. Entretanto, o futebol, como constituinte de propriedades e fatos, pode vir a justificar a relação entre o modo de vida do povo brasileiro e a força popular de massa em contornos especiais: no registro e na compreensão da forma pela qual a sociedade constrói as instâncias formadoras de hábitos, crenças, paixões, condutas e, sobretudo, sua auto-imagem. Na compreensão do fenômeno esportivo recriado pela imprensa, pela literatura, destacado nas músicas e poemas, elaborado nas pinturas, charges e caricaturas; inserido e integrado à estrutura social da comunidade carioca e à cultura popular do futebol no país, o Clube de Regatas do Flamengo é a atmosfera das formas de uma sociedade que está ligada a uma tradição inventada - o Flamengo. Fizemos das referências literárias fontes de pesquisa a serem exploradas: nas suas manifestações de adesão, no apego, na dedicação, na coesão e pertencimento ao clube; componentes cívicos, identidades sociais importantes, valores culturais profundos e gostos individuais singulares, partes relevantes para as inter-relações da circularidade cultural do país em torno do futebol; "elos" que sustentam o entendimento da explicação da popularidade do Flamengo como tradição inventada por jornalistas, cronistas, músicos, carnavalescos, poetas e literatos, formando parte da tradição da cidade do Rio de Janeiro e de uma preferência nacional. Unitermos: Flamengo. Futebol. Popularidade.





Abstract
"Why Flamengo?" is a paper built around a simple matter: how Flamengo was made so popular. The club history, its victories and idols (statistically and quantitatively) were not enough to explain the great size of its crowd, in the national as well as in the regional realm. Soccer, however, as part of the aspects and facts, may justify the relationship of the Brazilian way of life and the popular power of the masses. This is a done in the records, as well as, in the understanding of how society builds treaties of habit making, beliefs, passions, and beyond everything, its self-image. Considering the understanding of the sports phenomenon, it is rebuild by the media, the literature, and put in emphasis in songs, poems, paintings, and comic stripes. Clube de Regatas do Flamengo is integrated and inserted in the social community of Rio de Janeiro's folks and to the soccer culture of the Brazilian nation. This soccer club represents the atmosphere of how a society is linked to a created tradition: Flamengo itself. We made some literary references of the research sources to be explored. These are found in the acts of joining, in the obvious attachment and in the close bonded feeling of belonging, related to this team. Some civic components important, social identities, deep cultural values and individual preferences are all relevant parts of the inter-relation of the cultural circle of this country that surrounds soccer itself. Some links that provide support for the understanding of Flamengo's great popularity, as a made up tradition, created by journalist, sports writers, and poets. They all take part in the tradition of city of Rio de Janeiro and of a national preference. Keywords: Flamengo. Soccer. Popular.



http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 12 - N° 107 - Abril de 2007
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Introdução
"Por que Flamengo?" é um estudo construído ao redor de uma questão simples: como se fez a popularidade do Flamengo. A história do clube, como de tantas outras instituições esportivas no Brasil, suas conquistas e ídolos (estatística e quantitativamente) não foram suficientes para explicar a grande torcida estadual e nacional do time de futebol do Clube de Regatas do Flamengo. Temos como hipótese central que os elementos discorridos pelos literatos em alusão ao Flamengo estão impregnados, em toda a sua diversidade, de unidade popular; eles desmistificam as bases de concepção de mundo que eles próprios fazem recuar para o passado e, ao mesmo tempo em que regurgitam de alusões e ecos da atualidade política, ideológica e nacionalista, tradicionais e profundamente populares, criam em torno do clube um ambiente importante de fatores de formação estilística, uma imagem alegre, ousada, licenciosa e franca. Esses gêneros literários preparam a atmosfera das formas e imagens de uma sociedade que está ligada ao futebol, mas especificamente faz do time de futebol do Clube de Regatas do Flamengo um acontecimento da tradição inventada - o Flamengo.

Parte I . O que não explica o Flamengo

Capítulo I. O Desempenho do clube
Enfoca o levantamento estatístico, da representatividade do Clube de Regatas do Flamengo diante de eventos estadual, nacional e internacional. Foram considerados relevantes para a atual análise os seguintes fatos: Copas do Mundo (1930 - 1994), Campeonato Mundial de Clubes, Mercosul, CONMEBOL, Campeonato Brasileiro, Campeonato Estadual do Rio de Janeiro e outros de devida importância. O objetivo central é a confirmação de que os títulos conquistados pelo Flamengo, apesar de expressivos, não justificam a popularidade do clube. De acordo com os dados da Folha de S. Paulo, Revista Placar e Rede Globo, o Flamengo possui a maior torcida do Estado do Rio de Janeiro e também a mais expressiva em nível nacional. Esses meios destacam o Flamengo como o Clube preferido por 46% da torcida carioca, seguido do Vasco com 23%, Botafogo com 17% e o Fluminense com 13%. Para o Brasil, os percentuais são de 37% para o Flamengo, o Corinthians aparece com 21% e 14% para o São Paulo. A hipótese deste capítulo é se a expressiva popularidade do clube poderia ou não estar relacionada com o melhor desempenho, medido pela quantidade de títulos conquistados pelo Flamengo ao longo de sua atuação. Assim, o primeiro passo foi a análise comparativa entre desempenho e popularidade.
O Palmeiras e o São Paulo são, no presente, os clubes com o mesmo número ou mais conquistas, nem por isso mais populares do que o Corinthians, que permaneceu mais de vinte anos sem título no Campeonato Brasileiro e possui a segunda maior torcida do país. Também não se explica a questão do São Paulo, cuja regularidade expressa a história de um clube tradicional e forte perante o público. Enfim, a popularidade do Flamengo também não se explica pelas conquistas e títulos. Reafirmamos que o Flamengo possui a maior torcida do Rio de Janeiro e do Brasil e também é responsável pela maior freqüência de público nos estádios. Está à frente nas conquistas dos títulos brasileiros, porém perde para o Fluminense em número de conquistas estaduais. Entretanto, dois destes dados distanciam-se significativamente dos demais: o percentual de público nos jogos do Flamengo. Cada vez que o Flamengo entra em campo, este é responsável pelo aumento da média de público, quer em preliminares, quer em turnos, classificação e obviamente nas decisões.

Capítulo II. A rivalidade dos clubes frente ao Flamengo
A hipótese apresentada aqui é que as rivalidades dos clubes cariocas, construídas por estas narrativas, juntamente com o enaltecimento de proezas esportivas, não parecem explicar a popularidade do Flamengo diante do Fluminense, Vasco e Botafogo. Estes seriam igualmente merecedores da popularidade destinada ao Flamengo pelo contexto histórico e na mediação dos resultados. Assim, citamos três pontos de enfoque: Flamengo e Fluminense, Flamengo e Vasco e Flamengo e Botafogo.

Flamengo e Fluminense construíram juntos um dos períodos mais ricos do futebol carioca e marcaram a história do futebol brasileiro, no entanto, o Flamengo se tornou mais popular que o Fluminense, ambos percorrendo o mesmo caminho. Por que o Flamengo e não o Fluminense ou o Vasco?

Flamengo e Vasco

ESTATÍSTICAS ENTRE FLAMENGO E VASCO-
Período: 1923 a 1999
TÍTULOS ESTADUAIS: FLAMENGO - 26, VASCO - 21
JOGOS: 300 VITÓRIAS DO FLAMENGO: 114 VITÓRIAS DO VASCO: 104 EMPATES: 82 GOLS DO FLAMENGO: 419 GOLS DO VASCO: 406


Flamengo e Botafogo
O Botafogo é o terceiro em conquistas de títulos e, na comparação dos confrontos com o Flamengo, fica com a percentagem equivalente a 28% das vitórias contra 42% do Flamengo e 25% de empates. Entretanto, muda de figura com relação aos ídolos e ao número de jogadores e gols em Copas do Mundo. É o clube que mais se destaca em ídolos e craques através da história do futebol no Brasil. O Botafogo, além de fornecer jogadores para a Seleção Brasileira para as Copas do Mundo entre 1930 e 1994, num total de quarenta e quatro em todos os tempos, também forneceu setecentas e vinte e oito pessoas ao selecionado brasileiro, desde assistentes, dirigentes técnicos das mais diversas funções, nas mais distintas participações do Brasil, em vários encontros esportivos do futebol internacional. Possui um elenco de craques e ídolos, nada menos que Garrincha, Amarildo, Zagalo, Jairzinho, Perácio, Nilton Santos, Rildo, Josimar, todos encontrados entre os artilheiros das Copas do Mundo.
O Botafogo é seguido pelo Vasco, clube que vem com Leônidas, Ademir, Alfredo, Maneca, Pinga, Roberto Dinamite, Dirceu, Edmundo e Romário, vindo do Flamengo. Ainda citamos o Fluminense com Preguinho, Romeu, Didi e Branco. Já o Flamengo apresenta Moderato, Júnior e Zico, mais tarde Sócrates (vindo do Corinthians / SP) que traz Baltazar e Rivelino, Romário que retorna ao clube de origem, o Vasco. Outra parte dos ídolos divide-se pelo São Paulo (SP) com Gerson, Oscar, Serginho e Careca, o Santos com Pelé, Zito, Clodoaldo e Carlos Alberto. Quanto ao Palmeiras com Chico, Jair, Vavá, Mazola, e outros na Portuguesa de São Paulo, como Julinho e Djalma Santos; o Bangú e o São Cristóvão, entre os anos 30 e 50, destacam-se com alguns craques. E mesmo assim, o Botafogo é o terceiro na preferência do torcedor carioca. Os clubes caracterizam a rivalidade com o Flamengo de maneira singular: competitivamente, numa busca simultânea de uma vantagem, uma vitória, um prêmio emulativo. Entretanto, a popularidade do Flamengo pertence por direito de contigüidade aos torcedores e, no nosso entendimento, a "rivalidade" entre os clubes cariocas colaborou e colabora para isso.

Capítulo III. Concessão patrimonial na era Vargas
Evocamos que as doações e favores aos clubes esportivos tornaram-se comuns em muitos governos. Doações e favores concedidos aos clubes, a níveis local e nacional, tornaram-se comuns no Brasil em alguns governos. Na década de 1930 foi doado ao Clube de Regatas do Flamengo, o terreno da Gávea para a construção de sua sede. O Presidente Dutra doou um terreno no centro do Rio de Janeiro, onde anos depois, no início da década de 1950, o Presidente Vargas concedeu um empréstimo ao clube, a fim de que pudesse construir um prédio de vinte e quatro andares, com vista para a baía. O Fluminense, no incentivo à política e ao esporte, em suas várias comemorações e inaugurações no interior do clube (reformas, ginásios e piscinas), fazia alusão à presença de políticos, senão em discursos fervorosos, instigados pelas situações políticas de distintas épocas da efusão do esporte; desde Coelho Neto, descrito e criticado por Lima Barreto, nas palavras pejorativas a uma "regressão à barbárie", e principalmente nos anos em que os Fla-Flus dominaram a cena futebolística do Rio de Janeiro e do país. (História do Clube de Regatas do Fluminense, 1997). A luxuosa sede do Botafogo de Regatas - projeto de Bahiana & Fortes, conhecido como "Palacete Mourisco" - teve sua pedra fundamental lançada em 1º de julho de 1919, e inaugurado em 15 de agosto de 1920, com a presença do Príncipe Aimone de Savóia, da Croácia. Destacou-se a presença dos políticos como: Paulo Azeredo, Anselmo Mascarenhas, Emannuel Sodré, Oscar Niemeyer, Flávio Ramos, Raimundo Ferreira Silva, Arthur César de Andrade, Augusto Paranhos Fontennele, Miguel Rafael de Pino, Jucelino Kubitchek, Guilherme Arinos e César Maia (Botafogo: O Glorioso, 1996).
Arthur Bernardes, presidente da República entre 1922 e 1926, sanciona decretos em 16 de agosto de 1926, doando os terrenos de General Severiano ao Clube do Botafogo, localizado em várias sedes, em áreas que passaria o crescimento da cidade, foi levado a ceder seus espaços a construções metropolitanas em 1938 e 1954. Em 1954, com o projeto arquitetado por Oscar Niemeyer e doado ao clube, é remodelado e o "Palácio Pasteur" cede mais algumas áreas para abranger todo o plano estrutural esportivo. Mais tarde, em 1970, perde os terrenos, mas não as áreas construídas em General Severiano, que estavam abandonadas. Em 1993, retorna a esta antiga sede, novamente com área doada pelo governo estadual, onde é edificado um dos mais modernos complexos esportivos, com a necessidade de mais áreas para abranger todo o projeto, sendo estas doadas na primeira gestão do prefeito do Rio de Janeiro, César Maia. A sua inauguração, em 08 de fevereiro de 1993, contou com a presença de João Havelange.
O Vasco da Gama inaugura seu Estádio em São Januário em 1927, trazendo para a celebração não menos que o presidente da República, Washington Luís, Ministros de Estado e o presidente da CBD, Oscar Costa. O propósito era homenagear as personalidades pelas suas contribuições ao clube e ao esporte brasileiro, que estavam iniciando em outros moldes: natação com piscinas térmicas e cobertas, ginásios, pistas, terrenos para campos de modalidades, quadras abertas, estrutura para a parte social, etc., realizadas no decorrer dos anos. (Anuário Estatístico do Clube de Regatas do Vasco da Gama, 1998 e ASSAF & MARTINS, 1999).
A relação entre a identidade nacional e a cultura mostra que a nação é o contexto sócio-histórico dentro do qual o futebol se encaixa, salientando que o investimento emocional dos indivíduos nos elementos do contexto esportivo possui como fator fundamental a manutenção de símbolos.

Parte II. Flamengo: uma questão sociológica e histórica
O objetivo aqui é o mapeamento da polarização que se estabeleceu no mundo esportivo, na construção amadora do futebol brasileiro, na passagem do século XIX para o século XX. A hipótese é que a conformação de uma cultura de massa no início do século XX redefiniu o sentido e a lógica de estruturação do esporte contemporâneo, com ênfase na mercantilização do esporte-espetáculo, em detrimento de uma versão romântica. Entretanto, ambas as concepções parecem congruentes: o esporte desencadeia uma paixão coletiva no povo brasileiro e o futebol, concorrendo à modernização através da profissionalização, não descaracterizou o teor romântico popular da modalidade - o pensar, agir e torcer na condição de pertencimento ao grupo.

Capítulo I. A construção histórica do Flamengo
Uma saga romântica na fundação do Grupo de Regatas do Flamengo - a boemia, a aventura, os tons de uma tragédia marcam as origens do clube. O Flamengo de heróis e malandros está também carregado pela tradição de um bairro da cidade do Rio de Janeiro entre histórias e lendas do povo carioca, entre a "casa do branco" e o "clamor", o "grito", os quais viriam marcar a história do clube nas mais expressivas alusões.
Os ideais nacionalistas na data de sua fundação no dia 15 de novembro, os nomes indígenas dos barcos, não mais estrangeiros, não mais mitológicos; bem brasileiros, retirados das obras literárias de Tomás Antonio Gonzaga, da ópera "O Guarani" de Carlos Gomes, passando por Gonçalves Dias, José de Alencar aos relatórios das expedições de Cândido Rondon, tornando-se barcos inspiradores junto com seus remadores, personalizados nos poemas de Olavo Bilac, a ode à "Salamina". Esta época é marcada pela adesão do futebol pelo clube em 1903, cuja participação em campeonatos aconteceu somente em 1912. É neste teor romântico que se constrói a história do Flamengo, entre o remo e o futebol, que a partir da década de 1920, com o profissionalismo esportivo, continua a ser o "clube mais querido" do Rio de Janeiro, onde os rapazes do Flamengo faziam ainda questão de manter o ar moleque, alegre das festas da República da "Paz e Amor". As comemorações carnavalescas com reco-recos, cujo alvo preferido de suas arruaças e brincadeiras de "garajadas" era o Clube Vasco da Gama, adjetivamente "portugueses". Do campo improvisado da Praia do Russel, o terreno do Paissandu, o aluguel do Fluminense.

Capítulo II. Flamengo e o novo sonho: viver do futebol
Com a estruturação política, social econômica e do regime trabalhista da era Vargas ocorreram mudanças gerais na sociedade brasileira e uma nova administração surgiu para o esporte.
Flamengo: Amador + Profissional + Popular + ISMO
No caso do Flamengo, a relutância partiu do presidente do clube. Os jogadores recebiam os "bichos" e presentes dos sócios para jogar, mas estes também estavam dispostos a assumir salários. O presidente do Flamengo e da AMEA, Rivadávia Meyer, colocou-se como forte defensor do amadorismo, não admitindo o direito e o desejo dos jogadores se profissionalizarem. Certa ocasião, Meyer reagiria violentamente, ao ser entrevistado pelo jornal Diário Carioca, em 26 de janeiro de 1932, um ano antes de ser decretado oficialmente o profissionalismo no futebol, expressando sua ira:
Eu considero o jogador que quer se profissionalizar como um gigolô que explora a prostituta. O clube lhe dá todo o material necessário para jogar e se divertir com a pelota e ainda quer dinheiro? Isso eu não permitirei no Flamengo, o profissionalismo avilta o homem. (Diário Carioca, 26.01.1932).
O futebol que ultrapassa a simbiose dos ISMOS
O ponto culminante da popularidade do futebol é enfocado como a alegria e a tristeza da Copa de 1950, no Rio de Janeiro, no destoamento entre a comoção de crédito antecipado à derrota de 16 de julho. Onde na construção do maior estádio do mundo para o Brasil brilhar, teve o Flamengo como foco primordial.
Política, religiosidade e futebol
O futebol voltou a ser a alegria do brasileiro uma semana após a derrota, destacando a ênfase dada ao futebol e à concepção de uma época marcada pela "Simbiose dos ISMOS", romantismo, populismo, profissionalismo, civismo, patriotismo e flamenguismo.

Parte III. A invenção popular do Flamengo
O futebol do Clube de Regatas do Flamengo, dos literatos (jornalistas, cronistas, músicos, poetas, desenhistas, pintores e fotógrafos) e da expressão pública, se fez referência de uma cidade já caracterizada pela alegria do seu carnaval sendo inventado como uma tradição - o Flamengo.

Capítulo I. A expressão artística do Flamengo: Flamengo das caricaturas, Flamengo das fotografias e Flamengo das pinturas
Artistas plásticos, fotógrafos e desenhistas inspirados pela repercussão do futebol do clube pintaram o Flamengo. As caricaturas de Henfil e o "Urubu" enaltecem o cotidiano do clube, da cidade e do país, que pelas charges tem-se a visão de uma época elaborada na mais dura das críticas, ou seja, quando é "cômica". As fotografias mostram nos flashes surrealistas, instantes marcantes dentro e fora do estádio. Colaboram para a popularidade do Flamengo também as pinturas, telas que apreendem os momentos da emoção subjetiva do artista, seus sentimentos e apego ao clube.

Flamengo das caricaturas
Antes dos livros, filmes e do sucesso nacional da Graúna e de sua turma politizada, Henfil já era famoso entre os leitores do Jornal dos Sports com um grupo de divertidos personagens, liderados por um alucinado torcedor rubro-negro - o Urubu. Entre os personagens estão o Bacalhau (naturalmente, torcedor do Vasco da Gama), o Pó-de-Arroz (Fluminense), o Cri-Cri (Botafogo) e o Pó-de-Souza (um papagaio que tinha como principal diversão jogar penicos cheios na cabeça de seus desafetos). Através deles, Henfil retratava e criticava o futebol brasileiro dos cartolas, dirigentes esportivos e juízes como principais alvos. Expressões como "sacanagem", "baralho", "top-top", "putzgrila", "cacilda", "qiuspa", "cambuda de feladapata" e outras consagradas eram comuns no vocabulário não só dos torcedores do clube, mas também do cotidiano carioca. Outras como "Não me acordem!!!", onde o urubu aparece de olhos fechados, sorriso escancarado na boca, no final da década de 1970 e no início da de 1980, era mais que uma charge. Representava fielmente um estado de espírito do autor com relação ao Flamengo daquele tempo.
Henfil traduziu o sentimento da torcida nas charges e utilizou-as não somente para gozações ou críticas, mas também para campanhas como "Não à Violência", "Mulheres na Torcida", "Leve sua Bandeira", mostrando o retrato de uma época específica do futebol do Clube de Regatas do Flamengo, compondo também uma visão singular que o artista tinha do país do futebol.

Flamengo das fotografias
As imagens fotográficas do Flamengo são eminentemente surrealistas; encontra-se nelas a ressonância do envolvimento emocional e da comoção da cena fotografada, transformando-se numa questão interna que vai depender das experiências e vivências culturais, sociais e psicológicas de cada observador, sem permanecer atrelada a um conceito externo e absoluto. Segundo NIETZSCHE, "o que vale é o embalo que desperta a paixão, o ardor, a flama, a vontade de viver", que através de Zaratustra nada mais pretende do que remeter a nossa criatividade por meio das manifestações espontâneas (1998, p. 34).

Flamengo das pinturas
A "tela" como obra de cultura, expõe o sentimento através das mãos do artista que acredita expressar, pela forma, o que o pensamento extraiu do momento de emoção. Sua subjetividade está no pintar o pensar, está no agir, no fazer, no expressar o som do tom da coisa. A cor não é a mesma, une, não separa, está lá e colabora, não é opaca, é a sensibilidade. Sente e consente. A importância da arte do Flamengo é uma construção que se apóia nos valores emocionais: alegria, tristeza, caos, paixão, alienação, compulsão), expressada por lembranças - lugares, coisas, pessoas e emoções - sentimentos de identificação de bons e maus momentos, fantasias, sonhos e realidade compõem a memória de um clube, fazendo-se tradição.

Capítulo II. Flamengo como referencial musical
A partir deste capítulo, fazemos o mapeamento dos referenciais discursivos que participaram ativamente da construção da popularidade do Flamengo. Temos como hipótese que o referencial literário (jornalístico, artístico, poético, musical, etc.) contribuiu para a construção da identidade do Flamengo com valores populares. Na análise dos discursos notamos que há literatos que formam parte de um clube, assim como outras categorias sociais. Aceitamos que estamos diante de um processo circular: o esporte e, especialmente, o futebol tornou-se fonte de inspiração e suas materializações, por sua vez, contribuem para a criação de um fenômeno, desde simpatias até a força de um magnetismo.
O material literário cria vínculos com o futebol, não raro, atribuindo-se a expressão dos sentimentos de uma sociedade. Adjetivos como "nação" e "estado de alma", versos e reversos de glórias e derrotas expressam os sentimentos populares e confluem para a criação da "paixão nacional". O brasileiro torna-se um ser do futebol. Mais ser ainda quando visto na doença, na crítica, na inveja, na idolatria, no sofrimento. Desde Olavo Bilac a Vinícius de Morais o futebol, como linguagem, é motivo de paixão e de arte.
Flamengo e as canções populares
Na comparação das canções do Flamengo, a simbologia reveste as práticas de linguagem. A entoação do canto é legitimada por gestos, gritos, invocações, formas de cumprimentos, tons de voz e utilização de adereços (bandeiras, flâmulas, camisas coloridas) ressaltando, obviamente, o nome do clube.
O pólo do discurso do Flamengo também é um eixo subjetivo, que não pode deixar de ser o "desejo": "É meu maior prazer...", um formidável senso egoísta seguido de uma multiplicidade indefinida de termos fáticos, onde os números repetidos das ocorrências gramaticais operam um simulacro, compartilham com a polarização binária em que se pontuam opostos: o prazer e o desprazer (Freud), o prazer e a dor (Epicuro e Lucrécio), a alegria e a tristeza (Spinoza), a felicidade e a infelicidade (Diderot) (BODEI, 1995, p.198-202) e a "sedução" de BAUDRILLARD ao afirmar
(...) que a vertigem da sedução, assim como qualquer paixão, reside antes de tudo na predestinação. Somente ela confere essa qualidade fatal que está no fundo do prazer - essa espécie de tirada espirituosa que liga antecipadamente qualquer movimento da alma ao seu destino e a sua morte (2000, p.127).
Na utilização das imagens que as canções apresentaram, não tratamos aqui apenas do enfoque de um jogo esportivo, mas de uma demonstração que situa o futebol como uma das mais importantes manifestações da maneira de ser brasileiro, tal como se mostra no conjunto da nossa cultura: no romance e nas músicas, mais precisamente na poética das canções. Da cultura de massa à erudição acadêmica, na articulação deste esporte nos três níveis: no erudito, popular e de massa, passamos aos carnavalescos e poetas que contribuíram para a invenção popular do Flamengo.

Capitulo III. Dos Carnavalescos aos Poetas.
Sambas e músicas que animaram as festas no interior do clube e tomaram parte do carnaval tradicional da cidade do Rio de Janeiro. Neste tópico passamos aos Meus Versos...São Versos Teus...Flamengo aonde homens e mulheres poetaram o clube e seus heróis com seus enredos oníricos e rimas, colaborando para a sua popularidade.

O Carnaval do Flamengo: paixão e diversão
Trabalhamos com a hipótese de que o Flamengo começa a ser reconhecido, como parte da tradição local e nacional, a partir do momento em que passa a ser referência de um evento do mesmo nível no eixo das músicas do carnaval. Enquanto as canções estavam somente destinadas a enaltecer o clube, permanecia num território restrito de simpatizantes, ativistas e torcedores. Como enredo do carnaval mudam-se as perspectivas e o clube torna-se público e parte da tradição carioca e do carnaval como tradição nacional.
Das serestas e noitadas do início do século XX, dos reco-recos estrondeantes da garagem, das estúrdias da república "Paz e Amor", à turbulência do Café Rio Branco, das torcidas ululantes da beira da Lagoa à imensa torcida no Maracanã, o Flamengo é tema para os carnavalescos que, através de suas canções, exprimem também nas melodias suas desditas e gozações sobre as derrotas do clube que os versos de exaltação e a legenda "Tua Glória é lutar" ou "Uma vez Flamengo, sempre Flamengo" reafirmam a paixão pelo clube com compromisso e fidelidade: até morrer, na vitória e na derrota, sempre...
Para ALENCAR, "o hino do clube tornou-se uma das marchas carnavalescas preferidas pelos torcedores" acrescentando que (...) de qualquer forma o carnaval do Flamengo tem suas tradições. E uma delas eram os animados banhos de mar à fantasia que se realizavam no local fronteiro à sede 66/68, antigo 22, com extraordinária concorrência. Vinha gente dos bairros e subúrbios. Possuíam blocos como: "Eu Sozinho", "Tenentes do Diabo", "Uma Vez Flamengo, Sempre Flamengo", "Piranhas e Flamengos de Verdade", "Guarda Rubro-Negra" e outros tantos, animavam e disseminavam o hino do clube, mais tocado e ouvido em todos os carnavais do Rio, no Municipal e Brás de Pina. (1970, p.207-8).
Emoção, paixão e drama são termos comumente básicos na voz dos literatos, concebidos e corretamente utilizados socialmente através dos quais pode ser reconstruída a história de uma época. A ilustração pode ser dada pela evolução dos versos e prosas sobre o Flamengo. Os romancistas chegam a descrever figuras que se tornam cada vez mais tipos: o Malandro, o Pobre, o Burguês, o Cartola, o Negro, o Forte, o Fraco e o Oprimido, uma estátua - o Peladinho, Deus o santo, e o jogador o herói, são ilustrados e constituídos segundo uma lei formal que não está limitada a um caso único. Encontra-se nas palavras a evolução do corolário iconográfico que vai da cultura à tradição jornalística (como veremos mais adiante), passando por afinidades eletivas, onde progressivamente se libertam figuras supra-singulares que não estão mais limitadas a uma história particular ou a uma época precisa, mas podem servir de modelos e tornam-se ideais tipos transcendentes, nos quais cada um poderá se reconhecer.

Capítulo IV. Flamengo das crônicas e da literatura. A expressão pública e a invenção da tradição do Flamengo
Como expressão pública, encontramos um Flamengo reverenciado por religiosos, escritores, cronistas, jornalistas e políticos, cujas consagrações são relatadas de várias formas; desde devotadas e fervorosas evocações, simples expressões românticas às paixões desenfreadas. A história do Flamengo, como da maioria dos clubes esportivos brasileiros, é centenária e vem acompanhada de palavras significando raça, taça, conquistas, ídolos e heróis que marcaram presença no tempo e no espaço do cotidiano do Rio de Janeiro, reconhecidos pelo estilo de vida e revividos por cronistas, com sensibilidades necessárias à construção romântica do Flamengo como, por exemplo, HOMERO HOMEM (Mov. 21, do poema "Rei sem Sono"):
Rei no Maracanã Alma Garra Flama Gana Rubro é meu mal Negro seu sinal Alma Garra Gana Flama Na tribuna e na geral Rubro-negro é meu mal Alma Garra Gana Flama Sou cem mil na arquibancada Mais cem mil na social Alma, Garra, Gama, Flama Alga- Zarra Car- Naval No gramado e no placar Sou um zero triunfal.
Dizer que o artista, o poeta, o cronista, o jornalista, o músico se inscrevem numa função teatral, não significa invalidá-los a priori; ao contrário, significa reconhecer-lhes um papel social de importância, mas talvez não aquele que seus diversos leitores atribuem. Sua seriedade provém da função de simulacro, apesar do que pensam os atores e seus detratores, pois aqui, o que chamamos de real é bastante insignificante, embora seja justamente essa insignificância do "real" que constitua a grandeza do Flamengo. Ou seja, o encontro do acaso fez do Flamengo um acontecimento no âmago do "real"; entretanto, há um "irreal" irredutível, cuja ação está longe de ser desprezível - uma tradição inventada.
HOBSBAWM (1997, p. 22-23) assegura que:
A propósito, deve-se destacar um interesse específico que as "tradições inventadas" podem ter para a história moderna e contemporânea. Elas são altamente aplicáveis no caso de uma inovação histórica comparativamente recente à "nação" e seus fenômenos associados: o nacionalismo, o Estado nacional, os símbolos, as interpretações. Todos esses elementos baseiam-se em exercícios da engenharia social muitas vezes deliberados e sempre inovadores, pelo menos porque a originalidade histórica implica inovação. (...) Os conceitos devem incluir um componente construído ou "inventado". E é certamente porque grande parte dos constituintes subjetivos da "nação" moderna consiste de tais construções, estando associada a símbolos adequados e, em geral, bastante recentes ou a um discurso elaborado a propósito (tal como o da história nacional), o que o fenômeno nacional não pode ser adequadamente investigado sem dar-se a atenção devida à "invenção das tradições". Finalmente, o estudo da "invenção das tradições" é interdisciplinar. É um campo comum a historiadores, antropólogos sociais e vários outros estudiosos das ciências humanas e que não pode ser adequadamente investigado sem tal colaboração.
As alusões ao Flamengo não fogem às alegorias da tragédia e da comédia, entre o drama do teatro e o revés da vida na alegria eufórica do final do século XIX aos nossos dias, refletem na mística do magnetismo do rubro-negro, exaltam-no com versões nacionalistas, cívicas, no relacionamento entre o povo-nação e o clube. Das glórias às derrotas, dos contos, poemas e crônicas, da cultura de massa à erudição, encontramos nestas literaturas as mais distintas exacerbações, levadas às mais variadas manifestações culturais nas descrições caricatas, que recorrem à criação de tipos diversos, como símbolos e mascotes do clube: jibóia, sapo, urubu, galinha morta, Peladinho, Popeye, Zé Carioca, etc. Os literatos narram em suas descrições os teores românticos, a veemência ao mais querido, ao mais popular clube do país e inventam uma tradição - o Flamengo.


Referencial bibliográfico


KOWALSKI, Marizabel. Por quê Flamengo? Tese de Doutoramento. Rio de Janeiro: UGF, 2002. Livro digital. 388 páginas, e mais de 50 figuras, Arquivo .pdf 5 MB.


http://www.efdeportes.com/efd107/por-que-flamengo.htm

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Vai começar a temporada 2007/08 de Basquetebol.

Vai começar a temporada 2007/08 de Basquetebol.

Mais uma vez o Flamengo não montou uma equipe adulta no feminino. O Estadual 2007 será disputado por apenas quatro clubes: Fogo, Flu, Mangueira e Liga Teresopolitana. Dificilmente o Flamengo terá equipe no Brasileiro.

No masculino, o Flamengo tem a melhor equipe do Rio de Janeiro disparado. Melhor ainda se vierem os pretendidos Marcelinho e Valtinho (ambos da seleção brasileira com propostas do Flamengo). O vice deve ser o Vasco, que na verdade será a equipe capixaba do Saldanha da Gama. O antes temido ACF Campos deve chegar aos playoffs mas seu time será o do CETAF, também capixaba. Aposto que a quarta vaga nos Playoffs seja do Clube de Funcionários da CSN de Volta Redonda. Completam a lista de participantes, Fluminense, Liga Macaense e Iguaçu BC, todos com equipes jovens. Sentiremos as ausências de outrora poderosos Tijuca TC, Liga Angrense, América, Bangu e Botafogo.  

O time que o Flamengo montou é capaz de chegar aos Playoffs do Brasileiro mas para conquistar o título Marcelinho e Valtinhos são excenciais.
 
 
Miguel Gonzalez

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Cabeça Inchada por causa do Flamengo

Em 1916, pelo campeonato carioca conta a lenda que um diretor do Fluminense o senhor Afonso de Castro disse a um amigo ao final de uma derrota por 1x4 do clube de seu coração para o maior rival Flamengo: “Tenho a impressão que minha cabeça inchou”, um cronista passava por perto e no dia seguinte publicou o termo que permanece até hoje.



O Flamengo foi o primeiro clube a deixar os torcedores com a babeça inchada.



Fonte



http://blog.soccerlogos.com.br/2007/08/12/expressoes-do-futebol/

sábado, 15 de setembro de 2007

O Clássico dos Milhões - Flamengo X Vasco da Gama

O Clássico dos Milhões


Jorge Farah




Surge na década de cinqüenta, após a construção do Maracanã a expressão o “Clássico dos Milhões”, que é o clássico disputado entre o Flamengo e o Vasco equipes do Rio de Janeiro mas diz o tempo que o clássico já era dos milhões desde os idos de 23 quando disputaram o primeiro jogo no dia 8 de julho deste ano de 1923, a enorme rivalidade existente nas regatas e o sentimento mútuo de desforra aonde os negros e mulatos enfrentavam os moços de boas famílias, registram então os jornais do dia seguinte, 9 de julho, que o estádio do Fluminense, nas Laranjeiras, foi literalmente invadido pela multidão para ver o Flamengo vencer o Vasco por 3x2, devolvendo a derrota que sofrera anteriormente por 1x3 e lavando a alma dos outros adversários do Vasco, a rivalidade entre ambos foi crescendo ano após ano e deixando cada vez mais estádios lotados, como até hoje pode-se perceber que até em disputa de par ou impar entre ambos as arquibancadas estão lotadas.



http://blog.soccerlogos.com.br/2007/08/13/o-classico-dos-milhoes/

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Cronologia da História do Flamengo

Cronologia ( Para saber a história detalhada clique aqui )



* 1895, 17 de novembro - Fundação, no casarão de Nestor de Barros, número 22 da Praia do Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro

* 1911 - Disputa o Campeonato Carioca pela primeira vez

* 1914 - Ganha o primeiro Carioca

* 1914/1915 - Primeiro bicampeonato do Campeonato Carioca

* 1920/1921 - Segundo bicampeonato do Campeonato Carioca

* 1925, 1927, 1939 - Campeão carioca

* 1942/1943/1944 - Primeiro tricampeonato do Campeonato Carioca

* 1953/1954/1955 - Segundo tricampeonato do Campeonato Carioca

* 1961 - Campeão do Torneio Rio-São Paulo

* 1963, 1965, 1972, 1974 - Campeão Carioca

* 1978/1979/1979 especial - três títulos em dois anos no Campeonato Carioca

* 1980 - Campeão brasileiro pela primeira vez

* 1981 - Campeão da Copa Libertadores da América, e da Mundial de Clubes e do Campeonato Carioca

* 1982 - Campeão brasileiro pela segunda vez

* 1983 - Campeão brasileiro pela terceira vez

* 1986 - Campeão Carioca

* 1987 - Campeão Brasileiro

* 1990 - Campeão da Copa do Brasil pela primeira vez

* 1991 - campeão Carioca

* 1992 - Campeão brasileiro

* 1996 - Campeão estadual invicto e Campeão da Copa Ouro Sul-Americana.

* 1999 - Campeão da Copa Mercosul

* 1999/2000/2001 - Quarto tricampeonato do Campeonato Carioca

* 2001 - Campeão da Copa dos Campeões

* 2004 - Campeão estadual

* 2006 - Campeão da Copa do Brasil pela segunda vez.

* 2007 - Campeão Carioca

* 2008 - Bi Campeão Carioca. O 30º da história, chegando ao Topo do Ranking Estadual.

* 2009 - Tri Campeão Carioca ( 5° Tri). 31° título carioca e soberania absoluta no Rio de Janeiro e Hexacampeão Brasileiro

*2011 - Campeão Carioca Invicto

* 2013 - Tri Campeão da Copa do Brasil

E a história do Flamengo seguirá pela eternidade, sempre sendo campeão.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Nasce o Futebol

Existem duas correntes (ambos com textos aqui no Flamengo Eternamente) sobre a origem do futebol do Flamengo. Preferimos acreditar nesta, que diz que o Flamengo já tinha time de futebol, e a a dissidência do Fluminense veio apenas reforçar o time. Por isso não temos "parentesco" nenhum com o alegre time das Laranjeiras.



Nasce o futebol

O Flamengo, então, começou a dar os seus primeiros passos no nobre esporte bretão. O clube começa a disputar alguns amistosos. No primeiro, realizado dia 25 de outubro de 1903 no Estádio do Paissandú Atlético Clube, perde para o Botafogo. Segue fazendo amistosos durante anos e anos até a chegada dos reforços insatisfeitos do Fluminense em 1912.Por isso - que em nada o Flamengo vem do Fluminense. O clube já existia há pelo menos 17 anos e já tinha time de futebol. Obviamente, que a entrada desses jogadores deu muito mais qualidade e estímulo aos que eram da casa. Era o estímulo que faltava...Como não possuía um campo próprio, o Flamengo mandava os seus jogos no Fluminense. Depois de um tempo, arrendou um espaço na rua Paissandu, de propriedade da família Guinle, e parou de considerar o estádio das Laranjeiras como a sua casa. A torcida crescia de maneira absurda e vinha das ruas a fama que se formava em torno daquela massa futura.Mas, após o bicampeonato de 1914/15, o Flamengo sofreu um duro golpe. A família Guinle não quis renovar o contrato de arrendamento do campo de treino da rua Paissandu, dando somente a opção de compra. Como o clube não dispunha de verbas para investimento de tal vulto, ficou com o prazo até o dia 31 de dezembro de 1931 para deixar o local.O clube voltou a levantar o título carioca em 1920, de forma invicta e marcando a primeira dobradinha com o remo - que havia ganho pela primeira vez no bicampeonato de 1916/17 - sendo campeão de terra e mar. Nascia aí a conquista da preferência no RJ pelo Flamengo. Clube na qual jogava perto da torcida (literalmente) e chamava atenção tamanha a entrega e raça dos atletas...

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Polo Aquático do Flamengo

O Flamengo não ganha um título adulto masculino no Pólo Aquático desde os anos 90. As esperanças de quebrar o jejum de títulos voltaram ao Parque Aquático Fadel Fadel com a conquista do título Brasileiro Juvenil 2007. O Flamengo venceu Hebraica (SP) e Jundiaiense (SP) e empatou com Botafogo e Pinheiros na 1ª Fase, ficando em 2º lugar no Grupo A. Na Semi-final, venceu o Tijuca TC num jogo emocionante por 5-4. Na decisão, voltou a encontrar o poderoso Pinheiros e venceu por apenas um gol de diferença: 7-6. Será que as glórias dos anos 80 e 90 retornarão?




1ª FASE:

1ª Rodada:
(SP) Jundiaiense 06 – 12 Botafogo (RJ)
(RJ) Flamengo 21 – 03 Hebraica (SP)

2ª Rodada:
(SP) Paineiras 16 – 04 Fluminense (RJ)
(RJ) Tijuca TC 05 – 07 Paulistano (SP)
(SP) Hebraica 07 – 08 Jundiaiense (SP)
(SP) Pinheiros 05 – 05 Flamengo (RJ)

3ª Rodada:
(RJ) Botafogo 09 – 02 Hebraica (SP)
(SP) Jundiaiense 05 – 14 Pinheiros (SP)

4ª Rodada:
(SP) Paineiras 16 – 03 Paulistano (SP)
(RJ) Tijuca TC 12 – 07 Fluminense (RJ)
(SP) Pinheiros 08 – 05 Botafogo (RJ)
(RJ) Flamengo 18 – 04 Jundiaiense (SP)

5ª Rodada:
(SP) Paineiras 11 – 13 Tijuca TC (RJ)
(SP) Paulistano 04 – 08 Fluminense (RJ)
(RJ) Botafogo 06 – 06 Flamengo (RJ)
(SP) Pinheiros 15 – 02 Hebraica (SP)

DISPUTA DO 5º Lugar:
(RJ) Botafogo 11 – 04 Paulistano (SP)
(RJ) Fluminense 06 – 09 Jundiaiense (SP)

SEMI-FINAIS:
(SP) Pinheiros 08 – 07 Paineiras (SP)
(RJ) Tijuca TC 04 – 05 Flamengo (RJ)

FINAL 7º e 8º:
(SP) Paulistano 12 – 10 Fluminense (RJ)

FINAL 5º e 6º:
(RJ) Botafogo 13 – 06 Jundiaiense (SP)

FINAL 3º e 4º:
(SP) Paineiras 10 – 07 Tijuca TC (RJ)

FINAL:
(SP) Pinheiros 06 – 07 Flamengo (RJ)


CLASSIFICAÇÃO FINAL:
1) Flamengo - RJ - CAMPEÃO
2) Pinheiros - SP
3) Paineiras - SP
4) Tijuca TC - RJ
5) Botafogo - RJ
6) Jundiaiense - SP
7) Paulistano - SP
8) Fluminense - RJ
9) Hebraica - SP

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Miguel Gonzalez

terça-feira, 11 de setembro de 2007

BANDEIRINHA TORCEDOR

BANDEIRINHA TORCEDOR

Flamengo e Madureira em Conselheiro Galvão, por volta de 1976.

Antes de começar o jogo no "alçapão", a galera chegou junto do bandeirinha. Ele não se fez de rogado:

  • Olhaí galera, eu também sou Mengão. Na dúvida é nossa...
    Não deu outra. Toda dividida e/ou impedimento duvidoso, era a favor do Flamengo.

    E o jogo comia, chato. O Zico botou o Luizinho tombo umas 30 vezes na cara do gol e nada...

    No finalzinho, lá pelos 44 minutos do segundo tempo, o Zico mete uma bola açucarada pro Luizinho em "completo impedimento".. Saco...

    O bandeirinha correu pro meio de campo com a bandeira abaixada, olhando pra galera...

    Gooollllllllllllllll


  • http://www.historiadetorcedor.com.br/bandeirinha.htm

    segunda-feira, 10 de setembro de 2007

    Grandes ídolos do Flamengo: Reyes

    Reyes
    Francisco Santiago Reyes Villalba

    O paraguaio pura simpatia, campeão carioca de 1972, Francisco Santiago Reyes Villalba, nasceu em Assunção, e jogou no Fla de 67 à 73. Reyes era a encarnação da raça paraguaia. Tinha excelente domínio de bola, sabia sair jogando muito bem, já que havia começado como meio-campista, e conquistou os torcedores pela raça, e pela simpatia com que tratava os torcedores. Fez 194 partidas pelo rubro-negro, e chegou a fazer um gol contra em uma derrota decisiva para o Fluminense, o que não manchou sua grande carreira.

    Nome Completo: Francisco Santiago Reyes Villalba
    Data de Nascimento: 04/07/1941
    Local: Assunção(Paraguai)
    Posição: Zagueiro
    Data do 1º Jogo: 24/06/1967
    Data do Ultimo Jogo: 15/12/1973
    Nº Jogos: 196
    N º Gols: 7

    sábado, 8 de setembro de 2007

    Maiores artilheiros da História do Flamengo

    O Flamengo é um clube que sempre se notabilizou por jogar para frente e fazer muitos gols.
    Aqui temos a lista dos maiores artilheiros da história do Flamengo.

    Se quiser saber mais sobre a história do Flamengo, clique aqui


    1.Zico 568
    2.Dida 244
    3.Henrique 214
    4.Pirilo 204
    5.Romário 204
    6.Bebeto 151
    7.Jarbas 150
    8.Zizinho 145
    9.Leônidas 142
    10.Índio 136
    11.Tita 130
    12.Adílio 129
    13.Durval 124
    14.Nonô 116
    15.Joel 111
    16.Esquerdinha 106
    17.Alfredinho 101
    18.Evaristo de Macedo 99
    19.Gaúcho 98
    20.Sávio 95
    21Nunes 93
    22.Doval 92
    23.Vevê 90
    24.Babá 85
    25.Rubens 83
    26.Cláudio Adão 82
    27.Luís Carlos 82
    28.Luisinho 82
    29.Gérson 80

    quinta-feira, 6 de setembro de 2007

    quarta-feira, 5 de setembro de 2007

    Estádio da Gávea

     

    Estádio da Gávea

     

    estadio_jose_bastos_padilha.jpg

     

    Texto de Roberto Assaf

    O Estádio do Flamengo está completando aniversário. Mas a sua história, na realidade, começa em janeiro de 1926, quando um grupo representativo de rubro-negros, liderado pelo presidente do clube, Faustino Esposel, iniciou entendimentos com o prefeito do então Distrito Federal, Alaor Prata, para obter um terreno onde pudesse erguer uma nova sede para os chamados "sports terrestres". A área oferecida, de 34.120 metros quadrados, literalmente às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, chegou a ser descartada, pois parte do quadro social a considerou "um areal de fim de mundo", que dependia em sua parte de aterro e, é claro, de urbanização. Mas a habilidade de Esposel contornou a situação, e o contrato de arrendamento acabou sendo assinado em 2 de março daquele ano. O Flamengo, no entanto, só passou a planejar a transferência das atividades para o local, conhecido então como Freguesia da Gávea, em 1931, na administração Carlos Mamede. Faltava sobretudo, para torná-la uma autêntica "praça de sports", o dinheiro para a construção do estádio de futebol, problema que começou a ser solucionado com a compreensão dos associados, que concordaram com um acréscimo em suas mensalidades. Além disso, foi preciso que o prefeito Pedro Ernesto, atendendo a pedido do presidente rubro-negro José Bastos Padilha, concedesse, através de decreto, um empréstimo de 70 contos de réis para as obras. Em 1935, o projeto de Armando Perry, Raphael Galvão e Ricardo Antunes Júnior, jovens e premiados arquitetos, ganhou a aprovação da Prefeitura. Em 7 de agosto de 1936, o clube promoveu uma festa para o lançamento da pedra fundamental do estádio, que foi enfim inaugurado em 4 de setembro de 1938, já na administração Raul Dias Gonçalves. A obra ganhou tal destaque que a Cinédia, principal empresa cinematográfica brasileira da época, decidiu produzir o filme "Alma e Corpo de Uma Raça", dedicado ao Flamengo. Com direção e roteiro de Milton Rodrigues, mostrava não só a "moderna e arrojada praça de sports" em detalhes, mas também o cotidiano dos atletas do atletismo, do basquete, da esgrima, da natação, do remo, e é claro, do futebol, como Walter Goulart, Domingos da Guia e Leônidas da Silva, representantes do clube na Seleção Brasileira que obteve o terceiro lugar na Copa do Mundo disputada na França. Contagiado pela euforia do quadro social e dos torcedores, que ocuparam todos os 20 mil lugares, o Flamengo perdeu de 2 a 0 para o Vasco na inauguração do estádio, mas devolveu a derrota - que na prática não teve nenhuma importância - em grande estilo na decisão do Campeonato Carioca de 1944, quando venceu o rival por 1 a 0, gol épico de Agustín Valido, restando dois minutos para o apito final do árbitro Guilherme Gomes. Naquele ano do primeiro tri de sua história, na primeira gestão de Dario de Melo Pinto, o estádio teve a sua capacidade ampliada para 25.750 espectadores. Nos anos seguintes, pelo menos três presidentes trabalharam para o chamado Parque Desportivo da Gávea fosse melhorado: Mariano Machado de Oliveira (1945), Hilton Santos (1946) e Orsini Coriolano (1947/48). Mas somente no período 1949/50, durante o segundo mandato de Melo Pinto, é que o Flamengo pôde aumentar consideravelmente a sua área, graças à influência de Melo Pinto, então em seu segundo mandato, junto ao prefeito Ângelo Mendes de Morais. De junho de 1950 em diante, com a inauguração do Maracanã, e com o crescimento sempre significativo da torcida, o pequeno estádio passou a ser utilizado apenas para jogos de menor porte. Mas vale destacar ainda que entre 1962 e 1965, na administração Fadel Fadel, os departamentos dos esportes amadores ganharam mais espaço, com a construção das quadras polivalentes, das dependências do remo, às margens da Lagoa, onde tudo começou, além de cinco piscinas, duas das quais olímpicas, ampliando o terreno da sede para 72 mil metros quadrados. Em 1994, na gestão Luiz Augusto Veloso, o estádio foi batizado como "José Bastos Padilha", uma homenagem ao homem que mais batalhou por sua conclusão.

    terça-feira, 4 de setembro de 2007

    Sempre Flamengo

    Sempre

    Jogadores Passaram
    Dirigentes Passaram
    Mas a Nação Rubro Negra
    Sempre ficará
    Mesmo que perca, mesmo que ganhe
    A torcida sempre estará

    segunda-feira, 3 de setembro de 2007

    A história da Gávea

    A Gávea
    O primeiro gramado conseguido pelo Flamengo localizava-se na Praia do Russel. Nele foram feitos os primeiros treinos, mas para os jogos do campeonato, conseguiu-se rendar o campo da rua Paiçandu. Na administração de Burle de Figueiredo, verificou-se um surto de progresso e expansão, incrementando-se a prática de diversos esportes.
    O Flamengo passou a disputar vários campeonatos, construindo-se, então, o rink para a prática do basquete e da patinação. Outro grande evento da época foi a aquisição da sede náutica. A vida esportiva do clube transcorria normalmente. A conquista de brilhantes vitórias alcançadas pelos seus atletas nas competições aquáticas não sofreu solução de continuidade com o advento da prática dos desportos terrestres, nem tampouco com a passagem do amadorismo para o profissionalismo. Todavia, volta e meia, grandes dificuldades tinham de ser contornadas. Ficou-se na lembrança o plano utilizado na compra dos prédios nos 66 e 68 da praia do Flamengo (hoje sede velha) e que consistiu no acréscimo das mensalidades, destinado ao pagamento da dívida. Em pouco tempo os dirigentes de então liquidaram esse compromisso, sem que houvesse desvios de verba para pagamentos de outra natureza que não a pertinente aos fins a que a mesma se destinava. Mas eis que, ao terminar o arrendamento do campo da rua Paiçandu, os seus proprietários não concordaram com a renovação do contrato, concedendo ao Flamengo, apenas, uma opção de compra. Na falta de verba para atender a uma operação tão vultosa, ficou o Flamengo, novamente sem praça de esportes. Foi quando Pascoal Segreto encetou a campanha pró-estádio da Gávea.
    Para complementação da área doada foi preciso aterrar uma faixa da lagoa. De 1940 a 1948, os irmãos Pedro e Paulo Ramos Nogueira trabalharam incansavelmente na conquista da área que faltava. E na gestão de Dario de Melo Pinto, no ano de 1948, em face do término das obras do aterro, pleiteou-se à prefeitura do antigo Distrito Federal, por intermédio de Antero Coelho, a regularização definitiva da doação que fora feita pelo prefeito Pedro Ernesto, o que foi atendido pelo sócio benemérito General Ângelo Mendes de Morais, naquela época Prefeito da cidade.
    A garagem da lagoa e aquela ponte da praia do Flamengo que deixou de existir com as obras de duplicação das pistas e posteriormente do aterro, foram obras da administração Bastos Padilha, durante a qual se fomentou uma campanha para solucionar definitivamente o problema da nossa praça de esportes, visto que o Flamengo se vinha utilizando do campo do Fluminense, em troca de uma pequena participação na renda das suas partidas. José Bastos Padilha, Alexandre Baldassini e Mário de Oliveira foram as grandes figuras dessa luta. Para apurar a verba necessária à construção do estádio da Gávea, lançaram uma campanha de aumento de sócios proprietários. E foi em 1938, já na administração Raul Dias Gonçalves, que o Flamengo inaugurou o seu estádio, na Gávea, já há alguns anos totalmente murado e que dispõe de uma área útil total de 60 mil metros quadrados.
    Por decreto legislativo da antiga Câmara dos Deputados do antigo Distrito Federal, o Flamengo já possuía uma área de 50 metros de frente por 50 de fundos, na Avenida Rui Barbosa. E na administração Gustavo de Carvalho pleiteou o então Ministro da Guerra, Marechal Eurico Gaspar Dutra, um terreno vizinho a esse que fora anteriormente obtido na administração José Bastos Padilha. Eram mais 93 metros de frente por 50 metros de fundos. Atendida essa pretensão, ficou o Flamengo de posse de dois terrenos situados num dos pontos mais pitorescos da baía da Guanabara. E estava aberto, assim, o caminho para a concretização de uma velha aspiração rubro-negra: a construção de uma sede social capaz de atender às necessidades de uma entidade com tão alto coeficiente de expansão. Uma comissão encarregou-se de conseguir o apoio do benemérito Marechal Eurico Gaspar Dutra, para o plano de construção e financiamento do edifício a ser erguido nos terrenos da avenida Rui Barbosa nº 170. O Marechal empenhou-se pessoalmente no patrocínio da nossa causa, obtendo o apoio financeiro. Assim, sem que se vendesse o terreno nº 66/68, onde está situada a sede velha, mas com um bom planejamento financeiro, ergueu-se o grande edifício da avenida Rui Barbosa. Com dois blocos centrais de 24 pavimentos cada. Os quatro blocos totalizando 148 confortáveis apartamentos, ficando do quarto andar para baixo destinadas todas as suas dependências para a nova e moderna sede do Flamengo, além de algumas lojas. O prédio custou 52 milhões de cruzeiros antigos e seus apartamentos e inauguração da sede nova foi na administração Gilberto Ferreira Cardoso.
    Neste período o Flamengo tinha como ídolo maior o craque Dida (Edvaldo Alves Santa Rosa), que antes de uma contusão era o camisa 10 da Seleção Brasileira. Dida foi a Copa de 58, mas ficou no banco de reservas machucado, em seu lugar entrou o garoto, até então reserva Edson Arantes do Nascimento (O Rei Pelé). Dida é também ídolo de Zico, que já confessou diversas vezes a sua influência em seu futebol.
    Antes de chegar a "Era Zico", o Flamengo contou também com grandes craques como: Zizinho, Leônidas da Silva, Gerson, Benitez, Doval e Domingos da Guia, e ainda com com Garrincha por uma temporada, que vestiria o Manto Sagrado para encerrar a sua carreira.

    Fonte: Wikipedia

    sábado, 1 de setembro de 2007

    Flamengo vence o Vasco nos minutos finais - 1942

    Já em 1942 o Vasco era o grande adversário do Flamengo. Naquele ano o
    Flamengo montou uma das melhores equipes de sua história. E no clássico, o Flamengo líder do campeonato era o favorito. O Vasco não estava entre os primeiros colocados. Não fazia um bom campeonato. Mas o favoritismo do clube da Gávea foi surpreendido com o bom desempenho dos vascaínos. O Flamengo se esquece que o Vasco não se abate frente aos fortes, principalmente frente ao clube rubro negro, rival de tradição. E esse esquecimento quase redundou num castigo. Tivesse o Vasco um ataque mais positivo, poderia ter vencido o jogo. Não faltou ao time vascaíno oportunidades, no primeiro tempo, para marcar uma vantagem de tentos que os rubros negros pudessem descontar após acordar do sono embriagador do tempo inicial.

    E até certo ponto o Vasco merecia a recompensa do seu espírito batalhador e entusiasta. Um empate traduziria com mais fidelidade o panorama real do jogo, favorável ao Vasco no primeiro tempo e ao Flamengo na etapa complementar. Volante fez falta ao Flamengo que teve no seu ataque apenas um homem para lutar: Perácio. O triangulo final teve muito trabalho enquanto a linha média andou as tontas. Melhorou na etapa final. Coube ao Vasco as honras da tarde. Todos atuaram muito bem, devendo-se, porém, fazer uma referência especial ao médio Alfredo
    que dominou o rápido ponteiro Vevé. Florindo e Figliola também foram figuras de destaque. No ataque Zazur foi o melhor. Xavier e Moacir trabalharam com mais eficiência do que Nino e Orlando.

    O Flamengo terminou vencendo o jogo por 2x1 com o gol da vitória sendo assinalado no final da partida através de Pirilo.

    São Januário – Vasco 1 x Flamengo 2
    Gols de Perácio e Pirilo para o Flamengo e Zazur par O Vasco da Gama.
    Juiz: José Ferreira Lemos, o Juca.
    Flamengo: Jurandir. Domingos da Guia e Newton. Biguá. Artigas e Jaime.
    Valido. Zizinho. Pirilo. Perácio e Vevé.
    Vasco: Roberto. Osvaldo e Florindo. Alfredo. Figliola e Argemiro.
    Xavier. Moacir. Zazur. No e Orlando.